terça-feira, 8 de julho de 2014

Os Mentores Espirituais

"Guardando meu coração, protegendo a minha alma 
Há um anjo guardião aqui
Ele está olhando por mim
Sarando minha ferida, me guiando para casa
Há um anjo guardião aqui
Ele está me mantendo vivo
Meu anjo da guarda." 

 Michael Kiske, My Guardian Angel


Roteiro

1) Introdução: Mentores Espirituais ou "Anjos" Guardiões.
2 )Presença dos Mentores na Bíblia, no Corão, no livros do Judaísmo e no Bagavaghita
3) Nos fenômenos mediúnicos, nas experiências de quase morte e nas sessões de regressão à vidas passadas
4) Mentores e o Livre-Arbítrio

Mentores Espirituais e sua presença nos textos religiosos

Tangenciando a humanidade encarnada, como que a nos orientar de forma velada, temos os mentores espirituais. Seres Humanos, como eu ou você, porém não possuindo mais um corpo físico. Então, poderíamos nos perguntar: o que nos diferencia deles ? Simplesmente o nível de consciência. "Simplesmente", porém, não seria a palavra mais adequada, pois o nível de consciência da Lei Natural, das causas e dos efeitos, é o que nos faz possuir uma melhor qualidade de vida, seja aqui, no plano físico, seja nos planos espirituais. Possuindo grande conhecimento e experiência, ao longo das várias encarnações pelas quais passaram, os mentores espirituais são como professores que ensinam a arte do bem viver, através do conhecimento das leis morais da natureza que norteiam os relacionamentos humanos.

Em todas as épocas da humanidade, assim como ocorre com os fenômenos de intercâmbio com o mundo espiritual, a presença de mentores espirituais sempre foi relatada pelas pessoas.Os vemos retratados de várias formas alegóricas, onde a mais recorrente os colocam com asas. Basta que façamos uma pesquisas nos livros que são os troncos das maiores e principais religiões criadas pelos homens para que os achemos, de uma forma ou de outra, protegendo e guiando seus tutelados.

No Capítulo IV do Bagavaghita - JNANA YOGA — O CONHECIMENTO ESPIRITUAL - no item 12 Krishna diz o seguinte:

"Até aquêles que adoram os Devas (Anjos), e 
lhes pedem recompensa por suas ações, encontram 
o que procuram, pois no mundo dos homens tôda 
ação produz o seu fruto."


No Judaísmo sua existência é denotada em vários trechos da Bíblia hebraica e em diversos textos da literatura rabínica e do folclore judaico. Alguns anjos são citados por nome, até mencionados em excertos da liturgia religiosa, e também servem de protetores da humanidades e das pessoas individualmente.

Os muçulmanos crêem na existência de anjos.  No Islã existem seis pilares da fé: crença em Deus, o Único, o Criador e Sustentador de tudo que existe, crença em Seus anjos, Seus livros, Seus mensageiros, no Dia do Juízo e na predestinação divina.

Os anjos são parte do mundo invisível, mas os muçulmanos crêem firmemente em sua existência porque Deus e Muhammad(Maomé), forneceram, dizem,  informações sobre eles. Em sua crença sobre os anjos, estes foram criados por Deus para que o adorassem e obedecessem.

“Os anjos ... jamais desobedecem às ordens que recebem de Deus, mas executam tudo quanto lhes é imposto.” (Corão 66:6)

A citação abaixo, presente no Corão, é muito interessante:

“Concedemos o Livro a Moisés, e depois dele enviamos muitos mensageiros, e concedemos a Jesus, filho de Maria, as evidências, e o fortalecemos com o Espírito da Santidade (Gabriel).” (Corão 2:87)

A Bíblia também cita inúmeros trechos onde a presença dos mentores pode ser observada:

