1.9.15

Vampirismo Espiritual

1 - Cansaço, baixa imunidade às doenças, falta de equilíbrio e concentração, bem como excesso de irritabilidade podem ser indícios de uma perda energética provocada pelo vampirismo.
Quando a Doutrina Espírita se refere aos vampiros, não fala de seres mitológicos com dentes agudos, adaptados para sugar o sangue das pessoas saudáveis, mas sim, de encarnados e desencarnados, que, desrespeitando as leis de Deus, se munem de sentimentos de vingança contra desafetos do passado, ou mesmo de sentimento oportunista e passam a viver à custa de energia vital de outrem.
Há também aqueles seres que embora tenham deixado o corpo físico, continuam ainda vivendo os prazeres obscuros da carne e dos vícios como o fumo e as drogas, bem como os desregramentos da bebida e do sexo, entre outros e que por se encontrarem impossibilitados de satisfazerem seus prazeres, induzem outras pessoas encarnadas a fazê-lo, e delas captam os fluidos, sentindo-se assim os mesmos prazeres produzidos pelo ato.
2. - Espíritos vampirizadores
O termo vampiro é usado analogamente para definir o ato do espírito que suga intencionalmente as energias do outro, em alusão à figura mítica de Drácula que hipnotizava suas vítimas e lhes sugava o sangue até a morte. No mundo espiritual encontram-se figuras distintas deste ser mas que atuam de forma muito parecida com as artimanhas do conhecido ser das trevas do folclore.
Há espíritos que sugam as energias sutis de seus hospedeiros a ponto de lhes causar sérios danos à saúde física e psicológica, uma vez que, além de lhes enfraquecer as forças, lhes envolvem em formas mentais grosseiras, que os martirizam mentalmente levando-os, às vezes, a casos de loucura. André Luiz chamou este processo de infecção fluídica, tão grave é o dano causado a vítima.
3. - Seres alienados
Ao desencarnar, o homem leva consigo todos os seus vícios e necessidades. Dependendo de sua nova situação no mundo dos espíritos e, principalmente da região onde habita, é muito comum que sinta as mesmas necessidades que tinha quando encarnado. Como não tem meios para desfrutar dos prazeres da vida corpórea, e sem condições de suprimir esta necessidade em sua nova condição na erraticidade, ele busca apoio naqueles encarnados que podem lhe oferecer formas para a satisfação destas vontades.
Temos aí o sugador de forças vitais, que se aproxima de um encarnado que detém as mesmas necessidades que as suas, induzindo-o a prática em excesso dos vícios em comum. Podemos citar os viciados no campo sexual, das drogas, do jogo, e até nas práticas mais comuns do dia a dia, mas que em excesso, oferecem sérios prejuízos, como o caso da alimentação, como mostram os ensinamentos do espírito André Luiz nos livros da Coleção Mundo Espiritual (FEB).
Encarnados se alimentam e bebem em excesso, o fazem por si e por outros espíritos, e quando em comportamento sexual vicioso, expõem sua vida íntima e privada a uma série de experiências no campo sexual.
4. - Os monstros
Narra a literatura espírita que, no plano espiritual, há entidades que pela ignorância e atraso moral, além de subjugar suas vítimas encarnadas e até mesmo desencarnadas, mantêm pela chamada ideoplastia seu perispírito em formas monstruosas. Sentem-se bem sendo temidos e reconhecidos pela forma que se apresentam e, normalmente agem em bandos visando intimidar os outros espíritos que encontram pela frente.
Ambientes terrenos onde impera o vício e a imoralidade são roteiros preferidos destes espíritos, uma vez que lá encontram por afinidade suas presas com maior facilidade. Segundo o Espírito Miramez pela psicografia de João Nunes Maia, na série de livros que trata da Vida Espiritual (Editora Fonte Viva), bem como pelos livros de André Luiz, os matadouros de animais estão repletos destas criaturas que sugam a energia do animal abatido, saciando dos seus instintos ferozes com os fluidos da presa.
Velórios e cemitérios cujos enterros não contam com a proteção fluídica da prece e a presença de espíritos nobres, podem também ficar vulneráveis à presença destas criaturas, que aproveitam para colher os resquícios de fluidos vitais dos recém-desencarnados.
5. - Vítimas do ódio
Espíritos que mantém desavenças enquanto encarnados, também no plano espiritual, continuam nutrindo o mesmo ódio por seus inimigos. Sentindo-se em vantagem, travam forte perseguição a seus desafetos, aproximando-se deles e, muitas vezes, induzindo-os a tomar atitudes que os prejudiquem como a prática de vícios, o excesso físico, além da escravidão psíquica. Os Centros Espíritas tem por função serem abrigos ao viajor que bate à porta em busca do auxílio para os males do corpo físico ou da alma.
Entre os males da alma, é na Casa Espírita que aquele que, sentindo a pressão da cobrança de uma entidade espiritual vingativa, encontra a proteção e o entendimento necessários ao resgate dessa dívida cármica. Em reunião mediúnica privativa, este espírito será lembrado das palavras do Nazareno que ensinou a perdoar o mal que nos fazem, e que esta dívida cármica será sim quitada com a moeda da ação caridosa em favor de alguém e sem espera de recompensas que não seja outra senão a da alegria na prática do bem
Envolvido em uma psicosfera de amor e oração, este cobrador do além sentirá o envolvimento de sentimentos de paz e bondade que o estimulará a desistir do intento de vingança e a compreender que o perdão liberta quem perdoa e não quem é perdoado.
6. - Vampiros encarnados
Não podemos deixar de falar da obsessão dos encarnados aos desencarnados. É o que acontece devido ao apego aos entes queridos. Ao desencarnar o homem passa a habitar um mundo desconhecido do plano físico, porém, há laços afetivos que não se rompem. O pensamento daquele que fica aqui atravessa as barreiras físicas chegando à alma daquele que está do outro lado da existência.
Se o pensamento do encarnado for de inconformismo e desespero, isto poderá causar desequilíbrios ao desencarnado que poderá sentir a necessidade de voltar a viver junto a seus entes queridos; e infelizmente é esta atitude que muitos tomam ao ouvir os chamados incessantes de seus entes queridos encarnados.
Mas a presença do espírito normalmente se torna um problema, pois ele passa a dividir o espaço com os encarnados e a tirar deles, mesmo involuntariamente, seus fluidos vitais e, pela ligação psíquica, podem passar sua insegurança emocional. Assim ambos, encarnados e desencarnados, são prejudicados.
Há também o exercício irresponsável da mediunidade, quando espíritos são praticamente escravizados por médiuns que os usam para a satisfação de prazeres pessoais e a manutenção de sua vaidade medianímica, como ensina André Luiz no livro Nos Domínios da Mediunidade:
“Desencarnados são mais vampirizados que vampirizadores. Fascinados pelas requisições dos médiuns que lhe prestigiam a obra infeliz, seguem-lhes os passos, como aprendizes no encalço dos mentores aos quais se devotam.”
Fala também do futuro destes irmãos envolvidos no processo de simbiose mental: “Na hipótese de não se reajustarem no bem, tão logo desencarnem o dirigente deste grupo e os instrumentos medianímicos que lhe copiam as atitudes, serão eles surpreendidos pelas entidades que escravizaram, a lhes reclamarem orientação e socorro.”
7. - Proteção
A forma de fugir desta influência é seguir as orientações da Espiritualidade que recomenda a vigilância e a mudança de hábitos. Ninguém pode nos forçar a fazer aquilo que não desejamos desde que tenhamos forças para resistir, conforme ensina o saudoso escritor Herculano Pires:
”Vivendo no plano extra-físico, os vampiros agem sobre nós por indução mental e afetiva. Induzem-nos a fazer o que desejam e que não podem fazer por si mesmos. Quanto mais os obedecemos, mais submissos nos tornamos”.
É preciso ter força para ignorar e resistir às más orientações, perdoar seus inimigos. Além de melhorar sua condição espiritual, você ainda convida os seus obsessores a seguirem seus passos em direção ao bem.
Leandro Martins - Revista Espiritismo

