19.2.17

“A VIDA SEXUAL DOS ESPÍRITOS.”

 Após a desencarnação, homens e mulheres continuam, no perispírito, com os órgãos sexuais, mas estes não conservam as mesmas funções que possuíam na Terra. 

Todos os Espíritos errantes nutrem os sentimentos e emoções inerentes à sua condição. 

O que não há, evidentemente, é a procriação. 

Isso só ocorre no plano terrestre, onde as Leis Divinas impulsionam o macho e a fêmea,através do instinto e do amor, a colaborar na criação. 

Entretanto, a problemática sexual continua, não no sentido terreno, pois todos se encontram desembaraçados do corpo físico; não desaparece, uma vez que é a fonte da vida.

Como regra geral, o Espírito, ao desencarnar, conserva, na erraticidade, a forma perispiritual da última encarnação. Talvez, por algum condicionamento ou necessidade, o Espírito permaneça na condição de homem ou mulher. 

Informa o Espírito Silveira Sampaio, na obra O Mundo em que Eu Vivo, psicografado por Zíbia M. Gasparetto, que alguns desencarnados têm extrema dificuldade de mudar qualquer característica física da última encarnação. 

Todavia, como regra geral, os Espíritos errantes podem manipular o perispírito a seu bel-prazer e de acordo com as lembranças de vidas passadas que mais lhes agradarem.

O Espírito Johannes, que não aceita as leis reencarnacionistas, dá, na obra Rumo às Estrelas, de autoria de Herbert Dennis Bradley, o seu parecer a respeito da diferença de sexos: 

Nenhum dos dois (masculino ou feminino) é superior ou inferior ao outro. 

Tais explicações não podem aplicar-se às metas de um todo. 

A mulher é a mesma coisa aqui e aí. E o poder que cria os ideais do homem. 

E o grande ser criador, não só de novos seres, como de novos pensamentos. 

Sua responsabilidade é ainda maior que a do homem. 

Não somente a mulher dá ser aos filhos, como realmente cria os altos ou baixos ideais do ser masculino (. . .).

A mulher sobrevive como alma feminina; o homem como alma masculina. 

Devo observar, porém, que o que na Terra chamais amor nada tem a ver com isto. 

O Amor existe de muitas maneiras. O Sexo é uma lei; o Amor uma inspiração. 

Compreendei a distinção e nunca os confundais. 

No dia 25 de abril de 1862, em reunião na Sociedade Espírita de Paris, o Espírito J. Sanson, recém-desencarnado, evocado por Allan Kardec, dá a sua explicação sobre o assunto:

P. Os Espíritos não têm sexo. 
Entretanto, como ainda há poucos dias séreis um homem, tendes neste novo estado uma natureza mais masculina do que feminina? 
Acontece o mesmo com o Espírito que tivesse deixado seu corpo há muito tempo?

R. Não temos de possuir natureza masculina ou feminina: os Espíritos não se reproduzem. Deus os criou pela sua vontade, e se, nos seus maravilhosos desígnios, quis que os Espíritos se reencarnem na Terra, teve de acrescentar para isso a reprodução das espécies por meio das condições próprias do macho e da fêmea. 
Mas vós o sentis, sem necessidade de nenhuma explicação — os Espíritos não podem ter sexo. (O Céu e o Inferno, de Allan Kardec) Melhores esclarecimento temos em O Livro dos Espíritos, na resposta que Allan Kardec obtém dos Espíritos à pergunta 201:

P. O Espírito que animou o corpo de um homem, em nova existência pode animar o de uma mulher e vice-versa?

R. Sim, são os mesmos Espíritos que animam os homens e as mulheres.
Os Espíritos se encarnam homens ou mulheres porque eles não têm sexo. 
Como devem progredir em tudo, cada sexo, como cada posição social, lhe oferece provas e deveres especiais, além da oportunidade de adquirir experiência. 
Aquele que fosse sempre homem não saberia senão o que sabem os homens.

