segunda-feira, 20 de novembro de 2017

QUANTO TEMPO DEMORA UM ESPÍRITO PARA REENCARNAR?

Depende da disponibilidade, vontade e da evolução de cada Espírito. 

O estágio na erraticidade, como denominava Kardec, a vida Espiritual, é variável. 


Podemos ficar um ano ou um milênio. Depende de nossas necessidades e opções.


Em média, ficamos mais tempo na Terra do que no Além.


Tendemos a ficar mais tempo no mundo espiritual, até por uma questão de disponibilidade reencarnatória. 

A população desencarnada é bem maior que a população encarnada.


Não estão equivocados os demais Espíritas que falam da necessidade de valorizarmos a experiência humana, considerando que há filas no Além, aguardando o mergulho na carne.


A evolução não está subordinada exclusivamente à vida Física. Ocorre nos dois planos. 

O Espírito evolui também no continente Espiritual, onde está nosso lar. (Isto também se fizer por onde, auxiliar os necessitados e não ficar na inércia).


Alguns Espíritos com graves comprometimentos Espirituais, em virtude de seus desatinos, necessitará retornar à carne em tempo breve. 

Um missionário, que costuma vir à Terra para sagradas tarefas em favor do bem comum, poderá permanecer séculos na Espiritualidade. (O caso do nosso saudoso Francisco Cândido Xavier). 


"Então em média, ficamos  mais tempo no mundo espiritual"?

Considerando-se não apenas a disponibilidade reencarnatória, mas também o fato de que a experiência humana funciona como um estágio escolar. 

O tempo que o aluno passa na escola é bem menor do que aquele que ocupa com outras atividades.


Espíritos mais amadurecidos, conscientes de suas responsabilidades, planejam a época do retorno. 

Espíritos imaturos são orientados e conduzidos por mentores Espirituais.


Mas e se o Espírito recusar-se a reencarnar?


Havendo necessidade premente, seus mentores providenciarão a reencarnação compulsória.


Então perguntamos? Onde fica o Livre Arbítrio? 

Sendo obrigado a reencarnar, não será natural que o Espírito venha a se rebelar, que não assuma suas responsabilidades"?


Provavelmente. 

Tanto quanto o sentenciado que não se conforma com a prisão em que foi confinado. 

Mas, assim como a penitenciária objetiva conter o comportamento criminoso, a reencarnação compulsória desbasta as imperfeições mais grosseiras do Espírito reencarnante. 

Entre "choro e ranger de dentes", segundo a expressão evangélica, ele amadurecerá; por amor ou pela dor. Enfim ele não ficará no "Bem Bom", só gozando de prazeres. 

Quanto ao Livre Arbítrio, está intrínseco nele suas Leis.


RuyLFreitas


Fonte:
"VINHAS DE LUZ"

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Algum dia você já se sentiu paralisado, sem poder se mexer, quando estava dormindo?

Acordei no meio da noite e senti uma presença no meu quarto. 
Ela se aproximou e pressionou meu peito. 
Eu estava imóvel sem conseguir me mexer. 

O que aconteceu afinal?

Esse tipo de relato não é tão raro como se pensa. 

Muitas pessoas têm a impressão de acordar no meio da noite e não conseguirem se mexer, estarem presas e sem qualquer movimento corporal. 

A esse fenômeno se dá o nome de “Catalepsia Projetiva” no Espiritualismo. 

Trata-se de um fenômeno que tem uma explicação científica e também uma explicação espiritualista. 

Eu acredito mais na explicação espiritualista do fenômeno, pois ela descreve com mais clareza todas as facetas desse acontecimento insólito.

Em primeiro lugar, não estamos totalmente acordados nesse momento. 

A impressão que uma pessoa tem quando se vê deitada na cama sem se mover é de que acordou e não consegue se mexer, pois ela pode enxergar tudo o que ocorre a sua volta, no quarto e até a si mesma. 

No entanto, ela está ainda em estado de sono, ou ao menos em estado de semi-despertar, e é possível que até os seus olhos estejam fechados no momento em que há o retorno de sua consciência. 

Isso ocorre porque em realidade a pessoa não está com seu corpo imóvel, ela simplesmente não consegue mover o corpo físico porque não acordou e está em estado de semi-projeção astral.