29.8.15

Palavras de Chico Xavier sobre a aflição. (stress)

-“À medida que a Providência Divina determina melhoras para nós, na Terra, inventamos aflições. (...)

Para cultivar o solo temos o auxílio do trator, antes só possuíamos carros-de-bois. 
Hoje, temos veículos motorizados encurtando distâncias, mas não nos contentamos com os 80 km/h; antes, andava-se a pé....

Hoje, a geladeira conserva quase tudo; antes, plantava-se canteiros...”

Fala então do conforto em que o homem vive e do seu comodismo espiritual:

-“É que precisamos de contentar-nos com o que temos; estamos ricos, sem saber aproveitar a nossa felicidade.

Antes, as pessoas idosas desencarnavam conosco, hoje as mandamos para os abrigos.

Tínhamos um pouco de prosa durante o dia, a oração à noite. 


Agora inventamos dificuldades e depois vem o complexo de culpa e vamos para os psiquiatras. (...)

Se estamos numa fila e uma senhora doente nos pede o lugar, precisamos cedê-lo.

Recordemo-nos da prece padrão para todos os tempos que é o Pai Nosso, quando Jesus nos diz: O pão nosso de cada dia... 


Por que acumular tanto? 

Existem pessoas que possuem 35 pares de sapatos; onde é que irão arrumar 70 pés?! (...) 

Estamos sofrendo mais por excesso de conforto do que por excesso de desconforto. 

Morre muito mais gente de tanto comer e de tanto beber, do que por falta de comida(...) 

A inflação existe, porque queremos o que é demais...”

E conclui:

-“Esta é a opinião dos Espíritos. 

Perdoem-me se eu falei mal, mas se eu falei mal, falei, foi, de mim.

do livro: “Chico Xavier à Ssombra do Abacateiro”
Carlos A. Bacelli - Edição IDEAL


Fonte:

25.8.15

O futuro já aconteceu e o tempo é uma ilusão # Albert Einstein.