Outra informação interessante a respeito do sexo dos Espíritos é encontrada na Revista Espírita, de Allan Kardec, publicada em janeiro de 1866: 

Os sexos só existem no organismo. 
São necessários à reprodução dos seres materiais. 
Mas os Espíritos, sendo criação de Deus, não se reproduzem uns pelos outros, razão por que os sexos seriam inúteis no Mundo Espiritual. (...) 
Aos homens e às mulheres, são, assim, destinados deveres especiais, igualmente importantes na ordem das coisas; são dois elementos que se completam um pelo outro.

Na obra O Sexo Além da Morte, seu autor, R. A. Ranieri, através de desdobramentos, visita zonas da Espiritualidade em que se encontram criaturas profundamente envolvidas com problemas sexuais que lhes impedem a marcha ascensional. 

Segundo suas observações, estão elas de tal forma arraigadas às práticas aberrantes e viciosas, que apresentam o perispírito totalmente deformado. 
São Espíritos errantes que abusaram do sexo e que continuam, após a desencarnação, com os mesmos hábitos. 
Condicionados a práticas libidinosas, vivem nos bordéis terrenos, usufruindo dos prazeres sexuais, juntamente com os encarnados com que têm afinidade, em processos obsessivos recíprocos.

Nestes Espíritos, denominados de vampiros pelo professor J. Herculano Pires, os apelos sexuais são tão intensos, que os desequilibram psiquicamente; as entidades denominadas de íncubos e súcubos 

(ÍNCUBOS: seres espirituais, com características masculinas, que mantêm relações sexuais com mulheres; 
no seu oposto estão os SÚCUBOS, que seduzem os homens.), responsáveis por terríveis obsessões, pertencem a essa categoria. 

Na obra Sexo e Destino, ditada pelo Espírito André Luiz, através dos médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, temos informação da existência do Hospital-escola Almas Irmãs. 
Instituição destinada a socorrer Espíritos desencarnados de todas as idades e de ambos os sexos, necessitados de reeducação sexual, está sediada em quatro quilômetros quadrados de edifícios e arruamentos, parques e jardins. É, na realidade, uma pequena cidade. 

Levado pela curiosidade, o Espírito André Luiz pede informações ao instrutor Neves a respeito do Instituto. 
Esclareceu, então, que a agremiação possuía uma diversidade de habitantes: desde os alienados reclusos em manicômios até os remanescentes de tragédias passionais já pacificados e de aparência hígida. 

No Hospital-escola os enfermos têm, como tema central de estudos, o sexo, pesquisado e enobrecido nas inúmeras Faculdades de ensino e desdobrado em especialidades, tais como: sexo e amor; sexo e matrimônio; sexo e maternidade, sexo e estímulo, sexo e equilíbrio; sexo e medicina; sexo e evolução; sexo e penalogia.

Podemos deduzir das informações dos Espíritos que, no Além-Túmulo, continuam a atração sexual, os ciúmes e outros sentimentos, bem mais intensos entre os insensatos que cometem sua dose de insensatez antes de atingir estádios elevados de desenvolvimento.

Em Cartas de um Morto Vivo, o Espírito David Hacht depara com um desencarnado que casara duas vezes na Terra. 
Estando todos desencarnados, viviam as esposas em litígio a reclamar a posse do marido que não tinha sossego. O marido, por sua vez, sentia-se, ainda, atraído pela segunda esposa e, de alguma forma, afeiçoado à primeira. 
O Espírito David Hacht se torna muito amigo deste trio singular.

Conta ele que, certa feita, as esposas lhe solicitaram o arbítrio: 

Com qual delas deveria o esposo ficar? 

Lembrou-se, então, da resposta do Cristo aos saduceus a uma pergunta semelhante: 

Quando ressuscitarem de entre os mortos, não casarão, nem serão pedidos em casamento; devem ser como anjos do Céu. 

