quinta-feira, 26 de abril de 2012

As diversas reencarnações de Chico Xavier


PUBLICADO NO JORNAL CORREIO ESPÍRITA EM JUNHO DE 2010
No livro “Chico, Diálogos e Recordações”, o autor Carlos Alberto Braga realiza um trabalho sério e dedicado por quatro anos com Arnaldo Rocha, que teve quase 50 anos de convivência com Chico Xavier. Arnaldo revelou uma série de reencarnações de si mesmo e de “Nossa Alma Querida”, como se refere a Chico. Arnaldo Rocha foi o doutrinador de um grupo de desobsessão que Chico Xavier participava. O nome era “Grupo Coração Aberto”, onde muitas revelações sobre vidas passadas na história planetária foram reveladas.
O resultado do trabalho pode ser parcialmente visto nos livros “Instruções Psicofônicas” e “Vozes do Grande Além”. Dentre várias encarnações de Francisco Cândido Xavier, algumas já foram elucidadas:
Hatshepsut (Egito) (aproximadamente de 1490 AC a 1450 AC)
Era uma farani – feminino de faraó – que herdou o trono egípcio em função da morte do irmão. A regência dela foi muito importante para o Egito, já que suspendeu os processos bélicos e de expansão territorial. Trouxe ao povo um pensamento intrínseco e mais religioso. Viveu numa época em que surgiram as escritas nos papiros, o livro dos mortos. Hatshepsut foi muito respeitada e admirada pelo povo egípcio. Obesa e diabética, com câncer nos ossos, desencarnou em torno dos 40 anos, por causa de uma infecção generalizada. Hatshepsut foi a primeira faraó (mulher) da história. Governou o Egito sozinha por 22 anos, na época o Estado era um dos mais ricos.
Chams (Egito) (por volta de 800 AC)
Rainha do Egito durante o império babilônico de Cemirames. Vários amigos de Chico Xavier também estavam encarnados na época, como Camilo Chaves, o próprio Arnaldo Rocha e Emmanuel, que era sacerdote e professor de Chams.
Sacerdotisa (Delphos-Grécia) (cerca de 600 AC)
Não se tem registros de qual o nome Chico Xavier recebeu nesta encarnação. Ela se tornou sacerdotisa por causa do tio (Emmanuel reencarnado), que a encaminhou para a sacerdotisação.
Lucina (Roma-Itália) (aproximadamente 60 AC)
Lucina era casada com o general romano chamado Tito Livonio (Arnaldo Rocha reencarnado), nos tempos da revolução de Catilina. Nesta jornada, Lucina teve como pai Publius Cornelius Lentulus Sura, senador romano, avô de Publius Cornelius Lentulus (Emmanuel).
Flavia Cornélia (Roma-Itália) (de 26 DC a 79 DC)
Nesta encarnação, Chico Xavier era filha do senador romano Publius Cornelius Lentulus (Emmanuel). Arnaldo Rocha confidenciou que quando Chico se lembrava da reencarnação de Flavia sentia muitas dores, porque ela teve hanseníase. Também se percebia um forte odor que se exalava.
Lívia (Ciprus, Massilia, Lugdunm e Neapolis) (de 233 DC a 256 DC)
Foi abandonada numa estrada e achada por um escravo, que trabalhava como afinador de instrumento, e tinha o nome de Basílio (Emmanuel reencarnado). Ele a adota e coloca o nome de Lívia – ler Ave Cristo. Nesta ocasião, Arnaldo Rocha era Taciano, um homem casado que tinha uma filha chamada Blandina (Meimei reencarnada).
Certa vez, os três se encontraram e Taciano chegou a propor uma relação conjugal com Lívia, que era casada com Marcelo Volusian.
Quando a proposta foi feita, Lívia alertou que todos tinham um compromisso assumido, tanto Taciano com sua esposa, quanto ela com o seu marido.
Na oportunidade, Lívia disse: “Além de tudo, nós temos que dar exemplo a essa criança. Imagina ela ter uma referência de pais que abandonam esses compromissos.
Confiemos na providência divina porque nos encontraremos em Blandina num futuro distante”, numa clara alusão ao primeiro encontro entre Arnaldo Rocha e Chico Xavier, na Rua Santos Dumont, em Belo Horizonte, em 1946, quando o médium revelou as mensagens de Meimei do Plano Espiritual.
Clara (França) (por volta de 1150 DC)
Chico Xavier, quando esteve na França, foi nas ruínas dos Cátaros e se lembrou quando, em nome da 1ª Cruzada, toda uma cidade foi às chamas. Essa lembrança foi dolorosa para Chico. No século seguinte, a 2ª Cruzada foi coordenada por Godofredo de Buillon (Rômulo Joviano encarnado – patrão de Chico Xavier na Fazenda Modelo em Pedro Leopoldo), que tinha um irmão chamado Luis de Buillon (Arnaldo Rocha reencarnado), casado com Cecile (Meimei ou Blandina reencarnada). Godofredo e Luis tinham mais um irmão, com o nome de Carlos, casado com Clara (Chico Xavier, reencarnado).