“A diferença entre passado, presente e futuro é apenas uma persistente ilusão…”,
Albert Einstein.
Existe um lugar em que o tempo passa diferente de pessoa para pessoa. Nesse lugar, nenhum relógio marca a mesma hora e passado, presente e futuro estão essencialmente congelados, e também aconteceram ao mesmo tempo. Também tudo o que aconteceu desde a origem do universo até o seu fim existe ao mesmo tempo.
Nesse lugar, o que para você é o futuro já é uma memória distante para outra pessoa. Para você, seu filho nem sequer nasceu, mas para seu vizinho ele já tem 20 anos. Em outras palavras, você pode nem ter decidido se quer ter filhos ou não, mas você não tem escolha. Deve ser chato morar em um lugar como esse, afinal de contas, você não parece ter liberdade de escolha, é tudo uma ilusão.
Mas que lugar é esse?
O nosso universo. Parece ficção, mas tudo isso foi descoberto pelo cientista mais célebre de todos os tempos, Albert Einstein, em 1905.
Desde que nascemos, temos a ideia de que o tempo passa no mesmo ritmo para todas as pessoas, e que todos no planeta viajam juntos rumo ao futuro. Não parece ser uma ilusão, certo?
Hora de complicar as coisas. De acordo com Einstein, o tempo é uma espécie de lugar, uma dimensão onde andamos até a morte. Enquanto você lê esse texto, o tempo passa, certo? Na verdade, não. É você quem está viajando por um lugar chamado tempo através de um meio de transporte que não pode ver, mas é bem rápido, tão rápido quanto a luz.
Esse meio de transporte invisível viaja a 1,08 bilhão de km/s, a velocidade da luz.
Como você deve saber, de acordo com a relatividade de Einstein, tempo e espaço são uma coisa só, chamada espaço-tempo, onde nada pode viajar mais rápido do que a luz.
E a essa altura, você já deve ter notado um grande problema. Se você está andando na velocidade da luz enquanto lê esse texto, se você se levantar e ir ao banheiro a 4 km/h, você terá ultrapassado a velocidade da luz?
É claro que não. O que acontece é que essa velocidade é descontada. Em outras palavras, “emprestadas” pelos motores que empurram o tempo. Eles emprestam um pouco de sua velocidade para tudo o que se move. Isso tem um preço, claro: o tempo passa mais devagar para você.
Sei que provavelmente está tudo muito confuso. Vou tentar exemplificar:
Você está parado nesse instante, atravessando o tempo a 1,08 bilhão de km/h, mas então decide dar uma volta em sua Ferrari novinha a 180 km/h. O que acontece? Você pega emprestado do “banco do tempo” 180 km/h, e ele desconta de seu relógio, isto é, o tempo para você passa mais devagar em relação a todas as outras pessoas que estão paradas no momento. Um momento que durava 60 segundos agora passa a durar 59,9999999999953 segundos. O carro acelera, mas freia seu relógio – apenas o SEU. Depois de uma hora viajando no carro a essa velocidade, você viaja 0,0000000576 milésimo de segundo para o futuro.
Pouca coisa, certo? Sim, as velocidades que experimentamos no dia-a-dia são extremamente insignificantes para ter um efeito notável na passagem no tempo. 1,08 bilhão parece ser muito mais do que o suficiente…
Mas o banco do tempo pode falir?
Sim, e é aí que tudo fica ainda mais interessante. Se uma nave futurista viajar a 1 bilhão de km/h, o banco do tempo estará em apuros. Aí vai mais um exemplo:
Suponha que sua Ferrari possa atingir a mesma velocidade da suposta nave. Na rodovia que você viaja, há uma pessoa no bar. Então, um ladrão aparece do nada e aponta uma pistola na cabeça do indivíduo. Você passa pela rodovia à 1 bilhão de km/h. Seu relógio marca 14h30, e quando você passa em frente ao bar você não vê a pessoa sendo ameaçada de morte. Por que? Porque o tempo passou mais devagar para você do que para as pessoas no bar. Seu relógio marca 14h30, mas o relógio do bar marca 14h45. Você viajou para o futuro. E vê ou uma pessoa morta ou a polícia prendendo o sujeito no bar. Você vê algo que para as pessoas que estavam no bar ainda não está decidido.
Temos então um paradoxo. Tanto você como o homem ameaçado vivem o que os dois chamam de agora. Mas para ele é futuro algo que você já tem na memória, algo que para você já é passado.
Por incrível que pareça, as coisas ainda podem ficar mais complicadas. Segundo Einstein, grandes distâncias também podem distorcer a ideia de que exista um agora para todos. Em outras palavras, para um alienígena vivendo em outra galáxia, o momento em que você está em frente ao celular ou computador lendo esse artigo é um passado distante.
“A concepção dele sobre o que existe neste momento no Universo pode incluir coisas que parecem completamente abertas para nós, como o vencedor das eleições presidenciais dos EUA de 2100. Os candidatos ainda nem nasceram, mas na ideia dele sobre o que acontece exatamente agora já vai estar o primeiro presidente americano do século 22”, escreveu o físico Brian Greene, da Universidade Columbia, nos EUA, em seu livro The Fabric of the Cosmos (O Tecido do Cosmos).
Então o futuro já aconteceu…
Se você pensar um pouco, temos aqui uma conclusão extraordinária. Toda a história do universo já está escrita e, obviamente, não temos o que chamamos poder de escolha. Seu dia de amanhã já está definido no tecido da realidade do universo.
Universos paralelos
Existe, no entanto, uma teoria de que sim, temos poder de escolha mesmo em um universo determinado. São os mundos paralelos, e são ainda mais bizarros do que tudo o que foi apresentado até aqui.
A Teoria dos Muitos Mundos, criada pelo físico norte-americano Hugh Everett em 1957, sugere que a cada possível ação que fazemos, o universo se divide em realidades paralelas, onde cada possível ação é executada. Por exemplo, você está em uma festa, e encontra alguém que não tem coragem de puxar conversa. Em algum universo paralelo, uma cópia sua chegou até essa pessoa, e levou um fora. Em outro, a cantada deu certo. E em outro, vocês se casaram e tiveram filhos. Assim funcionaria com cada possível resultado de uma ação, infinitos universos gerados com infinitas possibilidades.
Temos, nesse cenário, um futuro aberto para qualquer coisa, o oposto do que a relatividade de Einstein aceita. Em teoria, é bonito, mas testar isso na prática é um desafio imenso (diferentemente da relatividade de Einstein, que já foi testada na prática com observações cósmicas e em laboratórios).
E você, leitor, fica do lado de Einstein e de sua relatividade, ou aposta em realidades alternativas paralelas? Tenha toda a liberdade de escolha para decidir. Ou não…
Lucas