Querendo que eles entendessem que, na condição em que se encontravam, não deveria haver o sentimento de posse e nem utilizariam os órgãos sexuais com a mesma finalidade do casamento terreno.

Nos planos superiores da Espiritualidade, não existe o sexo como vulgarmente conhecemos, porém, objetivando o programa reencarnacionista, realizam-se planejamentos de uniões de almas, a fim de criar oportunidades de burilamento e progresso. Nos seus relatos, os Espíritos errantes falam dos diálogos que os futuros esposos mantêm em seus passeios pelos jardins das Colônias Espirituais a projetar as próximas encarnações.

Fonte: Espirit book-ana maria teodoro massuci 

14.2.17

"O Espiritismo não será a religião do futuro, mas o futuro das religiões"

Para o entendimento de qualquer doutrina, não se pode desprezar o estudo do contexto em que nasceu. 

Lendo e relendo quanto a entender a presença e o sentido da palavra religião nos livros da codificação, percebe-se em Kardec a grande preocupação em estabelecer a “inteligência” suprema de Deus, colocando, mesmo que, de forma cientifica, sobretudo filosófica, a essência de Deus sobre todas as coisas.

Coloca a palavra religião para repudiar a princípio o contexto dogmático e arcaico da igreja católica da época, nos auxiliando a entender que o sentido de religião estaria dentro de um processo de crescimento e de evolução necessário ao ser, na busca do entendimento de si mesmo, sem a dependência dos sacerdotes e rituais da igreja.

Reconhece no Espiritismo a sua potência em ser a ferramenta de aglutinação das ideias quanto ao futuro e também a sua função futura, no propósito de esclarecimento aos homens dentro de suas próprias crenças. 

Uma visão surpreendente, livre de todas as raízes dogmáticas e sendo aceita e aplicada em qualquer estrutura religiosa, mas sem se tornar uma nova religião. 

Esse entendimento não é algo fácil ainda hoje.

Kardec a sua época reúne ciência, filosofia e religião (como ele entende) e solidifica os laços entre razão e fé. 

Ele faz criticas a religião e incorpora no espiritismo as contribuições da ciência, mas não joga fora a religiosidade humana e nem mata Deus e nem as conquistas da filosofia.
   
A ciência não precisa ser apenas uma investigadora do mundo material, pode ser também uma investigadora do mundo espiritual. 

Assim pode se concluir que a própria Doutrina Espírita em seu contexto filosófico e cientifico deve ser constantemente atualizada em si mesma, pois haverá as devidas depurações declaradas pelos espíritos codificadores quanto a sua propriedade de mutabilidade a medida dos avanços no próprio entendimento humano.
   
O espiritismo faz a crítica da fé, a partir da razão, mas sem aferir-lhe a essência. 

Em Obras Póstumas (1860) lemos: O espiritismo instituirá a verdadeira religião, a religião natural, a que parte do coração e vai direto a Deus, sem se deter as abas de uma sotaina (batina) ou nos degraus de um altar.
   
A atitude de Kardec diante das religiões é bastante original, encontrando pouquíssimos paralelos. Por isso até hoje não foi compreendida, inclusive por muitos dos seus seguidores. 

O que ele de fato pretende segundo afirma explicitamente é fornecer um substrato sólido que sirva de apoio a todas as religiões. 

Comprovando a existência do espírito, pensava Kardec, o espiritismo reforçaria a posição das religiões dando-lhes uma base factual.
   
A imortalidade não seria mais apenas um pressuposto de fé. 

Por tudo isso, o que Kardec faz é validar todas as religiões como possuidoras de verdades, mas ao mesmo tempo submete todas elas a uma crítica racional, desencantando-as de seus mistérios, tornando natural o sobrenatural, “dessacralizando” (fazendo perder o caráter sagrado) a comunicação com o mundo espiritual.
    
