sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Obsessões # Emmanuel

"... E não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal"
Jesus (Mateus, 6:13)

Nem sempre conseguimos perceber.
Os processos obsessivos, vastas vezes porém, principiam de bagatelas:


O olhar de desconfiança...
Um grito de cólera...
Uma frase pejorativa...
A ponta de sarcasmo...
O momento de irritação...
A tristeza sem motivo...
O instante de impaciência...
A indisposição descontrolada...


Estabelecida a ligação com as sombras por semelhantes tomadas de invigilância, eis que surgem 
as grandes brechas na organização da vida ou na moradia da alma:

A desarmonia em casa...
A discórdia no grupo da ação...
O fogo da crítica...
O veneno da queixa...
A doença imaginária...
A rede da intriga...
A treva do ressentimento...
A discussão infeliz...
O afastamento de companheiros...
A rixa sem propósito...


As obsessões que envolvem individualidades e equipes quase sempre partem de inconveniências 
pequeninas que devem ser evitadas, qual se procede com o minúsculo foco de infecção. 
Para isso, dispomos todos de recursos infalíveis, quais sejam: a dieta do silêncio, a vacina da 
tolerância, o detergente do trabalho e o antisséptico da oração.

Emmanuel

XAVIER, Francisco Cândido. "Segue-me!...". Pelo Espírito Emmanuel. 7.ed. Matão, SP: Casa Editora O Clarim, 1994, p. 167-168.


Fonte: 
Pensamentos de André Luiz

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Felicidade Possível

Acreditavas que a felicidade seria semelhante a uma ilha fantástica de prazer constante e paz permanente. 


Um lugar onde não houvesse preocupação, nem se apresentasse a dor; no qual os sorrisos brilhassem nos lábios, e a beleza engrinaldasse de festa as criaturas.

Uma felicidade feita de fantasias parecia ser a tua busca.
Planejastes a vida, objetivando encontrar esse reino encantado, onde, por fim, descansasses da fadiga, da aflição e fruísses a harmonia.

Passam-se anos, e somas frustrações, anotando desencantos e amarguras, sem anelada conquista.

Lentamente, entregas-te ao desânimo, e sentes que estás discriminado no mundo, quando vês as propagandas apresentadas pela mídia, nas quais desfilam os jovens, belos e jubilosos, desperdiçando saúde, robustez, corpos venusinos e apolíneos, usando cigarros e bebidas famosas, brincando em iates de luxo, ou exibindo-se em desportos da moda, invejáveis, triunfantes...

Crês que eles são felizes...

Não sabes quanto custa, em sacrifício e dor, alcançar o topo da fama e permanecer lá.

Sob quase todos aqueles sorrisos, que são estudados, estão a face da amargura e as marcas do ressaibo, do arrependimento.

Alguns envenenaram a alma dos charcos por onde andaram, antes de serem conhecidos e disputados.

Muitos se entregaram a drogas perturbadoras, que lhes consomem a juventude, qual ocorreu com as multidões de outros, que os anteciparam e desapareceram.

Esquecidos e enfermos, aqueles que foram pessoas-objeto, amargam hoje a miséria a que se acolheram ou foram atirados.

Felicidade, porém, é conquista íntima.

Todos os que se encontram na Terra, nascidos em berços de ouro ou de palha, homenageados ou desprezados, belos ou feios, são feitos do mesmo barro frágil de carne, e experimentam, de uma ou de outra forma, vicissitudes, decepções, doenças e desconforto.

Ninguém, no mundo terreno, vive em regime especial. O que parece, não excede a imagem, a ilusão.

Se desejas ser feliz, vive, cada momento, de forma integral, reunindo as cotas de alegria, de esperança, de sonho, de bênção, num painel plenificador.

As ocorrências de dor são experiências para as de saúde e de paz.

A felicidade não são coisas: é um estado interno, uma emoção.

Abençoa os acidentes de percurso, que denominas como desdita, segue na direção das metas, e verás quantas concessões de felicidade pela frente, aguardando por ti.

Quem avança monte acima, pisa pedregulhos que ferem os pés, mas também flores miúdas e verdejante relva, que teimam em nascer ali colocando beleza no chão.