Author Archives

Lucas tem 20 anos, é de São Paulo/SP, e administrador do projeto Mistérios do Mundo, iniciado em 2011. É formado em análise de sistemas, adora ciência e tecnologia e escreve diariamente para o site. Faz divulgação científica e trabalha na programação e layout do site. Também colabora para o projeto Climatologia Geográfica, do Isaías Júnior. Adora viajar e ama a natureza.


Fonte



17.8.15

Palavras de Bezerra de Menezes sobre a crise 15 agosto de 2015

Mensagem que o Espírito Bezerra de Menezes me transmitiu, pedindo que fosse compartilhada com os irmãos da internet.

"Filhos amados.
A palavra crise vem sendo pronunciada constantemente por meus irmãos na Terra. 
De fato, o momento é de crise inegável nos mais variados campos da atividade humana.

Mas nada se encontra fora do controle do Pai que nos ama, e se Ele permite a existência de turbulências é para que possamos extrair as lições para o nosso amadurecimento.

Na crise econômica, aprendamos a viver com mais simplicidade.
Na crise da solidão, aprendamos a ser mais solidários.

Na crise ética, tenhamos posturas mais justas.
Na crise do preconceito, aprendamos a respeitar mais os irmãos que pensam diferente de nós.
Na crise espiritual, fiquemos mais pertos de Deus pela fé e oração.
Na crise do ressentimento, perdoemos um pouco mais.
Na crise da saúde, guardemos mais equilíbrio em nossa atitudes
Na crise do amor, deixemos o nosso coração falar mais alto do que o egoísmo.
Momento de crise é momento de um passo adiante.

Retroceder, rebelar ou estacionar, nunca.
A crise pede avanço.
 E se a crise chegou para cada um de nós, é hora de levantar, mudar e seguir em frente na construção de um novo tempo de amor e paz."

José Carlos De Lucca


Fonte

Espiritismo Brasil Chico Xavier e ARTE ESPÍRITA
compartilhou a foto deJosé Carlos De Lucca.

12.8.15

O problema que te preocupa...

...talvez te pareça
excessivamente amargo ao coração.
E tão amargo que talvez não possas comentá-lo, de pronto.
Às vezes, a sombra interior é tamanha que tens a ideia
de haver perdido o próprio rumo.
Entretanto, não esmoreças.
Abraça o dever que a vida te assinala.
Serve e ora. A prece te renovará energias.
O trabalho te auxiliará.
Deus não nos abandonará.
Fazê silêncio e não te queixes.
Alegra-te e espera porque o Céu te socorrerá.
Por meios que desconheces,
Deus permanece agindo”



Emmanuel – Chico Xavier


Fonte


4.8.15

* Para LER e REFLETIR *

"Quando tudo parecer perdido, não se desespere, não se entregue, pois existe uma força maior de bondade que rege o Universo, e por mais que nesse momento não seja fácil acreditar nisso, se esforce, vá além do seu limite e compreenda que ninguém nasceu para sofrer, mas para ser feliz através do amor e da misericórdia de Deus... " (Elvis Kubo)
* Caminhos de Luz!! *


Portal Espiritual

1.8.15

Assédios Espirituais: Causas, Mecanismos, Efeitos e Prevenção

Ensinam-nos os Espíritos, e a observação nos confirma, que quando um ser humano morre, não há uma modificação repentina e milagrosa do seu caráter.

Ele perde todas as coisas materiais que um dia chamou de "suas", sendo o seu corpo a mais emblemática dessas perdas. O que permanece, porém, são as suas conquistas morais e intelectuais -  os dois eixos que elevam a consciência humana aos níveis mais elevados de existência.

Dessa forma, seremos consciencialmente nós mesmos, mas desta vez teremos percepções outras que não tínhamos quando estávamos sob o veículo físico de manifestação da alma - o corpo. Assim, manteremos os mesmos níveis depensamentos e sentimentos que cultivávamos enquanto estávamos no corpo físico, e uma consequência lógica disso é a manutenção do nosso livre-arbítrio.