O espiritismo democratiza a religião, a racionaliza, reconduzindo-a para o patamar do cotidiano. 

Assim, a religião é uma forma de ser e estar no mundo que não se pode simplesmente deixar de lado, porque constitui parte integrante da nossa consciência. Mudar isso demanda um processo doloroso e tem que ser muito lentamente e conscientemente, para cumprir o objetivo de crescimento e evolução.
   
Na Doutrina Espírita, apresentam-se em vários aspectos e em varias passagens, conotações e estruturas cristãs, dificultando o esclarecido quanto a sua real condição. 

Para muitos, Kardec teria a missão de fazer uma revisão do cristianismo, sob a supervisão do próprio Cristo, que é segundo muitos espíritas aceitam, o Espírito da Verdade. “Venho como outrora, entre os filhos desgarrados de Israel, trazer a verdade e dissipar as trevas”.
    
Nesse contexto assemelha-se a uma nova religião cristã. 

Entende-se que mesmo trazendo paralelos cristãos, a sua intenção era a de legitimar as verdades trazidas pelos espíritos mais que sugerir que a Doutrina Espírita viesse a ser a nova religião cristã, libertadora da opressão da equivocada Igreja católica. 

Demandará certo tempo ate que se tenha condições de discernir mais acertadamente sobre a real estrutura da Doutrina Espírita.
   
Consola os corações como uma religião, esclarece as mentes ávidas de respostas com sua filosofia racional e esclarece o sobrenatural pela luz da razão e da ciência demonstrando que tudo esta sob as mesmas leis físicas.
   
No livro Obras Póstumas – capitulo: Das manifestações dos Espíritos lemos: 

Longe de perder qualquer coisa de sua autoridade por passarem os fatos qualificados de milagrosos à ordem dos fatos naturais, a religião somente pode ganhar com isso; 

primeiramente, porque, se um fato é tido falsamente por miraculoso, há aí um erro e a religião somente pode perder, se apoiar num erro, sobretudo se obstinasse em considerar milagre o que não o seja; 

em segundo lugar, porque, não admitindo a possibilidade dos milagres, muitas pessoas negam os fatos qualificados de milagrosos, negando conseguintemente, a religião que em tais fatos se estriba.
   
Se, ao contrário, a possibilidade dos mesmos fatos for demonstrada como efeitos das leis naturais, já não haverá cabimento para que alguém os repila, nem repila a religião que os proclame.
    
Nenhuma crença religiosa, por lhes ser contrária, pode infirmar os fatos que a Ciência comprova de modo peremptório. 

Não pode a religião deixar de ganhar em autoridade acompanhando o progresso dos conhecimentos científicos, como não pode deixar de perder, se conservar retardatária, ou a protestar contra esses mesmos conhecimentos em nome dos seus dogmas, visto que nenhum dogma poderá prevalecer contra as leis da Natureza, ou anulá-las.
   
Um dogma que se funde na negação de uma lei da Natureza não pode exprimir a verdade. 

O Espiritismo, que se funda no conhecimento de leis até agora incompreendidas, não vem destruir os fatos religiosos, porém sancioná-los, dando-lhes uma explicação racional. 

Vem destruir apenas as falsas consequências que deles foram deduzidas, em virtude da ignorância daquelas leis, ou de as terem interpretado erradamente.
   
Por isto, a Doutrina Espírita, sem ser uma religião, conduz essencialmente as ideias religiosas, desenvolvendo-as naqueles que não as tem e fortificando-as naqueles em que vacilam. 

Recobrando a lucidez dos iludidos diante dos ditames teológicos e do obstrucionismo clerical, traduzindo o sobrenatural para o natural, da mesma forma que ilustres cientistas traduzem a matéria em energia.
    
A religião encontra, portanto, um apoio no Espiritismo, não por certo aos olhos dessas inteligências míopes, que veem toda a religião na doutrina do fogo eterno, na letra mais que no espírito, mas sim aos que a contemplam em relação à grandeza e a majestade de Deus.

