Um dos piores momentos após a morte de alguém é a dor incessante da falta física de um ente amado.
Essa ausência corrói a esperança, a fé, potencializa o sofrimento, porém faz parte do processo de luto que cada um de nós vivemos.
Aqueles que desencarnam e que conseguem assimilar que a vida continua do outro lado e que precisam seguir rumo à evolução, a passagem é tranquila, sem muitos pesos nem apegos.
Desapegar não é deixar de amar.
É compreender que a morte é apenas uma nova etapa de continuidade da vida.
Portanto, para quem desencarna, nos primeiros dias recebem uma espécie de blindagem que os bons espíritos impõe a fim de se evitar desajustes e tristezas maiores.
Eles pouco sentem de início, pois também não é fácil aprender a viver numa outra dimensão.
Quem chora e sofre a perda de alguém não prejudica imediatamente aquele que partiu, porém quando a dor é envolvida em revolta e mágoa, em não aceitação daquilo que já se concretizou, os lamentos acabam por imprimir nesses seres lembranças dolorosas.
Chico Xavier dizia que a saudade é uma dor que fere nos dois mundos.
Obviamente, nossos entes que partiram sentem a nossa falta, lembram daquilo de bom que foi vivido.
Porém, essa falta, aos poucos, vai sendo substituída por serviços assistenciais aos que ficaram.
Por isso, é bastante comum que eles se tornem guias de seus amores que permanecem na matéria.
Portanto, nas horas difíceis em que a saudade bate mais forte, eleve o seu pensamento a Deus e faça uma prece por aqueles que seguem do outro lado da vida.
Certamente, eles ouvirão seus chamados e lhes ajudarão em suas necessidades, desde que consigam ter acesso às densas camadas que o luto proporciona.
A vida não termina no túmulo.
A vida é eterna.
O corpo físico morre, porém a alma apenas muda de plano.
Lembre-se disso quando a dor da saudade apertar.
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