"E, sendo por divina revelação avisados num sonho para que não voltassem para junto de Herodes, partiram para a sua terra por outro caminho.
E, tendo eles se retirado, eis que o anjo do Senhor apareceu a José num sonho, dizendo: Levanta-te, e toma o menino e sua mãe, e foge para o Egito, e demora-te lá até que eu te diga; porque Herodes há de procurar o menino para o matar.
E, levantando-se ele, tomou o menino e sua mãe, de noite, e foi para o Egito.
E esteve lá, até à morte de Herodes, para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor pelo profeta, que diz: Do Egito chamei o meu Filho.
Então Herodes, vendo que tinha sido iludido pelos magos, irritou-se muito, e mandou matar todos os meninos que havia em Belém, e em todos os seus contornos, de dois anos para baixo, segundo o tempo que diligentemente inquirira dos magos.
Então se cumpriu o que foi dito pelo profeta Jeremias, que diz:
Em Ramá se ouviu uma voz, Lamentação, choro e grande pranto: Raquel chorando os seus filhos, E não quer ser consolada, porque já não existem.
Morto, porém, Herodes, eis que o anjo do Senhor apareceu num sonho a José no Egito,
Dizendo: Levanta-te, e toma o menino e sua mãe, e vai para a terra de Israel; porque já estão mortos os que procuravam a morte do menino.
Então ele se levantou, e tomou o menino e sua mãe, e foi para a terra de Israel."

     Mateus 2:12-21

"Então o anjo do Senhor lhe apareceu, e lhe disse: O Senhor é contigo, homem valoroso."

Juízes 6:12

"E o anjo do Senhor apareceu a esta mulher, e disse-lhe: Eis que agora és estéril, e nunca tens concebido; porém conceberás, e terás um filho "
Juízes 13:3

"Josué, vestido de vestes sujas, estava diante do anjo." 
Zacarias 3:3

"E, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré" Lucas 1:26


Nos fenômenos mediúnicos, nas experiências de quase morte e nas sessões de regressão à vidas passadas

Desde o início das pesquisas sistemáticas em torno da mediunidade, verificou-se a presença frequente de Espíritos que se denominavam mentores ou guia dos médiuns em questão. Estivessem esses médiuns aqui no Brasil, ou na Irlanda, essas personalidades mediúnicas sempre se mostravam presentes, muitas vezes norteando o que deveria ser feito ou deveria ser evitado em uma determinada reunião mediúnica.

Detentores de grande sabedoria sobre questões mediúnicas e morais, são eles que guiam os trabalhos de amparo aos desencarnados sofredores, que frequentemente não os enxergam, por meio dos médiuns e dos dialogadores.

No livro, "Muitas Vidas, Muitos Mestres", o Dr. Brian Weiss ao levar uma paciente sua ao transe hipnótico, ele, sem querer, conseguiu levá-la até lembranças de outras existências, o que por si só o deixou surpreso. Porém o que mais o surpreendeu é que sua paciente comentava sobre essas experiências demonstrando um conhecimento moral muito acima do da paciente em questão, perguntada sobre quem havia dito essas coisas a ela, ela respondeu: "Os mestres espirituais". 

Durante uma experiência de quase morte não é raro uma pessoa entrar em contato com seu mentor espiritual e quando isso ocorre relatam sentir um amor inefável e uma forte sensação de bem estar. Dr. Raymond Moody Jr, nos diz em seu livro "Vida Depois da Vida", na seção em que trata do Ser de Luz:

"O que é talvez o mais incrível elemento comum dos relatos que estudei, e é certamente o elemento que tem o mais profundo efeito sobre o indivíduo, é o encontro com uma luz muito brilhante. Tipicamente, em sua primeira aparição, a luz é tênue, mas rapidamente fica cada vez mais brilhante, até que alcança um brilho extraterreno. Contudo, ainda que essa luz (dita branca ou "clara") seja de um brilho indescritível, muitos fizeram questão de acrescentar que de modo algum dói nos olhos ou ofusca, nem impede de ver outras coisas ao redor (talvez porque a essa altura 
não tenham "olhos" físicos para ser ofuscados).