Possuidores de livre-arbítrio, somos todos nós, Espíritos encarnados ou não, capazes de pensar sobre o que desejamos fazer ou não e talvez executar a ação engendrada nos escaninhos do nosso ser, assim é que escolhemos virar para esquerda ou para direita, ir pelo caminho C ou D,  olhar para cima ou para baixo, cursar a faculdade A ou B, ligar ou não para alguém, ajudar ou não a uma pessoa, maltratar os outros ou não. 

Livre-arbítrio, pensamentos e sentimentos estão no cerne da problemática a ser abordada nesse novo post, chamado "Assédios Espirituais: Causas, Mecanismos e Efeitos". Começaremos falando sobre algumas das causas, passaremos pelos mecanismos e por último trataremos dos efeitos.

Causas 
Os assédios espirituais, ao contrário do que muitas pessoas pensam, na maioria das vezes(mas nem sempre)  não se tratam de eventos isolados(repito, nem sempre !). Se parecem mais com um processo que se inicia com a "abertura" de brechas psíquicas, nos futuros assediados, antes mesmo do aparecimento de um assediador(obsessor).

O leitor deve ter notado a ocorrência de alguns"nem sempre" no texto, seu uso é proposital no sentido de que nunca devemos tratar as questões Espirituais como meros conceitos que podem ser montados ou desmontados como peças de um quebra-cabeças homogêneo. Não, a realidade é uma teia sem retalhos, qualquer coisa que dissermos sobre ela, qualquer descrição dela é uma abreviação. Assim, podemos falar aqui de modo a sugerir uma regra geral, mas não encare dessa forma, pense que isso é talvez o caso mais frequente, mas sempre procure ter em mente que cada caso é um caso. 

Como um exemplo de causa, temos o exemplo em que um Espírito fica perto de uma pessoa para se aproveitar das suas energias, energias estas compatíveis com as energias do assediador e portanto agradáveis a ele em algum sentido. Essa é forma mais de comum(não quer dizer que seja a única) de início de um assédio. Nesse caso, há uma forte ligação psíquica entre o assediador e a sua vítima, por meio dasbrechas psíquicas, mas o que seriam de fato tais brechas ? Todo tipo de pensamento, sentimento e comportamentos desequilibrados nutridos pela vítima e que dão margem a uma manipulação(destes pensamentos, comportamentos e sentimentos) por parte do assediador. Tais pensamentos e sentimentos em desequilíbrio promovem uma alteração no nosso campo magnético(energético) e fazem valer a velha máxima de que "semelhante, atrai semelhante". Mas por que o assediador faria isso a alguém ? Livre-arbítrio dele que possui seus interesses próprios. As motivações podem ser inumeráveis, desde um simples capricho do assediador que, por um motivo próprio, resolve assediar outra pessoa, até casos extremos de vinganças dolorosas, devido a más ações que nutriram rancores, que junto com o agora assediador(antes talvez assediado), sobreviveram à morte e este, agora, deseja vingança; não é incomum que essas vinganças sejam levadas a efeito inclusive após o reencarne do assediado.

Mecanismos

Manutenção de ideias fixas (Monoideísmo) / Manipulação das ideias fixas da vitima por parte do assediador

Como dissemos no início do artigo, pensamentos, sentimentos e os comportamentos resultantes destes, desempenham um papel muito importante no mecanismo comum de assédios espirituais. A manutenção de maus pensamentos e a consequente baixa na qualidade dos sentimentos altera o nosso campo magnético e deixa-nos suscetíveis à investidas de Espíritos menos responsáveis e menos atentos às Leis Divinas que, infelizes, fazem mau uso do livre-arbítrio.

Esses maus pensamentos e sentimentos nutridos e alimentados reiteradamente transformam-se em verdadeiras brechas que nos deixam vulneráveis porque são usados pelos assediadores como uma forma de manipulação para conseguirem o que desejam em relação ao assediado. Acercando-se do assediado e sondando-lhe os pensamentos, observando seus atos, o assediador pouco a pouco vai dando força às ideias desequilibradas do assediado assim como inflamando sentimentos diversos: raiva, culpa, medo , rancor, ganância...

Domínio gradual do assediado pelo assediador

Um assédio pode se arrastar por anos e anos ou pode ser rápido, mas, comumente, não havendo uma deliberação em mudar o padrão mental, começa a ser observado o aparecimento de uma simbiose psíquica entre o encarnado assediado e o assediador desencarnado, que tende, se nada for feito em sentido contrário, a misturar de tal forma os pensamentos dos envolvidos em um processo que o assediado não consegue mais diferenciar o que é pensamento seu e o que é do assediador, ocorrendo, muitas vezes, de perceber a sua presença e gostar dela(devido inclusive a grande intimidade energética estabelecida por meio dos pensamentos e sentimentos alimentados por ambos).


Efeitos

Como efeitos da obsessão podemos destacar a alteração do quadro físico ou psíquico, havendo ainda a possibilidade de efeito físico-psíquico (duplo) e se revela mormente no comportamento alterado do assediado, seja com ideias que antes não tinha até mesmo chegando ao domínio do organismo por completo.

Estas variações dependem da intensidade e tempo do assédio, quando corre seu curso livremente a tendência é de agravo, visto que os assédios visam ainda a retirada da energia vital gradual do sujeito subordinado.