Meimei, no livro “Meimei Vida e Mensagem”, de Wallace Leal Rodrigues, descreve todos esses nomes, sem falar das reencarnações, e se refere a Chico como quem tem o afeto das mães, numa clara citação das várias encarnações femininas que teve o médium: “… Meu afeto ao Carlos, Dorothy, Lucilla, Cleone e a todos os que se encontram mencionados em nossa história, sem me esquecer do Chico, a quem peço continue velando por nós com o afeto das mães, cuja ternura é o orvalho bendito, alertando-nos para viver, lutar e redimir” (mensagem psicofônica de Meimei pelo médium Chico Xavier, em 13 de agosto de 1950).
Lucrezja di Colonna (Itália) (Século XIII)
Nesta encarnação, Chico Xavier nasceu na família de Colonna, assim como Arnaldo Rocha, que era Pepino de Colonna, e Clóvis Tavares, na época Pierino de Colonna. Os três viveram na época de Francisco de Assis e tiveram contatos, encarnados, com este espírito iluminado.
Joanne D’Arencourt (Arras-França) (Século XVIII)
Joanne D’Arencourt fugiu da perseguição durante a Revolução Francesa sob a proteção de Camile Desmoulins (Luciano dos Anjos, reencarnado). Veio desencarnar tuberculosa em Barcelona em 1789.
Joana de Castela (Espanha) (1479 a 1556)
Joana de Castela era filha de reis católicos – Fernando de Aragão (Rômulo Joviano, encarnado) e Isabel de Castela. Casou-se com Felipe El Hermoso, neto de Maximiliano I, da Áustria, da família dos Habsburgos. O casamento foi político, mas apressado pelo grande amor que existia. Desde criança, Joana via espíritos e, por viver numa sociedade católica, era considerada como louca. Com a desencarnação dos pais de Joana, o marido Felipe e, o pai dele, Felipe I (Arnaldo Rocha reencarnado) disputavam o trono.
Para evitar que Joana de Castela assumisse, acusaram ela de louca, porque via e falava com os espíritos. Depois que Felipe desencarnou, Joana foi enclausurada por 45 anos em Tordesilhas, na Espanha. A dor era muito grande, mas o que a consolava era o contato com os espíritos. A clausura tem muita relação com a vida de Chico Xavier. Foi uma espécie
de preparação para o que viria. Chico sempre foi muito popular, mas fazia questão de sair do foco para que a Doutrina Espírita fosse ressaltada.
Ruth Céline Japhet (Paris-França) Encarnação anterior à de Chico Xavier (1837/1885)
Sua infância lembra os infortúnios de Chico Xavier, tal a luta que empreendeu pela saúde combalida. Era médium desde pequena, mas só por volta dos 12 anos começou a distinguir a realidade entre este mundo e o espiritual. Na infância, confundia os dois. Acamada por mais de dois anos, foi um magnetizador chamado Ricard quem constatou que ela era médium (sonâmbula, na designação da época), colocando-a em transe pela primeira vez. Filha de judeu, Ruth Céline Japhet contribuiu com Allan Kardec para trabalhar na revisão de “O Livro dos Espíritos” e do “Evangelho Segundo o Espiritismo”, durante as reuniões nas casas dos Srs. Roustan e Japhet. Isso pode explicar por que Chico sabia, desde pequeno, todo o Evangelho. Em palestra proferida em Niterói no dia 23 de abril, o médium Geraldo Lemos Neto citou este fato: “Desde quando ele tinha cinco anos de idade, Chico guardava integralmente na memória as páginas de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. A história de Chico Xavier todos nós sabemos. Ele somente veio ter contato com a Doutrina Espírita aos 17 anos de idade”, finalizou.
Para contrariar o pressuposto de que Chico Xavier foi Allan Kardec, o próprio médium mineiro relatou a admiração pelo codificador em carta publicada no livro “Para Sempre Chico Xavier”, de Nena Galves: “Allan Kardec vive. Esta é uma afirmativa que eu quisera pronunciar com uma voz que no momento não tenho, mas com todo o meu coração repito: Deus engrandeça o nosso codificador, o codificador da nossa Doutrina. Que ele se sinta cada vez mais feliz em observar que as suas idéias e as suas lições permanecem acima do tempo, auxiliando-nos a viver. É o que eu pobremente posso dizer na saudação que Allan Kardec merece de todos nós.
Sei que cada um de nós, na intimidade doméstica, torná-lo á lembrado e cada vez mais honrado não só pelos espíritas do Brasil, mas de todo o mundo. Kardec vive”.
PUBLICADO NO JORNAL CORREIO ESPÍRITA EM JUNHO DE 2010