Reúne essas florezinhas em um ramalhete, toma das pedras pequeninas fazendo colares, e descobrirás que, para a criatura ser feliz, basta amar e saber discernir, nas coisas e nos sucessos da marcha, a vontade de Deus e as necessidades para a evolução.

Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco


Fonte: Centro Espírita Paulo e Estêvão

terça-feira, 12 de novembro de 2013

As melhores coisas

A gentil senhora caminhava a passos lentos na beira do mar.

Seus pensamentos bailavam apressados em várias direções: os filhos, os netos, as recordações do passado, saudades tantas.

Correu as mãos pelos cabelos cobertos pela neve do tempo e também pelas marcas profundas de seu rosto, que registravam todos os anos que haviam ficado para trás.

Todavia, havia marcas também em seu coração. A sensação era de que lhe faltava algo.

Em meio a tantos pensamentos, ela nem havia percebido que a abóbada celeste tornara-se negra, salpicada do cintilar misterioso das estrelas.

Cansada, sentou-se para contemplar o grande espetáculo que se apresentava à frente: no horizonte, o mar encontrava o céu, revelando a perfeita harmonia existente em toda a Criação.

De repente, notou que, muito longe, uma estrela cadente riscava o firmamento, tornando o espetáculo ainda mais belo.

Ela se lembrou dos dizeres de sua avó, que recomendava fazer um pedido quando se presenciasse uma estrela cadente.

Sem titubear, em seu foro íntimo buscou inspiração para realizar um pedido.

Pensando em seus filhos, percebeu que todos, cada qual à sua maneira, estavam realizados e bem sucedidos nas suas vidas.

Seus netos, igualmente, eram crianças saudáveis e felizes.

Seu casamento, embora fosse viúva há muitos anos, havia sido muito próspero, baseado no respeito mútuo e no companheirismo inabalável.

A sua saúde, mesmo apresentando certa fragilidade trazida pelos anos, ia muito bem, possibilitando que ela tivesse dias afortunados e uma excelente qualidade de vida.

Recorrendo mais uma vez à sua memória, lembrou-se de vários momentos de amargura pelos quais passou, ao longo dos seus quase oitenta anos.

Por outro lado, percebeu que os havia superado, aprendido com eles, se tornado mais experiente e que muitos deles a haviam transformado numa pessoa melhor e mais forte.

Dessa forma, decidiu não realizar nenhum pedido.

Respirando fundo e sentindo a brisa benfazeja do mar, apenas agradeceu.

E a sensação de que algo lhe faltava desapareceu, pois ela percebeu que não era feita daquilo que lhe faltava e, sim, daquilo que já possuía.

* * *

Muitas vezes, no curso de nossas vidas, passamos largo tempo devotados àquilo que não temos, que nos esquecemos de valorizar o que já conquistamos.

As mídias, de forma geral, nos impõem tantos padrões sociais e de beleza que quase não mais nos reconhecemos em função do que somos e sim em função do que temos.

Por isso, no meio de tantos desejos e sonhos de conquista, lembremo-nos de agradecer ao Criador pela família, pelos amigos, pelo trabalho, pelos momentos felizes e, até mesmo, pelos de dificuldades, os quais contribuem, de forma expressiva, para nosso desenvolvimento intelecto-moral.

Em nossas rogativas, não mais peçamos a Deus as melhores coisas do mundo, pois percebemos que as melhores coisas da vida Ele já nos concedeu.

As melhores, pois são as mais necessárias para nosso progresso.

Pensemos nisso hoje e sempre!

Redação do Momento Espírita.


Fonte: Pensamentos de André Luiz

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Aguarda o Tempo # Chico Xavier/Emmanuel

Aconteceu talvez o que não esperavas.
O lado contra te ironiza.
O sentimento ferido te aborrece.
Entretanto, reflete nas bênçãos que a Divina Providência já te concedeu e procura sorrir.
Não te indisponhas com ninguém.
Continua trabalhando e servindo em paz.
Aguarda o tempo, na certeza de que pelas circunstâncias da vida, nas páginas do tempo,
é que se manifesta, mais claramente, a voz de Deus.
Chico Xavier/Emmanuel