Alterações de humor e comportamento, instalação de enfermidades diversas como depressão, pânico, entre outras, incluindo motivações para o suicídio - o Dr. Décio Iandoli Jr. , médico espírita, vem desenvolvendo um trabalho de pesquisa no qual inclui alguns casos de “Mal de Alzheimer”, ou doença de ALZHEIMER como passíveis de serem influências de assédios.

Há sem dúvida casos de assédios que acabam por inserir o sujeito em casas psiquiátricas e manicômios, tal a ação do espírito no seu objeto de domínio e influência. Os efeitos variam conforme o grau do assédio e as causas igualmente.

Vejamos um material postado pelo grupo CEFAK acerca do reconhecimento de um assédio de fato:

"Quando alguém está sofrendo obsessão, há alterações de comportamento físico, mental e emocional. Qualquer pessoa com conhecimento doutrinário espírita e um pouco de treinamento no campo do atendimento a obsidiados, reconhece os sinais dessa alteração. (Percepção de fluidos ou a vidência são bons auxiliares na verificação do estado obsessivo, mas não são meios exclusivos nem infalíveis)

Na obsessão simples, os sinais revelados são tênues, insuficientes para se detectar a influência maléfica, a não ser para quem conheça a pessoa no seu estado normal. Quando a obsessão se acentua, os sinais de alteração começam a ficar evidentes, tais como:

-Olhar fixo, esgazeado ou fugidio, sem encarar a ninguém;
-Tiques e cacoetes nervosos;
-Desalinho ou desleixo na aparência pessoal – excentricidade;
-Agitação, inquietude, intranqüilidade;
-Medo e desconfiança injustificados;
-Apatia, sonolência, mente dispersiva;
-Idéias fixas;
-Excessos no falar, no rir; mutismo ou tristeza;
-Agressividade gratuita, difícil de conter;
-Ataques que levam ao desmaio, rigidez, inconsciência, contorções etc;
-Pranto incontrolado sem motivo;
-Orgulho, vaidade, ambição ou sexualidade exacerbados. Na subjugação, quando a pessoa volta ao normal, após uma crise, geralmente se queixa do domínio sofrido e lamenta atos infelizes que praticou. Na fascinação, os demais notam a fantasia, o fanatismo, a fixidez, o absurdo das idéias, só a pessoa que não. 

Há inúmeros "motivos" alegados em mediúnicas para que a obsessão ocorra, seja pela vingança, raiva, inveja, atritos e conflitos, desejo de permanecer na esfera terrena entre amigos e familiares, fixação de ideia (para com uma pessoa ou pessoas encarnadas até locais - um bom exemplo é a obra de Yvonne Pereira na qual narra um episódio de fixação mental vinculada a uma casa, onde o antigo proprietário, acreditando-se ainda vivo por lá permaneceu até receber amparo dela e de espíritos benfeitores. A estada dele na casa , embora sem ter a menor consciência, influenciou o novo morador, parente de Yvonne de tal modo que seu quadro de saúde física o fez ingressar em hospital com instabilidades severas do organismo físico.

Sim, há casos ainda como já dissemos do livre arbítrio como causa de assédios e não deixamos de vê-los em algumas obras. Recordamos ainda das colônias de obsessores que mantem intuito de promover assédios, seja na condição de escravos ou de mandantes, como podemos estudar e compreender melhor na obra “Libertação” – psicografia de Francisco Cândido Xavier, ditada pelo Espirito André Luiz – temos a oportunidade de conhecer a história de Gregório, ex sacerdote católico que, atuando como poderoso dirigente das trevas, se auto-intitulava juiz e mandatário maior de governo estabelecido numa estranha cidade nas regiões inferiores do Plano Espiritual. Gregório comandava com punho de ferro uma vasta região habitada por Espíritos que apresentavam as mais variadas expressões de distanciamento do bem, sobretudo os denominados julgadores. Estes tomavam conhecimento de ações praticadas por Espíritos desequilibrados, analisava-as e emitiam sentenças condenatórias, mantendo tais Espíritos subjugados.

Em outra obra Espírita, intitulada “Nos bastidores da obsessão”- psicografia de Divaldo Pereira Franco e ditada pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda – há o relato de ações produzidas por outro poderoso obsessor – o doutor Teofrastus – que comandava falange de Espíritos obsidiados, sob o seu domínio, contra os Espíritos encarnados. A história deste infeliz dirigente das trevas – insigne mago grego, quando na Terra, residente na França, queimado pela Inquisição por volta do ano de 1470, em Ruão, após perseguição impiedosa e nefanda – resume-se na sua incapacidade de perdoar àqueles que o perseguiram, deixando dominar-se por doloroso sentimento de vingança.
Destacamos ainda outra obra espírita que nos apresenta o assédio, psicografada por Chico Xavier - Sexo e Destino, nos utilizando de dois capítulos para nossa análise conjunta:

Cap. 12 – O Autor espiritual informa que requereu concessão de estágio, para observações e estudos, por dois anos, em instituto dedicado à reeducação, via psicologia sexual. Um pai (desencarnado) que ama a filha preste a desencarnar recebe permissão para estagiar no mesmo instituto de refazimento onde ela será recolhida, tão logo deixe a veste física. Um outro pai (adotivo), se desvaira em infeliz paixão pela filha (adotiva) e arma situações traiçoeiras, sempre em companhia e com assessoria competente de obsessor, que praticamente o governa.
Cap. 13 – Descrição de como um Espírito, pela vontade, modifica sua aparência.Somos informados de como se opera a “osmose fluídica” (quando um Espírito vampirizador, simultaneamente, se alimenta daquilo mesmo que o encarnado está a ingerir).Presenciamos a grande dificuldade de um Espírito Protetor para ajudar alguém, impedindo uma infâmia. As quedas de consciência, provocadas pela liberação dos instintos sexuais inferiores, gerando dor, expõem graves condutas no passado daquele que assim age, projetando-lhe pesados débitos a serem resgatados no futuro. Tal crime se agrava quando ficamos sabendo que constitui grande desrespeito a Espíritos protetores, familiares ou não das vítimas, testemunhas invisíveis e sofridas de tais maldades, conscientemente projetadas.

Para contarmos com mais dados, utilizamos trecho da obra "E A Vida Continua": Cap. 24 – Evelina em ação – O capítulo encerra proveitosa doutrinação entre desencarnados: a filha (amorosa, lúcida e gentil) esclarecendo o pai, concretado em vingança e obsessivamente fixado na posse da mulher que ama, a qual, acabando de falecer, não pôde ter seu perispírito apartado dos despojos físicos, por férrea imantação desse obsessor ao qual está algemada, fluidicamente.

Com a obra "Ação e Reação" temos a apresentação do plano espiritual denominado Mansão da Paz, destacamos os seguintes capítulos:
Cap. 2 - Comentários do Instrutor – Em recinto confortável e amplo da “Mansão da Paz” reuniam-se cerca de duzentos assistidos, na maioria de semblante disforme e triste. O capítulo contém numerosos ensinamentos sobre o bom ânimo e à construção individual do “destino”, quando cada um de nós estagia ora no plano físico, ora no espiritual. 

Em suma: somos vítimas de nós mesmos, tanto quanto todos somos beneficiários da Tolerância Divina a nos conceder infinitas oportunidades de correção e ressarcimento. Há a informação de que para Espíritos equilibrados, ao desencarnarem, retornam-lhes a memória de vidas passadas; já os Espíritos intranqüilos, culpados, vêem-se acometidos de amnésia, qual sombra eclipsando-lhes a visão (do passado).

Cap. 3  A intervenção na memória – Loucura por telepatia. Reencarnações em conexão com “planos infernais” Eis que encontramos neste capítulo exposição dessas situações, constituindo aprendizado sobre o Plano Espiritual. Instrutores Espirituais do “Cenáculo da Mansão” agem como autoridades intermediárias nos processos reencarnatórios, que são decididos por mensageiros da luz (instância superior).Também na obra mostram a nós ataques sofridos  por espíritos trevosos, tendo como alvo a Instituição (“Mansão da Paz”), que possui defesas eficientes.

Cap. 4  Alguns recém-desencarnados – Equipes socorristas da “Mansão da Paz” atendem recém-desencarnados em desequilíbrio mental, mas credores de imediata assistência. Há várias narrações de recém-libertos da matéria e que só agora se mostram grandemente arrependidos. Um desses dolorosos casos, de grande impacto emocional, mostra a ingratidão filial, e em contraposição, o sublime amor maternal, que a tudo perdoa. O capítulo leciona que as sombras da consciência só desaparecerão da alma do devedor com o suor do trabalho ou sob o pranto da expiação... Vemos também como a literatura perniciosa que descreve figuras demoníacas pode impressionar Espíritos frágeis, que os ideoplasmam, passando a conviver grandes tormentos com essas formas-pensamento auto-edificadas. Há proveitosa explanação sobre como as energias mentais exteriorizadas por cada Espírito (na forma de pensamento, por exemplo) sempre retornam à origem, intensificadas pelos elementos — bons ou maus — que com elas se harmonizam...

Cap. 5  Almas enfermiças – Uma caminhada pelos arredores da “Mansão da Paz”, pelas regiões das sombras densas, mostra compacta multidão de almas em reajuste, conturbadas e sofredoras, soluçando, gritando e blasfemando. Esses infelizes Espíritos são prisioneiros de si mesmos; só conseguirão ser amparados quando superarem a crise de perturbação ou de angústia na qual mergulharam, o que pode perdurar por dias, meses ou anos. Cães enormes prestam relevantes serviços naquela área trevosa.

Espíritos desencarnados, tanto quanto encarnados, vivem cercados de energia que se irradiam, impressionando o olfato daqueles que estejam próximos, de modo agradável ou desagradável. Três Espíritos são mantidos em celas individuais, tendo cada um, por companhia, apenas e tão somente, permanentemente, as escabrosas formas-pensamento que criaram, reflexo de sua equivocada vida terrena... Só poderão ser amparados quando modificarem sua tela mental.

Prevenção

Importante lembrarmos a questão da prevenção, parte que nos auxilia e elucida.

Deixamos um material produzido pela CEFAK para quem desejar maiores detalhes sobre os assédios espirituais , através do link: http://www.cefak.net/reunioes-publicas/pdf/prevencao-da-obsessao relevante material de análise aprofundada sobre a obsessão e sua prevenção.