terça-feira, 10 de abril de 2012

Psiquismo


“ A doença é uma espécie de escoadouro de nossa imperfeições; inconscientemente, o espírito quer jogar para fora o que lhe seja estranho ao próprio psiquismo”
“Na realidade, toda doença no corpo é processo de cura para a alma.

Abençoemos aqueles que se preocupam conosco, que nos amam, que nos atendem as necessidades...
Valorizemos o amigo que nos socorre, que se interessa por nós, que nos escreve, que nos telefona para saber como estamos indo.
A amizade é uma dádiva de Deus.
Mais tarde, haveremos de sentir falta daqueles que não nos deixam experimentar solidão”

Chico Xavier

sexta-feira, 2 de março de 2012

Chico Xavier - Revista Superinteressante

Uma investigação: Chico Xavier - Superinteressante
click  para acessar o link


por Gisela Blanco. Com reportagem de Hellen Samantta em Foz do Iguaçu
abril 2010


Há 102 anos nascia o homem que faria brasileiros de todos os credos acreditar na 
vida apos a morte. Que mudaria a vida de famílias desconsoladas.
E que colocaria a ciência atrás de respostas para as vozes do outro mundo, o mito 
Chico Xavier gerou tudo isso, mas o que gerou o mito Chico Xavier?



Até hoje chegam chegam cartas a Uberaba, Minas Gerais, endereçadas a Chico Xavier. Vêm pelo correio ou são jogadas por cima do muro do centro em que ele trabalhava. Parece que seus autores não se lembram de que Chico não está lá - morreu há 10 anos. Quer dizer, o homem morreu. O mito não. Normal para quem, como ele, teve trajetória de superstar. Nos anos 80.....

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Religião e Espiritismo


Texto  do Prof. Dr. Guido Nunes Lopes, 

Graduado em Licenciatura e Bacharelado em Física pela Universidade Federal do Amazonas (FUAM, 1986), Mestrado em Física Básica pelo Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (IF São Carlos, 1988) e Doutorado em Ciências em Energia Nuclear na Agricultura pelo Centro de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de São Paulo (CENA, 2001).  

A religião não é apenas uma, são centenas.  
O Espiritismo é apenas uma. 

A religião é para os que dormem.  
O Espiritismo é para os que estão despertos.  

A religião é para aqueles que necessitam que alguém lhes diga o que fazer e querem ser guiados. 
O Espiritismo é para os que prestam atenção à sua Voz Interior.  

A religião tem um conjunto de regras dogmáticas.  
O Espiritismo te convida a raciocinar sobre tudo, a questionar tudo.  

A religião ameaça e amedronta.
O Espiritismo lhe dá Paz Interior.  

A religião fala de pecado e de culpa.  
O Espiritismo lhe diz: "aprenda com o erro"..  

A religião reprime tudo, te faz falso.  
O Espiritismo transcende tudo, te faz verdadeiro!  

A religião não é Deus.  
O Espiritismo é Tudo e, portanto é Deus.  

A religião inventa.  
O Espiritismo descobre.  

