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quinta-feira, 25 de julho de 2024

Sobre os motivos da crise financeira

Vamos elencar abaixo alguns dos motivos pelos quais cada espírito encarnado precisa viver a prova da crise financeira.

Desapego
O desapego é fundamental para nossa evolução. 
Uma pessoa apegada não pode jamais ser feliz, pois no momento em que ela perde seu objeto de apego, o sofrimento emerge com toda força. 
Quanto maior o apego, maior o sofrimento. 

Apego é o mesmo que depender, se viciar, o mesmo que criar uma necessidade de algo para viver. 

Como o espírito nada pode obter para si, pois ele não pertence a esse mundo, qualquer prisão a algum objeto de apego pode atrasar sua evolução e faze-lo mergulhar mais e mais nas ilusões materiais, aumentando sobremaneira seu sofrimento. 

Obviamente que o dinheiro e as posses estimulam nosso apego a elas. 

Por esse motivo, a crise financeira vem com o propósito de possibilitar o desprendimento de todos os seus apegos e, assim, vivermos livres de qualquer aprisionamento emocional ou sensório a esse mundo. 

A falta de dinheiro nos ajuda e, mais do que isso, nos obriga a a decisão do livramento em relação a subjugação do espírito às falsas propriedades deste mundo.
A libertação da ilusão da posse
A provação da crise financeira nos ajuda também a compreender que as posses da vida material nada mais são do que meras ilusões. 

Nada podemos possuir nesse mundo, pois somos espíritos eternos vivendo uma existência física e nossa morada verdadeira não é na matéria, mas nos planos eternos da essência. 

Na vida mundana somos meros utilizadores provisórios de objetos e coisas, e por isso, não podemos acreditar que detemos a posse de algo. 

A abundância de dinheiro e a prosperidade material facilmente nos induzem a cair na armadilha da ilusão da posse, considerando que podemos, sim, obter a monopólio sobre qualquer coisa, basta ter dinheiro para comprar. 

Por isso, é necessário que todos os espíritos que vêm a esse mundo vivam, seja numa encarnação ou em outra, a provação da perda financeira, da escassez, da indigência, da privação total de recursos. Assim compreendemos que nada podemos possuir. 

Essa é uma oportunidade valiosa para que cada espírito encarnado comece a dar mais atenção ao seu espírito eterno do que a uma mera posse material.
Desejo de ganhar
O desejo de ganhar é outro aspecto importante que devemos nos libertar com a prova das crises financeiras. 

O ser humano quer sempre ganhar a todo custo, nunca quer perder nada. 

Mas é certo que não há como manter o apetite pela obtenção material e ao mesmo tempo perseguir o ideal do despertar espiritual. 

Como disse Jesus, “Não se pode servir a Deus e a mamom”. Por isso, ou desejamos ganhar no mundo, ou aspiramos a bem-aventurança dos planos do espírito. Essa é uma escolha que todos devem fazer… afinal, o que vale mais em nossa vida? 

As crises financeiras podem vir com a missão de extirpar completamente do nosso interior o desejo de ganhar sempre, seja o que for. 

Quando perdemos tudo, começamos a despertar para algo que vai além do ganhar, do vencer, do apoderar-se de tudo. 

Começamos a valorizar mais o ser do que o ter… mais o nosso interior do que o nosso exterior. É certo também que, quando ganhamos alguma coisa, quase sempre alguém perde outra coisa. 

Se eu ganho um emprego, alguém está perdendo aquele emprego; 
se eu ganho 100 milhões na loteria, milhões de pessoas perderam seu dinheirinho na aposta; 
se eu conquisto uma vaga num concurso público, milhares de pessoas perderam aquela vaga; 
se eu ganho uma competição de natação ou de qualquer esporte, dezenas de competidores perderam. 

Quando você fica feliz pela sua vitória, é preciso lembrar que existem muitos que ficaram tristes com suas derrotas. 

A competição é, em si mesma, uma chaga da humanidade e uma das causas do sofrimento humano. 

Pessoas que vivem crises financeiras aprendem a ser mais generosas, mais desprendidas, mais clementes, mais indulgentes e mais tolerantes. Aprendem a pensar mais no outro e não apenas em si mesmas. 

Dizem que os pobres se ajudam muito mais do que os ricos, porque os pobres sabem o que é viver na penúria e, por isso, adquirem maior empatia e se colocam mais no lugar de quem passa necessidade como eles.
Desejo pelo sucesso e fama
As riquezas materiais também nos proporcionam algo que é mais subjetivo, que está no nível do engrandecimento de nossa imagem pessoal. 

Essa exaltação da personalidade é conhecida como “sucesso”. 

Para nossa sociedade atual, quem tem dinheiro é, sem dúvida, alguém muito bem sucedido na vida, alguém que possui boa fama, boa imagem… uma visão positiva para a maioria das pessoas. 

O sucesso cria uma disposição do outro nos tratar muito bem, nos agradar, nos dar sua atenção plena e minuciosa, ou nos tratar com muito respeito e admiração. 

A quase totalidade dos seres humanos querem ser ou parecer afortunados, exitosos… para com isso serem admirados e adorados. 

Algumas celebridades são vistas tal como seres que se encontram num patamar acima dos humanos comuns. 

São os ídolos do nosso tempo, com muitos seguidores e adoradores cegos. 

O dinheiro muitas vezes cria uma atmosfera de respeito e submissão. 

Para isto, basta prestar atenção em como as pessoas tratam um bilionário e um mendigo. 

O mendigo é um “invisível da sociedade”, ninguém nota sua presença. Quando vem um desses invisíveis e nos pedem dinheiro, a grande maioria passa direto e sequer olha para ele; o ignora e despreza totalmente. 

Já o milionário que vem falar conosco, damos completa atenção – tratando com zelo e devotamento – muitas vezes pensando nos benefícios que esse milionário pode nos proporcionar. 

Por isso, a prova da crise financeira nos acomete com a finalidade de nos inspirar ao desprendimento de tudo isso, principalmente ao desejo pelo sucesso e pela boa fama. 

A pessoa que experimenta uma crise de recursos materiais precisa se desapegar do desejo de uma boa imagem e da admiração que o dinheiro pode proporcionar. Assim, ela dá um passo em sua caminhada evolutiva como espírito que é.
Poder controlar outras pessoas
O dinheiro quase sempre nos confere o controle sobre as coisas e as pessoas. 

Um milionário pode contratar centenas de pessoas. E se ele diz: “faça isto!” A pessoa faz sem questionamento, principalmente se for pobre, pois teme perder seu emprego e viver na pobreza. 

O dinheiro proporciona controle sobre outros; faz com que os outros trabalhem para suprir minhas necessidades, nos dando tudo o que precisamos e muito mais do que precisamos. 

Aquele que vive uma crise financeira perde completamente a possibilidade desse controle, pois no mundo humano é o dinheiro que dita as regras de como as coisas devem ser. 

As crises financeiras nos permitem enxergar essa conjuntura e caminhar para o desprendimento do controle e da subjugação do outro. 

A libertação do desejo de controle sobre o outro é uma das chaves para nosso desenvolvimento espiritual e é algo que as crises financeiras podem nos permitir realizar.