Enumeramos algumas atitudes preventivas aos nossos amigos  leitores:

Necessidade de Reforma Interior;
Persistência na Reforma íntima;
Manutenção e Vigilância do Pensamento e Sentimento;
Realização do Evangelho no Lar, preces;
Vigilância do Comportamento (Equilíbrio das ações, envolvendo perdão quando necessário e demais atitudes que sejam sadias, que buscam o equilíbrio a cerca de si mesmo - considerando o indivíduo e o núcleo social em que está inserido:família, trabalho, círculos de amizades).

Obras da doutrina nos conferem inúmeros exemplos e casos provindos dos desajustes e desequilíbrios, lembramos ainda que nem todo desajuste significa um processo de assédio, notoriamente sabemos que o próprio desequilíbrio pode ocasionar doenças, de todo modo, o desequilíbrio apenas nos afasta de uma vida harmoniosa e portanto mais feliz e sadia.E acima de tudo honestidade com você mesmo para saber o que está errado e coragem para mudar.

Em alguns posts inserimos a mesma frase: Que sejamos nós a paz que tanto buscamos, assim resumimos a ideia da prevenção. 



***
Há muito mais sobre o assunto na bibliografia sobre vida após a morte. Esperamos que os leitores tenham gostado do assunto e se sintam instigados a pesquisar mais sobre Um grande abraço a todos :)

30.7.15

MIMAR OS FILHOS

Vamos falar uma coisa relacionada a super proteção dos pais em relação aos filhos. 
Esse é um tópico muito delicado, pois muitos pais, mesmo sabendo dos danos que os filhos podem sofrer com os mimos, ainda assim incorrem nesse erro tão grave.
O filho que recebe durante boa parte da vida a superproteção, os mimos, é colocado numa cúpula de vidro e é sempre preservado do enfrentamento das adversidades do mundo desenvolve sérios problemas em conseguir se virar e se assumir no futuro. 
Vejo muito no consultório, aqui no facebook e pessoas que me contam milhares de casos por e-mail de filhos que têm imensa dificuldade de seguir na vida por conta de terem sido mimados quando eram crianças e adolescentes pelos pais.
Vejo muitos casos de pessoas que tiveram superproteção na infância e adolescência e ao completar 17, 18, 19 ou 20 anos, e não conseguem iniciar sua vida. 
Quando conseguem, tem sérios problemas em se adaptar ao mundo do trabalho e das responsabilidades. 
Muitas vezes tornam-se pessoas sem limites, com pouca noção de regras de convivência. 
Podem ter também problemas de relacionamento, pois internalizaram a ideia de que o outro sempre deve fazer tudo para ele, sempre se acham com a razão, e acreditam que o mundo deve servi-lo.
Tornam-se pessoas egocentradas, preocupando-se na maioria das vezes apenas com suas necessidades básicas e imediatas. 
Ao primeiro sinal de dificuldade, não conseguem seguir em frente e ficam bloqueadas. 
A primeira crise na vida parece tão grave que os paralisa. Alguns chegam a culpar os pais e a sociedade pelos seus problemas. 
Podem também se vitimizar sistematicamente, e não assumir a responsabilidade sobre si mesmos. 
As marcas da superproteção tendem a continuar pelo restante de suas vidas, e são raros os casos de pessoas que conseguem se libertar dessa situação sem reflexos.
Não fique superprotegendo seus filhos. 
Você pode ter a impressão que o está ajudando, mas cada mimo que você o dá, cada vez que você tira sua mão da tomada evitando que tome um choque; cada vez que você o retira de uma situação dolorosa que iria lhe fornecer aprendizado de vida; cada vez que você não impõe limites a ele; cada vez que você não o ensina o senso de sociedade, de coletivo, e só o ensina o individualismo do conquistar apenas para si mesmo; cada vez que você dá tudo que ele pede e não o frustra com o que ele não pode obter; cada vez que você deixa sua carência falar mais alto e tenta comprar o afeto dele com presentes; cada vez que você faz todos esses mimos diversos, você pode não perceber, mas você está prejudicando imensamente seu filho, impedindo que ele se desenvolva por si mesmo e encare a vida como ela é. 
Olhando para o passado e vendo tudo o que você como pai ou mãe fez, você vê claramente seus erros e pensa que tudo poderia ser diferente se você tivesse um maior desprendimento. 
Mas agora você, que é mãe ainda de filhos pequenos já sabe, pode evitar de cometer esse erro.
É tudo bem simples: se você não ensina e o protege, a vida vai ensinar. 
É melhor que ele aprenda com você, no laboratório do lar, onde ainda existe chance de errar e aprender. No entanto, quando ele é impedido de aprender por causa da sua proteção excessiva, a vida vai ensina-lo, de uma forma ou de outra. 
E todos sabemos, a vida não ensina com o mesmo amor. 
Portanto, ensine-o a ser independente e a respeitar as pessoas. 
Deixe ele se virar, ele é um espírito livre e independente. 
Ele tem capacidade de conseguir vencer todos os obstáculos que surgem, mas se você não permitir que ele os vença, tudo será imensamente mais difícil para ele e para pessoas de sua convivência.
(Hugo Lapa)

Fonte