A religião não indaga nem questiona.  
O Espiritismo questiona tudo.  

A religião é humana, é uma organização com regras. 
O Espiritismo é Divino, sem regras.  

A religião é causa de divisões.  
O Espiritismo é causa de União.  

A religião lhe busca para que acredite.  
O Espiritismo você tem que buscá-lo.  

A religião segue os preceitos de um livro sagrado. 
O Espiritismo busca o sagrado em todos os livros.  
A religião se alimenta do medo.  
O Espiritismo se alimenta na Confiança e na Fé.  

A religião faz viver no pensamento. 
O Espiritismo faz Viver na Consciência..  

A religião se ocupa com fazer.  
O Espiritismo se ocupa com Ser.  

A religião alimenta o ego.  
O Espiritismo nos faz Transcender.  

A religião nos faz renunciar ao mundo.  
O Espiritismo nos faz viver em Deus, não renunciar a Ele.  

A religião é adoração.  
O Espiritismo é Meditação.  

A religião sonha com a glória e com o paraíso.  
O Espiritismo nos faz viver a glória e o paraíso aqui e agora.  

A religião vive no passado e no futuro.  
O Espiritismo vive no presente.  

A religião enclausura nossa memória.  
O Espiritismo liberta nossa Consciência.  
A religião crê na vida eterna.  
O Espiritismo nos faz consciente da vida eterna.  

A religião promete para depois da morte.  
A espiritualidade é encontrar Deus em Nosso Interior durante a vida.   

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

O mundo dá voltas

O mundo dá voltas,
Gira até chegar no mesmo lugar,
E muita coisa continua exatamente do jeito que era.
Gravatas são obrigatórias. Sorrisos, não.
Crianças trabalham. Adultos brincam. De Deus.
Números valem mais que pessoas.
Plantam o cinza. Cortam o verde.
Rezam antes de dormir pedindo para acordar.
Uns com tanto. Outros com tudo. A maioria sem nada.
O destino de muitos já está escrito antes que aprendam a escrevê-lo.

O mundo dá voltas.
Todo mundo sabe como ele é,
Mas você pode decidir como ele vai ser.
Meninos de rua podem ter casas.
Meninos de casa podem ter ruas.
O que é estranho será apenas diferente.
Mais segundas chances,
Principalmente para a paz.
Pontes vão apenas ligar pessoas,
E não servir de abrigo para elas.
Menos armas. Mais alma.
As menores coisas vão mudar o mundo.
Famílias também vão merecer horas extras.

O mundo dá voltas.
E muitas coisas podem estar juntas nesse movimento.
Negócios e abraços,
Selvas de pedra e florestas de verdade.
Ações e boas ações.
Investimentos para o futuro e um futuro melhor.

O mundo dá voltas.
Mas mesmo quando ele volta para o mesmo ponto,
Ele pode chegar diferente.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Agradeço

Agradeço todas as dificuldades que enfrentei; não fosse por elas, eu não teria saído do lugar. As facilidades nos impedem de caminhar. Mesmo as críticas nos auxiliam muito




Chico Xavier

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Luz

Ninguém quer saber o que fomos, o que possuíamos, que cargo ocupávamos no mundo; o que conta é a luz que cada um já tenha conseguido fazer brilhar em si mesmo.
Chico Xavier

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Isso Também Passa ! ! !

"Havia um homem que costumava ter em cima de sua cama uma placa escrita:
ISSO TAMBÉM PASSA...
então perguntaram à ele o por quê disso...

Ele disse que era para se lembrar que, quando estivesse passando por momentos ruins, poder se lembrar de que eles iriam embora, e que ele teria que passar por aquilo por algum motivo.

Mas essa placa também era pra lembrá-lo que quando estivesse muito feliz, que não deixasse tudo pra trás, porque esses momentos também iriam passar e momentos difíceis viriam de novo...

E é exatamente disso que a vida é feita: MOMENTOS!

Momentos os quais temos que passar, sendo bons ou não, pro nosso próprio aprendizado. Por algum motivo... Nunca esqueça do mais importante:

NADA É POR ACASO ! Absolutamente nada. Por isso temos que nos preocupar em fazer a nossa parte da melhor forma possível."

