1. Vivemos um tempo de desestruturação social, econômica e ecológica. Ao nosso redor estão sinais de que todo o nosso modo de vida já está passando para a história. Enfrentaremos essa realidade com honestidade e aprenderemos a conviver com ela.
2. Rejeitamos a fé que sustenta que as crises convergentes de nossos tempos podem ser reduzidas a um conjunto de "problemas" que precisam de "soluções" tecnológicas ou políticas.
3. Acreditamos que as raízes dessas crises estão nas histórias que contamos a nós mesmos. Pretendemos desafiar as histórias que sustentam a nossa civilização: o mito do progresso, o mito da centralidade humana e o mito da nossa separação da "natureza". Esses mitos são mais perigosos porque esquecemos que são mitos.
4. Reafirmaremos o papel da narrativa como mais do que mero entretenimento. É por meio de histórias que tecemos a realidade.
5. Os humanos não são o objetivo e o propósito do planeta. Nossa arte começará com a tentativa de sair da bolha humana. Com atenção cuidadosa, nos envolveremos novamente com o mundo não humano.
6. Celebraremos a escrita e a arte alicerçada no sentido do lugar e do tempo. Nossa literatura foi dominada por muito tempo por aqueles que habitam as cidadelas cosmopolitas.
7. Não nos perderemos na elaboração de teorias ou ideologias. Nossas palavras serão elementares. Escrevemos com sujeira sob nossas unhas.
8. O fim do mundo como o conhecemos não é o ponto final do fim do mundo. Juntos, encontraremos a esperança além da esperança, os caminhos que conduzem ao mundo desconhecido à nossa frente. ”
- Paul Kingsnorth
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