Apesar da manifestação inusitada da luz, ninguém expressou qualquer dúvida de que se tratasse de um ser, um ser de luz. Não apenas isso, é um ser pessoal. Tem uma personalidade bem estabelecida. O amor e calor que emanam desse ser para as pessoas que estão morrendo estão completamente além das palavras, e elas se sentem completamente rodeadas por eles, completamente à vontade e aceitas na presença desse ser. Sentem um uma atração magnética irresistível para essa luz. Uma atração inelutável.

Um homem e uma mulher judeus identificaram a luz com um "anjo". Estava claro, entretanto, em ambos os casos, que as pessoas não queriam com isso significar que o ser tivesse asas, tocasse uma harpa, ou mesmo que tivesse aparência ou forma humana. Havia apenas a luz. O que cada qual estava tentando comunicar era que tomavam o ser como um emissário, ou um guia. Um homem que não tinha qualquer crença ou educação religiosa anterior à experiência simplesmente classificou o que viu como "um ser de luz". O mesmo rótulo foi usado por uma senhora de fé cristã, que aparentemente não sentia nenhuma compulsão em chamar a luz de "Cristo".

Pouco depois da sua aparição, o ser começa a se comunicar com a pessoa que está morrendo. Notadamente,  essa comunicação é da mesma espécie direta que já encontramos em descrições anteriores, de como a pessoa no corpo espiritual pode "apreender os pensamentos" daqueles que estão em volta. Pois, aqui também, as pessoas declaram que não ouviram nenhum som ou voz física vindos do ser, nem responderam a ele usando sons audíveis. Em vez disso, relatam que ocorre uma transferência direta e desimpedida de pensamentos, e de modo tão claro que não há
qualquer possibilidade quer de desentendimento, quer de mentir para a luz.

O ser quase imediatamente dirige um certo pensamento à pessoa a cuja presença chegou tão dramaticamente. Em geral as pessoas com quem conversei tentaram formular o pensamento como se fosse uma pergunta. Entre as traduções que ouvi, estão:

"Você está preparado para morrer?", "Você está pronto para morrer?", "O que é que você fez de sua vida que possa mostrar?" e "O, que você fez com a sua vida já é suficiente?"

As duas primeiras fórmulas, que acentuam "preparação", podem de início parecer ter um sentido diferente das outras duas, que acentuam "realizações". No entanto, alguma base para a minha suposição de que todos estão tentando expressar o mesmo pensamento vem da narrativa de uma mulher que  colocou a questão assim:

"A primeira coisa que ele me disse, que ele co mo que perguntou, foi se eu estava pronta para morrer, ou que é que eu tinha feito com minha vida que desejaria lhe mostrar".

Além disso, mesmo no caso mais comum em que a "questão" é fraseada, parece, depois de algum esclarecimento, que leva a mesma força. Por exemplo, um homem  contou-me  que, durante a sua
"morte", "A voz me fez uma pergunta: 'Vale a pena?' E o que ela queria dizer era se tinha valido a pena levara vida que  eu  estava  levando até aquele ponto, sabendo o que eu agora sabia".

Mentores e o Livre-Arbítrio

É de extrema importância observamos uma questão: O fato de os mentores serem designados para nos orientar no curso de uma existência não significa em absoluto que eles sejam nossos advogados, que mesmo quando incorremos em erro, estão lá para defender nossos interesses. Isto não acontece. Em nossos contatos diretos com nossos mentores, eles sempre deixam claro a existência do Livre-Arbítrio, que faz cada um responder por seus atos, uma vez que é através dos erros e dos acertos que avançamos na senda da lucidez  a que tanto almejamos e portanto, como orientadores, estão para nos orientar nos trabalhos de amparo e assistência espiritual, sempre procurando atender aos interesses do todo ao invés de interesses pessoais.

A mensagem abaixo nos dá uma síntese sobre esses Espíritos amigos que sempre estão conosco, seres encarnados.(Clique para ampliar)





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