Chico Xavier

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

PROVA E FORÇA


Se a provação te visita, não esmoreças.
Problemas é condição para crescimento.
Reflete na semente a esforçar-se para vencer o solo que a constrange.
A árvore protetora fala sem palavras quantas vezes aguentou a fúria do vento, a fim de sobreviver.
Dor é uma proposta do Céu para que te promovas.
Confia e atravessa a dificuldade.
O Senhor da Vida que te sustentou ontem, sustentar-te-á também hoje.
Mobiliza a própria fé e caminha adiante.
Liga-te a Deus e segue.
Pensa no prodígio da luz e reconhecerás que a força vem de dentro.

Emmanuel - por Chico Xavier - do livro Sinas de Rumo

Um forte abraço a todos nossos amigos e irmãos, e cotamos com sua presensa e de toda sua família em mais essa nossa Homenagem a Dr. Bezerra de Menezes que igualmente a Chico Xavier dedicou sua vida a quem mais precisava.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Os Orixás.

 Por Pai Alexandre Falasco (Portal Giras de Umbanda)

Dados importantes sobre o culto na Umbanda.

A religião de Umbanda cultua os mesmos Orixás do panteão africano, os mesmos cultuados pelos povos de nação Kêtu/Nagô nos Candomblés, sendo que estes nossos irmãos fazem isso há muito mais tempo que os umbandistas.

Apesar de os Orixás serem os mesmos, é na forma de cultuá-los que está a diferença.

Desenvolvemos abaixo, uma tabela para cada Orixá, que traz diversas informações sobre o culto destas divindades na Umbanda, suas cores, velas, domínios, oferendas, datas votivas, entre outras. Ainda acrescentamos alguns Itãs, histórias mitológicas que eram passadas de pai para filho de forma oral.
(ver as informações detalhadas em http://www.girasdeumbanda.com.br/)

Exu
A Comunicação                                                         Oxalá
                                                                                  A Paz

Xangô
O Rei                                                                        Ogum
                                                                                 O Guerreiro

Oxóssi
O Caçador                                                               Iemanjá
                                                                                A Rainha do Mar

Obaluaê
A Passagem                                                             Iansã
                                                                                A Tempestade

Oxum
O Ouro                                                                   Nanã
                                                                               A Mais Velha

Obá
A Feminista                                                            Ossaim
                                                                              As Ervas

Oxumaré
O Arco-íris                                                            Logunedé
                                                                             o Belo

sábado, 12 de março de 2011

Origem e Ritos da Umbanda

Por Pai Alexandre Falasco (Portal Giras de Umbanda)

A Umbanda.

A origem de uma religião 100% brasileira.

Não se pode negar que a Religião de Umbanda nasceu da mistura de diversas crenças, vindas de outras religiões. Talvez por isso a Umbanda seja a religião que recebe a todos, sem discriminações, principalmente de credo religioso, muito ao contrário do que acontece com o umbandista quando este é recebido por outras religiões, mas não vamos falar disso aqui.

O importante mesmo é termos total consciência de que a Umbanda veio da cultura afro, somada aos costumes indígenas tupiniquins, além é claro do sincretismo católico, este último uma mistura de amor e imposição. Claro que ainda existem influências orientais, cardecistas, místicas, uma verdadeira miscelânea de culturas.

Na minha opinião, a mais forte destas influências é do Candomblé, e tenho muito orgulho de afirmar isso, pois apesar de a Umbanda ter nascido a pouco mais de 100 anos (primeiro registro oficial), sua raiz africada é milenar.

Pai Zélio Fernandino de Moraes foi quem registrou em cartório a primeira tenda Umbandista em 1908, sua casa, a Tenda de Umbanda Nossa Senhora da Piedade, não tocava atabaques, mas estes instrumentos do Candomblé foram incorporados a religião e hoje é difícil encontrar terreiro de Umbanda que não os possua em seus rituais. De onde veio isso?

Com certeza, esta influência veio de nossos queridos Pretos Velhos, entidades que se manifestam na Umbanda e que foram em vida, escravos de tempos antigos em nosso País.

Estes negros escravos, trazidos da África eram adeptos do Candomblé, de diversas nações diferentes, e a Umbanda, ainda sem um código específico e singular, administra seus templos individualmente através das orientações de seus guias patronos, ou seja, quem determina certos fundamentos em uma casa de umbanda é o guia espiritual chefe desta casa, daí a forte influencia dos rituais de nação trazidos por nossos queridos Pretos Velhos.