Por: Adams Auni

Fonte:

9.2.17

“QUEM É JESUS NA VISÃO ESPÍRITA? ”

Em meio à crescente proliferação de doutrinas exóticas no seio mesmo do nosso movimento, sobremodo nos preocupam aquelas cujo resultado é a deturpação da legitima visão espírita de Jesus de Nazaré.

Ao contrário do que a negligência de muitos confrades pode supor, Allan Kardec deixou-nos bem definida a concepção espírita sobre a natureza do Cristo, quer física, quer, sobretudo, espiritualmente.

No comentário ao nº 226 de O Livro dos Espíritos, o codificador estabelece que, quanto ao estado no qual se encontram, os espíritos podem ser encarnados, errantes ou puros. 

Acerca dos puros, dizem os espíritos superiores: "Não são errantes... Esses se encontram no seu estado definitivo."

Tal é a condição espiritual de Jesus: a dos espíritos puros, ou seja, a dos espíritos que "percorreram todos os graus da escala e se despojaram de todas as impurezas da matéria" (Ob.cit.,nº 113).

 Apesar de integrar o número dos que "não estão mais sujeitos à reencarnação em corpos perecíveis", dos que "realizam a vida eterna no seio de Deus" (id. Ibid.), entre nós, por missão, o mestre encarnou-se. 

Conforme o nº 233 de O livro dos espíritos esclarece, "os espíritos já purificados descem aos mundos inferiores", a fim de que não estejam tais mundos "entregues a si mesmos, sem guias para dirigi-los".

É bem verdade que no comentário ao nº 625 da mencionada obra, Allan Kardec apresenta Jesus como "o tipo da perfeição moral a que a humanidade pode aspirar na Terra", em quase exata conformidade com o que diz sobre os espíritos superiores, os quais, segundo ele: "Quando, por exceção, encarnam na Terra, é para cumprir missão de progresso e então nos oferecem o tipo da perfeição a que a humanidade pode aspirar neste mundo" (nº 111).

Cumpre-nos salientar que na doutrina espírita o rigor do conceito de pureza se concentra na expressão "puro espírito", que Kardec explicou ser o estado dos seres que tradicionalmente são chamados "anjos, arcanjos ou serafins"; entretanto, com isso, não quis o codificador estabelecer a existência de gradações no estado de pureza espiritual; basta confrontarmos o item 111 com o item 226 de O livro dos espíritos.

Contudo, o sacrifício tipicamente missionário de um retorno à Terra, mesmo quando já não há necessidade desse tipo de experiência para evoluírem, é meritório aos espíritos superiores, do ponto de vista de sua progressão, pois não integram ainda a classe dos puros espíritos, não se encontram ainda no seu "estado definitivo".

Alguns entendem que este seria o caso de Jesus de Nazaré. Ele teria atingido a perfeição, ou, quiçá, um grau evolutivo mais alto entre os filhos do homem somente após o cumprimento de sua missão, o que, alias, é sugerido pelo autor da Epístola aos hebreus, o qual entende que Jesus, por seus sacrifícios, teria passado, de `sacerdote', à condição de `sumo sacerdote' da ordem de Melquisedeque.

Não desposamos essa ideia, embora admitamos que não confronta com o ensino de O livro dos espíritos, no qual, de fato, Jesus figura ainda como espírito superior; passível seria ele, portanto, de aperfeiçoamento.

A codificação espírita, todavia, não termina em O livro dos espíritos, começa nele. Allan Kardec desenvolveu e aprimorou o conceito espírita sobre a condição espiritual de Jesus como fez com relação a outros temas. Se não, vejamos.

Já mesmo em O livro dos médiuns, obra que constitui, segundo o próprio codificador, a sequência de O livro dos espíritos, Allan Kardec passou a classificar Jesus como espírito puro. 

