quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Perguntas & Respostas com base na obra de Kardec

Chegará um dia em que a Terra não produzirá o suficiente para todos?

Não. A Terra sempre produzirá o suficiente para alimentar a todos os seus habitantes, desde que os homens saibam administrar, segundo as leis de justiça, de caridade e de amor ao próximo, os bens que ela nos dá. Quando a fraternidade reinar entre os povos, como entre as províncias de um mesmo império, o momentâneo supérfluo de um suprirá a momentânea insuficiência do outro, e cada um terá o necessário.

(O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXV, item 8.)




Podem os Espíritos dar conselhos relativos à saúde?

A saúde é uma condição necessária para o trabalho que se deve executar na Terra, pelo que os Espíritos se ocupam de boa vontade com ela. Mas como há ignorantes e sábios entre eles, convém que, para isso, como para qualquer outra coisa, ninguém se dirija ao primeiro que apareça.

(O Livro dos Médiuns – Allan Kardec, Item 293)



Como o Espiritismo interpreta a recomendação de Jesus: “Procurai primeiramente o reino de Deus e sua justiça”?

Deve-se ver nessas palavras de Jesus uma referência alegórica à Providência, que nunca deixa ao abandono os que nela confiam, querendo, no entanto, que esses façam a parte que lhes cabe. De fato, o Pai sempre nos acode, por meio dos benfeitores espirituais, quando nos encontramos em dificuldade, inspirando-nos ideias para que por nós mesmos superemos as agruras e as vicissitudes que se apresentam à nossa frente ao longo da jornada.

(Allan Kardec – O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXV, itens 6 a 8.)




Os médiuns, que fazem mau uso das suas faculdades, que não se servem delas para o bem, ou que não as aproveitam para se instruírem, sofrerão as consequências dessa falta?

“Se delas fizerem mau uso, serão punidos duplamente, porque têm um meio a mais de se esclarecerem e o não aproveitam. Aquele que vê claro e tropeça é mais censurável do que o cego que cai no fosso.”

Allan Kardec – O Livro dos Médiuns, cap. XX, item 226.



A quem o Espiritismo reconhece como adeptos?

O Espiritismo só reconhece como adeptos os que põem em prática os seus ensinamentos, ou seja, que trabalham a sua própria melhora moral, porque esse é o sinal característico do verdadeiro espírita.

(Allan Kardec – Revista Espírita de 1869, págs. 17 a 20.)




Como deve ser a postura do espírita perante os inimigos?

Tais devem ser os sentimentos de um verdadeiro espírita, daquele que vê o fundo e não a forma, que põe o Espírito acima da matéria; este pode ter inimigos, mas não é inimigo de ninguém, pois não deseja o mal a ninguém e, com mais forte razão, não procura fazer o mal a quem quer que seja.

Viagem Espírita em 1862 e outras viagens de Kardec, de Allan Kardec.



- Quais as características dos espíritos chamados falsos profetas?

O Espiritismo revela outra categoria bem mais perigosa de falsos Cristos e de falsos profetas, que se encontram, não entre os homens, mas entre os desencarnados: a dos Espíritos enganadores, hipócritas, orgulhosos e pseudossábios, que passaram da Terra para a erraticidade e tomam nomes venerados para, sob a máscara de que se cobrem, facilitarem a aceitação das mais singulares e absurdas ideias.

(O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXI, item 7)




Por que não ensinaram os Espíritos, em todos os tempos, o que ensinam hoje?

“Não ensinais às crianças o que ensinais aos adultos e não dais ao recém-nascido um alimento que ele não possa digerir. Cada coisa tem seu tempo. Eles ensinaram muitas coisas que os homens não compreenderam ou adulteraram, mas que podem compreender agora. Com seus ensinos, embora incompletos, prepararam o terreno para receber a semente que vai frutificar.”

(O Livro dos Espíritos – Questão 801)



O que devemos fazer para amar os inimigos?

Amar os inimigos é não lhes guardar ódio, nem rancor, nem desejos de vingança; é perdoar-lhes, sem pensamento oculto e sem condições, o mal que nos causem; é não opor nenhum obstáculo à reconciliação com eles; é desejar-lhes o bem e não o mal; é experimentar júbilo, em vez de pesar, com o bem que lhes advenha; é socorrê-los, em se apresentando ocasião; é abster-se, quer por palavras, quer por atos, de tudo o que os possa prejudicar; é, finalmente, retribuir-lhes sempre o mal com o bem, sem a intenção de os humilhar.

Allan Kardec – O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XII, item 3.



Se uma pessoa, ao morrer, deixou embaraçados seus negócios, pode-se pedir a seu Espírito que ajude a desembaraçá-los?


Não podemos esquecer que a morte é a libertação dos cuidados terrenos. O Espírito, ditoso com a liberdade de que goza, não vem de boa vontade retomar a cadeia de que se livrou e ocupar-se com coisas que já não o interessam, apenas para satisfazer a cupidez de seus herdeiros. Além disso, os embaraços em que às vezes a morte de uma pessoa deixa seus herdeiros fazem parte das provas da vida, e no poder de nenhum Espírito está a possibilidade de libertar-nos delas, porque se acham compreendidas nos decreto de Deus.

(O Livro dos Médiuns – Allan Kardec, Item 291, pergunta 20)



Fonte: Estudando as obras de Kardec
– Astolfo Olegário de Oliveira Filho – aoofilho@oconsolador.com.br – Londrina, Paraná (Brasil)
– e coletânea de perguntas elaboradas pelo Grupo Espírita Allan Kardec.



Pensamentos de André Luiz