- Duas pessoas que se conhecem podem visitar-se durante o sono?
- Sim, e muitas outras que pensam não se conhecerem se encontram e conversam. Podes ter, sem que o suspeites, amigos em outro país. O fato de visitardes, durante o sono, amigo, parentes, conhecidos, pessoas que vos podem ser úteis, é tão frequente que o realizais quase todas as noites.
- Qual pode ser a utilidade dessas visitas noturnas, se não as recordamos?
- Ordinariamente, ao despertar, resta uma intuição que é quase sempre a origem de certas ideias que surgem espontaneamente, sem que se possa explicá-las, e não são mais que as ideias hauridas naqueles colóquios.
- O homem pode provocar voluntariamente as visitas? Pode, por exemplo, dizer ao adormecer: “Esta noite quero encontrar-me em espírito com tal pessoa; falar-lhe e dizer-lhe tal coisa?”
- Eis o que se passa: o homem dorme, seu Espírito desperta, e o que o homem havia resolvido o Espírito está, muitas vezes, bem longe de o seguir, porque a vida do homem interessa pouco ao Espírito, quando ele se liberta da matéria. Isto para os homens já bastante elevados, pois os outros passam de maneira inteiramente diversa a sua existência espiritual: entregam-se às paixões ou permanecem em inatividade. Pode acontecer, portanto, que, segundo o motivo que se propôs, o Espírito vá visitar as pessoas que deseja: mas o fato de o haver desejado quando em vigília não é razão para que o faça.
- Certo número de Espíritos encarnados pode então se reunir e formar uma assembleia?
- Sem nenhuma dúvida. Os laços de amizade, antigos ou novos, reúnem assim, frequentemente, diversos Espíritos que se sentem felizes de se encontrar.
Comentário de Kardec: Pela palavra “antigos” é necessário entender os laços de amizade contraídos em existências anteriores. Trazemos ao acordar uma intuição das ideias que haurimos nesses colóquios ocultos, mas ignoramos a fonte.
- Uma pessoa que julgasse morto um de seus amigos, que na realidade não o estivesse, poderia encontrar-se com ele em espírito e saber, assim, que continuava vivo? Poderia, nesse caso, ter uma intuição ao acordar?
- Como Espírito pode certamente vê-lo e saber como está. Se não lhe foi imposto como prova acreditar na morte do amigo, terá um pressentimento de que ele vive, como poderá ter o de sua morte.
O Livro dos Espíritos – Allan Kardec
Livro 2 – Mundo Espírita ou dos Espíritos
Cap. 8 – Emancipação da Alma
Item II – Visitas Espíritas Entre Vivos
Fonte: Espírita na Net
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- Sim, e muitas outras que pensam não se conhecerem se encontram e conversam. Podes ter, sem que o suspeites, amigos em outro país. O fato de visitardes, durante o sono, amigo, parentes, conhecidos, pessoas que vos podem ser úteis, é tão frequente que o realizais quase todas as noites.
- Qual pode ser a utilidade dessas visitas noturnas, se não as recordamos?
- Ordinariamente, ao despertar, resta uma intuição que é quase sempre a origem de certas ideias que surgem espontaneamente, sem que se possa explicá-las, e não são mais que as ideias hauridas naqueles colóquios.
- O homem pode provocar voluntariamente as visitas? Pode, por exemplo, dizer ao adormecer: “Esta noite quero encontrar-me em espírito com tal pessoa; falar-lhe e dizer-lhe tal coisa?”
- Eis o que se passa: o homem dorme, seu Espírito desperta, e o que o homem havia resolvido o Espírito está, muitas vezes, bem longe de o seguir, porque a vida do homem interessa pouco ao Espírito, quando ele se liberta da matéria. Isto para os homens já bastante elevados, pois os outros passam de maneira inteiramente diversa a sua existência espiritual: entregam-se às paixões ou permanecem em inatividade. Pode acontecer, portanto, que, segundo o motivo que se propôs, o Espírito vá visitar as pessoas que deseja: mas o fato de o haver desejado quando em vigília não é razão para que o faça.
- Certo número de Espíritos encarnados pode então se reunir e formar uma assembleia?
- Sem nenhuma dúvida. Os laços de amizade, antigos ou novos, reúnem assim, frequentemente, diversos Espíritos que se sentem felizes de se encontrar.
Comentário de Kardec: Pela palavra “antigos” é necessário entender os laços de amizade contraídos em existências anteriores. Trazemos ao acordar uma intuição das ideias que haurimos nesses colóquios ocultos, mas ignoramos a fonte.
- Uma pessoa que julgasse morto um de seus amigos, que na realidade não o estivesse, poderia encontrar-se com ele em espírito e saber, assim, que continuava vivo? Poderia, nesse caso, ter uma intuição ao acordar?
- Como Espírito pode certamente vê-lo e saber como está. Se não lhe foi imposto como prova acreditar na morte do amigo, terá um pressentimento de que ele vive, como poderá ter o de sua morte.
O Livro dos Espíritos – Allan Kardec
Livro 2 – Mundo Espírita ou dos Espíritos
Cap. 8 – Emancipação da Alma
Item II – Visitas Espíritas Entre Vivos
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