Na nota que escreve à dissertação IX do cap. XXXI, distingue, com absoluta clareza "os espíritos verdadeiramente superiores" daquele que representa "o espírito puro por excelência", por desvelada menção a Jesus Cristo.

Ora, Allan Kardec diz que tais espíritos, mesmo superiores, não têm as qualidades do Cristo; de novo estabelece, portanto, diferença entre Jesus e os espíritos superiores, como fez em O livro dos médiuns, na aludida nota à dissertação IX do cap. XXXI. Isso tão- só porque os espíritos superiores ainda não são puros.

Do livro: "Reencarnação – Lei da Bíblia, Lei do Evangelho, Lei de Deus." - Sergio Fernandes Aleixo, ed. Lachâtre

Fonte:















8.2.17

Porque acordamos cansados, com mal estar e desânimo?

Quando dormimos, nossa alma acorda. 

Não somos o nosso corpo, em essência, somos a consciência que habita nosso corpo.

Quando adormecemos o corpo, diminuímos o metabolismo físico, relaxamos a mente e com isso permitimos que nossa consciência – que está sediada na alma – se desligue temporariamente e viaje pelos mais diferentes locais nas dimensões extrafísicas.

Podemos viajar na presença de nossos amigos espirituais e seres de Luz, se estivermos sintonizados em vibrações positivas. 

Nessa condição, normalmente quando acordamos nos sentimos bem, realizados e felizes com a vida.

Podemos também ser obsediados por espíritos sombrios, por bagunceiros do plano espiritual, por desafetos de outras vidas e até por outros seres encarnados também em projeção astral. 

Isso tudo depende da condição na qual vamos dormir. 

E, no caso desses tipos de assédios – infelizmente muito comum – costumamos acordar com diversas sensações ruins, como dores de cabeça, mal estar, desânimo pela vida, 
entre outros.

Podemos ficar presos aos nossos corpos por conta da aceleração do metabolismo provocada por erros na alimentação e dessa forma, nem sairmos em projeção. 

Isso também acontece quando estamos hiperativos mentalmente.

Nestes casos, o que ocorre é que o corpo físico relaxa parcialmente e com isso a nossa consciência não se liberta por completo. 

Normalmente nessas situações, após o período do sono, a pessoa relata que não conseguiu descansar direito e mesmo depois de ter dormido por várias horas, não 
encontra uma sensação de plenitude física e mental.

Pense um pouco. 

Se o cansaço é físico, tome uma providência. 

As leis Divinas recomendam o repouso. 

Se for demasiado o cansaço, talvez você esteja doente e precise de atendimento profissional. 

Procure um médico, realize exames, trate-se. 

Se o seu cansaço o preocupa, tome o caminho mais conveniente. 

Mas, se por qualquer motivo não puder fazer isso, então silencie. 

Trabalhe e ore, buscando apoio e refazimento nas fontes espirituais.

Procure Jesus na intimidade de seu coração e entregue a Ele o seu cansaço e o seu descanso.

Ilumine os campos da alma com atividades que o enriqueçam espiritualmente, que o alegrem verdadeiramente.

Evite reclamações constantes, porque elas não melhorarão o seu cansaço, nem seu esgotamento.

Procure atividades que o refaçam. 

Escolha um local onde necessitem de braços amigos e se ofereça como voluntário. 

Mudança de atividade é também repouso.

Para o seu lazer escolha o que o possa refazer. 

Um passeio tranquilo, a observação atenta de um quadro da natureza. 

Delicie-se com uma música. 

Desfrute o aconchego familiar. 

Ore e seja feliz.

O sono foi dado ao homem para a reparação das forças físicas e das forças morais.

Enquanto o corpo se recupera dos efeitos da atividade do dia, o espírito também se reabastece no mundo espiritual.

Por isso mesmo a prece, antes do sono físico, se faz tão importante. 

