Como efeitos da obsessão podemos destacar a alteração do quadro físico ou psíquico, havendo ainda a possibilidade de efeito físico-psíquico (duplo) e se revela mormente no comportamento alterado do assediado, seja com ideias que antes não tinha até mesmo chegando ao domínio do organismo por completo.
Estas variações dependem da intensidade e tempo do assédio, quando corre seu curso livremente a tendência é de agravo, visto que os assédios visam ainda a retirada da energia vital gradual do sujeito subordinado.
Alterações de humor e comportamento, instalação de enfermidades diversas como depressão, pânico, entre outras, incluindo motivações para o suicídio - o Dr. Décio Iandoli Jr. , médico espírita, vem desenvolvendo um trabalho de pesquisa no qual inclui alguns casos de “Mal de Alzheimer”, ou doença de ALZHEIMER como passíveis de serem influências de assédios.
Há sem dúvida casos de assédios que acabam por inserir o sujeito em casas psiquiátricas e manicômios, tal a ação do espírito no seu objeto de domínio e influência. Os efeitos variam conforme o grau do assédio e as causas igualmente.
Vejamos um material postado pelo grupo CEFAK acerca do reconhecimento de um assédio de fato:
"Quando alguém está sofrendo obsessão, há alterações de comportamento físico, mental e emocional. Qualquer pessoa com conhecimento doutrinário espírita e um pouco de treinamento no campo do atendimento a obsidiados, reconhece os sinais dessa alteração. (Percepção de fluidos ou a vidência são bons auxiliares na verificação do estado obsessivo, mas não são meios exclusivos nem infalíveis)
Na obsessão simples, os sinais revelados são tênues, insuficientes para se detectar a influência maléfica, a não ser para quem conheça a pessoa no seu estado normal. Quando a obsessão se acentua, os sinais de alteração começam a ficar evidentes, tais como:
-Olhar fixo, esgazeado ou fugidio, sem encarar a ninguém;
-Tiques e cacoetes nervosos;
-Desalinho ou desleixo na aparência pessoal – excentricidade;
-Agitação, inquietude, intranqüilidade;
-Medo e desconfiança injustificados;
-Apatia, sonolência, mente dispersiva;
-Idéias fixas;
-Excessos no falar, no rir; mutismo ou tristeza;
-Agressividade gratuita, difícil de conter;
-Ataques que levam ao desmaio, rigidez, inconsciência, contorções etc;
-Pranto incontrolado sem motivo;
-Orgulho, vaidade, ambição ou sexualidade exacerbados. Na subjugação, quando a pessoa volta ao normal, após uma crise, geralmente se queixa do domínio sofrido e lamenta atos infelizes que praticou. Na fascinação, os demais notam a fantasia, o fanatismo, a fixidez, o absurdo das idéias, só a pessoa que não.
Há inúmeros "motivos" alegados em mediúnicas para que a obsessão ocorra, seja pela vingança, raiva, inveja, atritos e conflitos, desejo de permanecer na esfera terrena entre amigos e familiares, fixação de ideia (para com uma pessoa ou pessoas encarnadas até locais - um bom exemplo é a obra de Yvonne Pereira na qual narra um episódio de fixação mental vinculada a uma casa, onde o antigo proprietário, acreditando-se ainda vivo por lá permaneceu até receber amparo dela e de espíritos benfeitores. A estada dele na casa , embora sem ter a menor consciência, influenciou o novo morador, parente de Yvonne de tal modo que seu quadro de saúde física o fez ingressar em hospital com instabilidades severas do organismo físico.
Sim, há casos ainda como já dissemos do livre arbítrio como causa de assédios e não deixamos de vê-los em algumas obras. Recordamos ainda das colônias de obsessores que mantem intuito de promover assédios, seja na condição de escravos ou de mandantes, como podemos estudar e compreender melhor na obra “Libertação” – psicografia de Francisco Cândido Xavier, ditada pelo Espirito André Luiz – temos a oportunidade de conhecer a história de Gregório, ex sacerdote católico que, atuando como poderoso dirigente das trevas, se auto-intitulava juiz e mandatário maior de governo estabelecido numa estranha cidade nas regiões inferiores do Plano Espiritual. Gregório comandava com punho de ferro uma vasta região habitada por Espíritos que apresentavam as mais variadas expressões de distanciamento do bem, sobretudo os denominados julgadores. Estes tomavam conhecimento de ações praticadas por Espíritos desequilibrados, analisava-as e emitiam sentenças condenatórias, mantendo tais Espíritos subjugados.
Em outra obra Espírita, intitulada “Nos bastidores da obsessão”- psicografia de Divaldo Pereira Franco e ditada pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda – há o relato de ações produzidas por outro poderoso obsessor – o doutor Teofrastus – que comandava falange de Espíritos obsidiados, sob o seu domínio, contra os Espíritos encarnados. A história deste infeliz dirigente das trevas – insigne mago grego, quando na Terra, residente na França, queimado pela Inquisição por volta do ano de 1470, em Ruão, após perseguição impiedosa e nefanda – resume-se na sua incapacidade de perdoar àqueles que o perseguiram, deixando dominar-se por doloroso sentimento de vingança.
