E, por existir entre duas pessoas,
depende de ambas.
Sempre que duas pessoas se encontram, um novo mundo é criado.
Justamente pelo encontro, um novo fenômeno vem à existência – o qual não existia antes, o qual nunca existiu.
E através desse novo fenômeno, duas pessoas são mudadas e transformadas. Não-relacionado, você é de um jeito; ao se relacionar, imediatamente fica diferente. Uma coisa nova aconteceu.
O relacionamento é criado por você, mas, por sua vez, ele também o cria. Duas pessoas encontram-se, isto significa que dois mundos se encontraram. Não é algo simples – é muito complexo, é o que há de mais complexo.
Cada pessoa é um mundo em si mesma – um complexo mistério com um longo passado e um futuro eterno.
No começo, apenas as periferias se encontram. Mas, se o relacionamento cresce intimamente, se fica mais próximo, mais profundo, então, pouco a pouco, os centros se encontram.
Quando os centros se encontram, isto é chamado de amor.
Quando apenas as periferias se encontram, há uma familiaridade. Você toca a pessoa pelo lado de fora, só o contorno, então, fica familiarizado.
Muitas vezes, você começa a chamar essa familiaridade de amor. Então, entra numa ilusão.
Familiaridade não é amor.
O amor é muito raro.
Encontrar uma pessoa em seu centro é passar por uma revolução em si mesmo, porque se você quiser encontrar o centro do outro, terá de permitir que o outro também chegue ao seu centro.
Terá de tornar-se vulnerável, absolutamente vulnerável, aberto.
É arriscado. Permitir que alguém chegue ao seu centro é arriscado, perigoso, porque nunca se sabe o que essa pessoa fará.
E quando todos os seus segredos forem conhecidos, quando o que está oculto tornar-se visível, quando você tiver se exposto completamente, o que essa outra pessoa fará, nunca se sabe.
O medo surge.
Eis porque nunca nos abrimos.
Basta uma familiaridade, e pensamos que o amor aconteceu.
As periferias encontram-se, e pensamos que nós é que nos encontramos.
Você não é a sua periferia.
Na verdade, a periferia é o limite onde você termina, apenas a cerca ao seu redor. Não é você!
Até mesmo os maridos e esposas que viveram juntos por muitos anos, podem ser apenas familiares.
É possível que não tenham conhecido um ao outro.
E quanto mais você vive com alguém mais se esquece de que os centros continuam desconhecidos.
Portanto, a primeira coisa a ser compreendida é:
Não tome a familiaridade por amor.
Você pode fazer amor, pode estar sexualmente relacionado, mas o sexo também é periférico.
A menos que os centros se encontrem, o sexo é apenas um encontro entre dois corpos. E um encontro entre dois corpos não é um encontro.
O sexo também permanece na familiaridade – física, corporal, mas ainda familiar.
Você só permite que alguém entre em você, em seu centro, quando não está com medo, quando não está temeroso.
Portanto, eu lhe digo que existem dois tipos de vida.
Uma orientada pelo medo; a outra, orientada pelo amor.
A vida orientada pelo medo não pode nunca levá-lo a um relacionamento mais profundo.
Você permanece no medo e não aceita o outro – não pode aceitar que penetrem em seu âmago mais profundo.
Até um determinado ponto, você aceita o outro; além desse ponto, o muro vem e tudo estaciona.
A pessoa orientada pelo amor é uma pessoa religiosa.
A pessoa orientada pelo amor é aquela que não tem medo do futuro, aquela que não tem medo dos resultados e consequências, não fica calculando ou manipulando – é aquela que simplesmente vive aqui e agora.
Osho
Fonte:
Sempre que duas pessoas se encontram, um novo mundo é criado.
Justamente pelo encontro, um novo fenômeno vem à existência – o qual não existia antes, o qual nunca existiu.
E através desse novo fenômeno, duas pessoas são mudadas e transformadas. Não-relacionado, você é de um jeito; ao se relacionar, imediatamente fica diferente. Uma coisa nova aconteceu.
O relacionamento é criado por você, mas, por sua vez, ele também o cria. Duas pessoas encontram-se, isto significa que dois mundos se encontraram. Não é algo simples – é muito complexo, é o que há de mais complexo.
Cada pessoa é um mundo em si mesma – um complexo mistério com um longo passado e um futuro eterno.
No começo, apenas as periferias se encontram. Mas, se o relacionamento cresce intimamente, se fica mais próximo, mais profundo, então, pouco a pouco, os centros se encontram.
Quando os centros se encontram, isto é chamado de amor.
Quando apenas as periferias se encontram, há uma familiaridade. Você toca a pessoa pelo lado de fora, só o contorno, então, fica familiarizado.
Muitas vezes, você começa a chamar essa familiaridade de amor. Então, entra numa ilusão.
Familiaridade não é amor.
O amor é muito raro.
Encontrar uma pessoa em seu centro é passar por uma revolução em si mesmo, porque se você quiser encontrar o centro do outro, terá de permitir que o outro também chegue ao seu centro.
Terá de tornar-se vulnerável, absolutamente vulnerável, aberto.
É arriscado. Permitir que alguém chegue ao seu centro é arriscado, perigoso, porque nunca se sabe o que essa pessoa fará.
E quando todos os seus segredos forem conhecidos, quando o que está oculto tornar-se visível, quando você tiver se exposto completamente, o que essa outra pessoa fará, nunca se sabe.
O medo surge.
Eis porque nunca nos abrimos.
Basta uma familiaridade, e pensamos que o amor aconteceu.
As periferias encontram-se, e pensamos que nós é que nos encontramos.
Você não é a sua periferia.
Na verdade, a periferia é o limite onde você termina, apenas a cerca ao seu redor. Não é você!
Até mesmo os maridos e esposas que viveram juntos por muitos anos, podem ser apenas familiares.
É possível que não tenham conhecido um ao outro.
E quanto mais você vive com alguém mais se esquece de que os centros continuam desconhecidos.
Portanto, a primeira coisa a ser compreendida é:
Não tome a familiaridade por amor.
Você pode fazer amor, pode estar sexualmente relacionado, mas o sexo também é periférico.
A menos que os centros se encontrem, o sexo é apenas um encontro entre dois corpos. E um encontro entre dois corpos não é um encontro.
O sexo também permanece na familiaridade – física, corporal, mas ainda familiar.
Você só permite que alguém entre em você, em seu centro, quando não está com medo, quando não está temeroso.
Portanto, eu lhe digo que existem dois tipos de vida.
Uma orientada pelo medo; a outra, orientada pelo amor.
A vida orientada pelo medo não pode nunca levá-lo a um relacionamento mais profundo.
Você permanece no medo e não aceita o outro – não pode aceitar que penetrem em seu âmago mais profundo.
Até um determinado ponto, você aceita o outro; além desse ponto, o muro vem e tudo estaciona.
A pessoa orientada pelo amor é uma pessoa religiosa.
A pessoa orientada pelo amor é aquela que não tem medo do futuro, aquela que não tem medo dos resultados e consequências, não fica calculando ou manipulando – é aquela que simplesmente vive aqui e agora.
Osho
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