Com ela, sintonizamos com as mentes superiores com as quais, logo mais, quando dormirmos, poderemos nos encontrar para os diálogos que alimentam a alma e 
fortificam a disposição para as lutas

Adquirir o hábito de nos prepararmos consciencialmente para o sono, equalizando nossos pensamentos em elevadas vibrações, purificando nosso espírito, acalmando a nossa mente, procurando manifestar uma intenção positiva, de ter uma projeção astral proveitosa e harmoniosa.

É importante a realização da prece, magnetizada pela vontade de servir os planos de Luz naquilo que os seres de amor entendam que seja a tarefa adequada para nós. 

Também podemos e devemos pedir treinamentos e instruções nas escolas do plano espiritual, com o objetivo seguirmos evoluindo na experiência física.

Prepare-se para o sono, cuide da sua energia antes de embarcar na viagem da alma, e jamais, de maneira alguma, adormeça nutrindo sentimentos de raiva, revolta, vingança e mágoa, porque eles podem ser o elo de ligação entre a sua alma e os planos mais densos e os seus representantes.

Autor desconhecido

Fonte:

1.2.17

Sinais de mediunidade - Saiba reconhecê-los

Muitas pessoas possuem mediunidade apurada mas não querem desenvolvê-la por medo, por falta de informação, por insegurança. Mas é preciso saber que existem formas seguras, sem dogmas ou rigidez para desenvolver a mediunidade: através do estudo. 

Através do conhecimento sobre essa faculdade do nosso espírito, podemos encontrar métodos leves, amorosos que fazem com que você se sinta bem e consiga trazer o bem para as pessoas ao seu redor através desse seu dom. Conheça abaixo os sinais de mediunidade.



Quais são os sinais de mediunidade?

Os sinais de mediunidade são a sensibilidade ao extrafísico, é a capacidade que a nossa alma tem de captar energias de natureza não-física.
  • Intuição aflorada: você sente que deve ou não deve fazer algo, e depois do feito vê que a sua intuição estava certa. “Algo estava me dizendo para fazer/não fazer isso”.
  • Sonhos reveladores: você tem sonhos que indicam caminhos, apontam soluções ou mostram questões que você precisa levar em conta em sua vida.
  • Compaixão com o sentimento alheio: você se importa com as dores do mundo, o sofrimento dos outros mexe muito com você e você sente a necessidade de ajudar de alguma forma, tem vontade de mudar cenários negativos.
  • Aromas: você sente aromas que não existem no ambiente físico, sente aromas que as outras pessoas que estão junto de você não sentem.
  • Presenças: enxerga, sente ou pressente a presença ou vultos que aparecem e desaparecem num piscar de olhos.
  • Competência para falar em assuntos: você está falando sobre um assunto que nunca estudou e sabe com clareza e fluência falar sobre ele, fala com uma competência elevada, acima dos demais, sem nem mesmo saber por que.
  • Coincidências: percebe coincidências, que as outras pessoas não notam e quando você diz elas se surpreendem, na verdade as coincidências são chamadas de sincronicidades e vocês as percebe melhor que os outros.
  • Ombro amigo: você é conhecido como um ombro amigo, muitos vêm lhe pedir conselhos e até mesmo desconhecidos se sentem a vontade para desabafar com você.
  • Perdão: você tem o dom do perdão, tem facilidade em perdoar.
  • Ambientes/pessoas carregados: você sente quando um ambiente está carregado com energias negativas ou pessoas possuem energias negativas, o bocejo é um sinal disso.
  • Não gostar de multidões
  • Mudança de hábitos para o melhor: melhora na alimentação, no cuidado com o seu corpo físico e mental, afastamento de pessoas e hábitos tóxicos, diminuição da futilidade, vaidade e costumes mundanos, etc.
  • Mudança no ciclo de amizades: descobre que amizades antigas podem não ter mais tanto a ver com você e busca por pessoas que tenham o mesmo tipo de energia e percepção da vida que você.



Fonte:

consciencia.in