Destacamos ainda outra obra espírita que nos apresenta o assédio, psicografada por Chico Xavier - Sexo e Destino, nos utilizando de dois capítulos para nossa análise conjunta:
- Cap. 12 – O Autor espiritual informa que requereu concessão de estágio, para observações e estudos, por dois anos, em instituto dedicado à reeducação, via psicologia sexual. Um pai (desencarnado) que ama a filha preste a desencarnar recebe permissão para estagiar no mesmo instituto de refazimento onde ela será recolhida, tão logo deixe a veste física. Um outro pai (adotivo), se desvaira em infeliz paixão pela filha (adotiva) e arma situações traiçoeiras, sempre em companhia e com assessoria competente de obsessor, que praticamente o governa.
Cap. 13 – Descrição de como um Espírito, pela vontade, modifica sua aparência.Somos informados de como se opera a “osmose fluídica” (quando um Espírito vampirizador, simultaneamente, se alimenta daquilo mesmo que o encarnado está a ingerir).Presenciamos a grande dificuldade de um Espírito Protetor para ajudar alguém, impedindo uma infâmia. As quedas de consciência, provocadas pela liberação dos instintos sexuais inferiores, gerando dor, expõem graves condutas no passado daquele que assim age, projetando-lhe pesados débitos a serem resgatados no futuro. Tal crime se agrava quando ficamos sabendo que constitui grande desrespeito a Espíritos protetores, familiares ou não das vítimas, testemunhas invisíveis e sofridas de tais maldades, conscientemente projetadas.
Para contarmos com mais dados, utilizamos trecho da obra "E A Vida Continua": Cap. 24 – Evelina em ação – O capítulo encerra proveitosa doutrinação entre desencarnados: a filha (amorosa, lúcida e gentil) esclarecendo o pai, concretado em vingança e obsessivamente fixado na posse da mulher que ama, a qual, acabando de falecer, não pôde ter seu perispírito apartado dos despojos físicos, por férrea imantação desse obsessor ao qual está algemada, fluidicamente.
Com a obra "Ação e Reação" temos a apresentação do plano espiritual denominado Mansão da Paz, destacamos os seguintes capítulos:
Cap. 2 - Comentários do Instrutor – Em recinto confortável e amplo da “Mansão da Paz” reuniam-se cerca de duzentos assistidos, na maioria de semblante disforme e triste. O capítulo contém numerosos ensinamentos sobre o bom ânimo e à construção individual do “destino”, quando cada um de nós estagia ora no plano físico, ora no espiritual.
Em suma: somos vítimas de nós mesmos, tanto quanto todos somos beneficiários da Tolerância Divina a nos conceder infinitas oportunidades de correção e ressarcimento. Há a informação de que para Espíritos equilibrados, ao desencarnarem, retornam-lhes a memória de vidas passadas; já os Espíritos intranqüilos, culpados, vêem-se acometidos de amnésia, qual sombra eclipsando-lhes a visão (do passado).
Cap. 3 – A intervenção na memória – Loucura por telepatia. Reencarnações em conexão com “planos infernais” Eis que encontramos neste capítulo exposição dessas situações, constituindo aprendizado sobre o Plano Espiritual. Instrutores Espirituais do “Cenáculo da Mansão” agem como autoridades intermediárias nos processos reencarnatórios, que são decididos por mensageiros da luz (instância superior).Também na obra mostram a nós ataques sofridos por espíritos trevosos, tendo como alvo a Instituição (“Mansão da Paz”), que possui defesas eficientes.
Cap. 4 – Alguns recém-desencarnados – Equipes socorristas da “Mansão da Paz” atendem recém-desencarnados em desequilíbrio mental, mas credores de imediata assistência. Há várias narrações de recém-libertos da matéria e que só agora se mostram grandemente arrependidos. Um desses dolorosos casos, de grande impacto emocional, mostra a ingratidão filial, e em contraposição, o sublime amor maternal, que a tudo perdoa. O capítulo leciona que as sombras da consciência só desaparecerão da alma do devedor com o suor do trabalho ou sob o pranto da expiação... Vemos também como a literatura perniciosa que descreve figuras demoníacas pode impressionar Espíritos frágeis, que os ideoplasmam, passando a conviver grandes tormentos com essas formas-pensamento auto-edificadas. Há proveitosa explanação sobre como as energias mentais exteriorizadas por cada Espírito (na forma de pensamento, por exemplo) sempre retornam à origem, intensificadas pelos elementos — bons ou maus — que com elas se harmonizam...
Cap. 5 – Almas enfermiças – Uma caminhada pelos arredores da “Mansão da Paz”, pelas regiões das sombras densas, mostra compacta multidão de almas em reajuste, conturbadas e sofredoras, soluçando, gritando e blasfemando. Esses infelizes Espíritos são prisioneiros de si mesmos; só conseguirão ser amparados quando superarem a crise de perturbação ou de angústia na qual mergulharam, o que pode perdurar por dias, meses ou anos. Cães enormes prestam relevantes serviços naquela área trevosa.
Espíritos desencarnados, tanto quanto encarnados, vivem cercados de energia que se irradiam, impressionando o olfato daqueles que estejam próximos, de modo agradável ou desagradável. Três Espíritos são mantidos em celas individuais, tendo cada um, por companhia, apenas e tão somente, permanentemente, as escabrosas formas-pensamento que criaram, reflexo de sua equivocada vida terrena... Só poderão ser amparados quando modificarem sua tela mental.