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quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Somos Irmãos? # Questionamentos Espíritas

Uma frase muito utilizada em nosso cotidiano é esta: “Somos todos irmãos!”.
Mas, será que no sentido literal nós compreendemos assim? Acho que não.

Partindo da ideia de que Deus é “Pai” de todos nós, podemos subentender de que sejamos todos irmãos.

Mas, na realidade, ainda temos muitos preconceitos para eliminar para podermos realmente sentir pelo próximo um sentimento de irmão.

Para melhor destacar o que ainda aponta nosso íntimo, vale dizer que temos preconceitos sociais, étnicos, religiosos, filosóficos, dentre outros tantos mais.

No dia a dia, no contato com nossos semelhantes, lentamente vamos dissolvendo esta barreira que nos separa dos outros, dando abertura para que os nobres sentimentos aflorem e criem raízes.

No vai e vem das reencarnações, renascendo nos mais diferentes núcleos sociais, aprendemos na pele as experiências necessárias que a situação nos proporciona, fazendo desmoronar antigos e arraigados preconceitos pela legítima vivência em diferentes paisagens.

Aprendendo a cultura e a religião nos diferentes povos onde renascemos, vamos criando novas concepções e enterrando antigos preconceitos.

O que caracteriza uma verdadeira família são a harmonia e os laços afetivos que prendem seus integrantes.

Para fazer parte da família universal é necessário estar em harmonia com todo tipo de pessoas, nos mais diferentes níveis evolutivos, culturais, religiosos e filosóficos.

Aprendendo a compreender e aceitar as diferenças, estaremos dando enormes passos para uma perfeita harmonização.

Como posso aceitar como irmão uma pessoa que eu odeio?

Primeiro, compreendendo que se eu odeio alguém, quem está errado e fora de sintonia sou eu.

Segundo, praticando o exercício do perdão, pedindo perdão pelos erros e perdoando quando se é prejudicado.

Terceiro, jamais alimentando qualquer tipo de rancor e agressividade para com o próximo. 

Quarto, tolerando as imperfeições alheias.

Quinto, não julgando.

Sexto, oferecendo boas vibrações a esta pessoa para que ela possa assimilá-las, alimentar-se dela e passar a nutrir melhores sentimentos em contrapartida.

Como aceitar como irmão uma pessoa de outra religião?

Não alimentando preconceitos religiosos.

Ainda no mesmo seio religioso poderemos encontrar irmãos com diferentes graus de entendimento.

Sendo assim, o que esperar de outros irmãos que vivem a experiência do aprendizado em outros núcleos religiosos diferentes do nosso?

E quem pode afirmar que a nossa concepção é a mais correta?

Alimentar preconceitos religiosos é deixar vazar de dentro de nós o primitivismo agressivo e inundar nossa visão das máculas que jazem em abundância em nosso ser.

Quem são de verdade nossos irmãos?

Todos os seres vivos.

Até os animais?

Sim, até eles e muito mais.

Tudo que vive é criação de Deus.

Somos também criação Dele. Nosso estágio atual é resultado de milhões de anos de experiência nos mais variados reinos da natureza.

Logo, sabendo disso, podemos concluir que todos aqueles que estão vivenciando estágios que já passamos ou vivendo estágios que iremos ainda passar, são nossos irmãos perante o Pai.

Por isso é que nos foi recomendado o amor incondicional?

Sim. Para que não criemos fronteiras para este sentimento maior, fronteiras essas, aliás, muito frágeis, tão frágeis quanto é ainda a nossa visão da vida e do que nos cerca.

Mas, encarnados, estamos limitados ao campo material. Como compreender máximas que só poderíamos embasar estando no plano espiritual?

Para se respeitar, tolerar, discernir, compreender, não existem limites no tempo nem no espaço.

Se existem coisas que nos fogem à compreensão, não nos esqueçamos que dentro de nós estão escritas as leis de Deus, na consciência de cada um.

Basta consultá-la constantemente que não daremos asas ao engano.

Ao invés disso, na maioria das vezes ouvimos as vozes grosseiras do orgulho e nos perdemos no labirinto da vaidade e do preconceito tolo.

Eu tenho que tratar a todo mundo como se fosse meu irmão de sangue?

Devemos tratar a todo mundo com respeito, honestidade, atenção e boa vontade.

Se tudo isso ainda vier aliado aos sentimentos de fraternidade, carinho e amor então nós estaremos nos conduzindo por caminhos seguros rumo à evolução.

Como chamar de irmão aqueles que a gente não suporta nem ouvir falar?

Não lhes querendo mal é um bom começo.

Não destilando seu ressentimento sobre eles também é uma importante batalha vencida.

Não alimentando este sentimento de repulsa é outro avanço.

Por fim, conseguindo trocar a repulsa por tolerância, o revide por discernimento e o ódio pelo respeito (e posteriormente pelo amor), se estará dando enormes passos rumo à consciência tranqüila e a paz de espírito.


(Colaboração: Valdenir – postado em 28/12/2011)

 Fonte: Centro Espírita Vinhas do Senhor