Após determinado período, e com o auxílio de mentores espirituais, o espírito pode começar a planejar sua próxima encarnação.
Isso envolve escolher lições de vida, desafios e oportunidades para o crescimento espiritual.
Nesse planejamento, o espírito revisita suas vidas passadas, analisando os desafios que enfrentou, os erros cometidos e as lições aprendidas.
Com base nessa análise, ele escolhe as experiências que deseja vivenciar na próxima vida, sempre com o objetivo de corrigir falhas, superar deficiências e continuar sua evolução espiritual.
Essa escolha é feita com muita responsabilidade, pois o espírito tem consciência de que cada decisão terá um impacto significativo em seu progresso.
O espírito escolhe vários aspectos fundamentais de sua próxima encarnação, como o local de nascimento, a família em que nascerá, o gênero que assumirá, e as principais provações e desafios que enfrentará ao longo da vida.
Essas escolhas não são aleatórias; cada detalhe é cuidadosamente planejado para proporcionar as melhores oportunidades de crescimento.
Por exemplo, se o espírito precisa desenvolver a paciência, ele pode escolher uma vida com circunstâncias que vão instigá-lo a desenvolver essa virtude.
Se precisa aprender sobre o amor incondicional, pode optar por nascer em uma família onde o amor será posto à prova.
Os mentores espirituais desempenham um papel essencial nesse processo, oferecendo orientação e aconselhamento.
Eles ajudam o espírito a entender quais experiências serão mais benéficas para seu desenvolvimento e sugerem caminhos que, embora cheios de espinhos, trarão grandes recompensas espirituais.
No entanto, o espírito tem liberdade para tomar suas próprias decisões, respeitando seu livre-arbítrio.
O planejamento encarnatório também envolve a escolha da duração da vida, que pode ser longa ou curta, dependendo das necessidades evolutivas do espírito.
Algumas vezes, uma vida mais curta pode ser escolhida para resolver questões específicas ou para concluir lições que ficaram pendentes em encarnações anteriores.
Esse processo é profundamente introspectivo e exige do espírito uma grande honestidade consigo mesmo, pois é necessário reconhecer suas fraquezas e aceitar os desafios que são necessários para sua evolução.
O planejamento encarnatório é, em essência, um contrato espiritual que o espírito faz consigo mesmo, comprometendo-se a enfrentar as lições da vida com coragem e determinação, sabendo que cada dificuldade enfrentada é uma oportunidade de crescimento e de aproximação com o divino.
Após esse planejamento, o espírito se prepara para o renascimento, entrando em um novo ciclo de vida, onde terá a chance de colocar em prática tudo o que aprendeu e continuar sua jornada em direção à perfeição espiritual.
Fonte: Hugo Lapa