Outra prova desta forte influencia e que também explica a entrada da cultura européia através da romana religião Católica, é o sincretismo dos Orixás (que vieram da África) com os santos católicos. Isso acontece simplesmente porque nossos antepassados negros, enquanto escravos, não podiam adorar Orixás e portanto adoravam santos católicos para não contrariar seus senhores, mas na verdade, quando um negro rezava para São Gerônimo por exemplo, estava em seu íntimo louvando a Xangô.


A religião de Pai Zélio, que completou 100 anos em 2008 é uma mistura de crenças, ainda em formação, e tomara que continue assim, pois a evolução humana não deve parar nunca, nunca devemos dizer que já sabemos de tudo e que isso é assim e assado. Tomara que a Umbanda continue evoluindo ainda mais e continue acima de tudo, uma religião eclética, sem preconceitos.

A caridade é o principal fundamento.

A ritualística de Umbanda é bastante vasta, vem sendo passada de pai para filho dentro da religião mas principalmente, vem sendo moldada pela orientação de nossos mentores espirituais, mas o principal objetivo é sem dúvida a caridade através dos atendimentos realizados por estes mesmos mentores.

Através da incorporação mediúnica, entidades espirituais muito mais evoluidas do que nós encarnados, vem prestar uma espécie de socorro as pessoas que recorrem aos diversos centros de Umbanda espalhados pelo País.

A forma que se realizam estes rituais difere um pouco de um templo para outro, justamente pelo fato de que cada casa possui seus fundamentos próprios, passados pelos seus mentores espirituais, mas em síntese ocorrem os mesmos preceitos.

O Terreiro é dividido em duas partes, o congá onde ficam os médiuns que irão trabalhar incorporados juntamente com os que irão auxiliar como cambonos e a assistência, onde se acomodam as pessoas que vem em busca deste atendimento.

A ritualística de abertura de uma Gira de Umbanda basicamente é composta de danças para os Orixás, cantos de melodias chamadas por nós de pontos cantados, defumações com ervas especiais e orações, inclusive as orações cristãs, como o Pai Nosso e a Ave Maria.

Ou seja, dentro da ritualística umbandista também se vê com clareza a mistura que compõem esta maravilhosa religião. Os atabaques e outros instrumentos comuns nos cultos aos Orixás se somam a práticas mais familiares aos cultos católicos, mas o culto aos Orixás sempre predomina, em muitos casos o Padê para o Orixá Exú, precede todas as giras, e isso é fundamento herdado do Candomblé que tem efeito prático no resultado das seções.

Este Padê consiste em cantar pontos para Exú e em seguida levar uma oferenda (ebó) até a canjira, que é o assentamento do Orixá na casa e fica do lado de fora do terreiro. Na prática, este ritual é um pedido para que Exú cuide da porteira e evite assim intromissões de espíritos menos evoluídos no trabalho, o chamado "descarrego".

Após estas louvações, rezas e pedidos, se chama em terra a entidade chefe do terreiro que irá incorporar no Zelador de Santo, o dirigente do terreiro, para tanto são entoadas cantigas especiais e próprias da entidade que virá trabalhar neste dia.

O guia chefe, depois de realizar os rituais de segurança da Gira, chama os médiuns já desenvolvidos que irão formar uma roda no centro do terreiro para receberem as entidades que irão prestar o atendimento a assistência.

Este atendimento é feito individualmente, os Guias de Luz passam orientações, receitas de banhos com ervas, dão o tradicional "passe mediúnico" que é o momento onde as entidades realizam as magias que resolvem os problemas daquela pessoa assistida.

São realizados diversos rituais nesta hora, mas acima de tudo estas entidades confortam as pessoas com seu modo carinhoso e humilde.

Existem, é claro, muitos fundamentos que envolvem a preparação de uma gira de Umbanda mas não é objetivo deste site apresentá-las em seus textos, que tem por finalidade apenas divulgar e difundir nossa cultura, mas fica a mensagem que encontramos em um destes pontos cantados que diz: A UMBANDA TEM FUNDAMENTO, É PRECISO PREPARAR.