Mas o que significa semi-projeção astral? 

Os estudos espiritualistas nos revelam que nosso corpo espiritual sai do corpo físico todas as noites quando adormecemos. 

A grande maioria não se recorda de suas viagens pelos espaços astrais, mas de fato o corpo espiritual se libera do corpo material e flutua por vários locais, seja no nível da crosta terrestre, vendo pessoas e coisas, seja nos planos espirituais mais elevados, como o plano astral ou mental.

Durante a semi-projeção, diz-se que o corpo espiritual ou corpo astral não saiu adequadamente do corpo físico, ou não fez seu retorno ao corpo, para reacoplamento, de forma adequada. 

Isso significa que, no ato do retorno ao corpo físico, o corpo espiritual pode não conseguir “encaixar” adequadamente no corpo físico, e essa dificuldade de ajuste pode fazer com que a pessoa não adquira o controle de seus movimentos corporais. 

A pessoa pode ver seu aposento em nível astral, ver a si mesma, ver entidades espirituais, mas está com os olhos físicos fechados. 

Nesse momento, a pessoa em semi-projeção não está no controle de sua visão material, com os olhos físicos, mas sim com sua visão astral, que independe do olho humano.

Por isso, no momento do retorno e da dificuldade do “acoplamento” ao corpo físico, a visão psíquica ainda está aberta, e nesse sentido, é possível visualizar nosso aposento tal como ele é em seu nível astral. 

Por esse motivo, uma ou mais entidades espirituais podem ser vistas, assim como outras energias do ambiente.

Todo esse processo é bastante propício à intervenção dos chamados “vampiros astrais”. 

Os vampiros astrais são entidades desencarnadas que vivem no nível da crosta terrestre sugando a energia de seres vivos para que consigam manter a integridade do seu corpo astral. 

Diz a literatura espiritualista que, após a morte, o corpo etérico e astral se dissolvem algum tempo após o desencarne, o corpo etérico antes e o corpo astral depois. 

Um espírito muito apegado a matéria pode desejar se manter no nível da Terra por mais tempo e o faz por vários motivos: 

1) para continuar influenciando nos assuntos humanos; 

2) para continuar ligado a encarnados que lhe sejam caros, como familiares e amigos; 

3) para continuar usufruindo dos prazeres materiais em possessão aos encarnados, dentre outros motivos. 

Mas para que ele consiga se manter por um tempo maior, ou até indefinidamente, ele precisa sugar a energia dos seres vivos, animais e pessoas, e a melhor energia para ele é a humana.

De acordo com o relato, o espírito aproximou-se da pessoa e pressionou seu peito. 

Os vampiros astrais realizam esse procedimento para, com isso, extrair as energias das pessoas. 

Eles se aproveitam de uma situação de semi-projeção para ter contato com o corpo espiritual da vítima em ligação com o corpo físico, e assim obter mais sucesso no ato de sorver a energia dos encarnados. 

Existem muitos vampiros astrais atuando hoje em dia no planeta, e muitos deles ficam esperando o momento ideal para investir contra suas vítimas. 

Muitos vampiros astrais pressionam o peito das pessoas, e durante a semi-projeção, elas sentem como se o seu peito físico estivesse sendo tocado, mas na verdade essa sensação não é física, mas sim etérica. 

A sensação etérica é bem semelhante a sensação física, mas ela existe além do nível material, dentro de um nível vibratório.

A melhor forma de evitar a presença de vampiros astrais é manter uma vida elevada, de princípios morais, virtudes e atitudes solidárias e caridosas. 

Não guardar mágoa, não sentir raiva, perdoar e viver sob a égide do amor universal em Deus. 

Uma oração antes de dormir, elevando nossa mente a Deus também pode ajudar a nos manter numa vibração que os vampiros astrais não conseguem alcançar.

Autor: Hugo Lapa

Fonte:


segunda-feira, 30 de outubro de 2017

“VOCÊ É UM ADULTO ÍNDIGO?”

Os adultos índigo sentem e leem o campo energético das pessoas, eles são naturalmente leitores de manifestações energéticas. 

Estes adultos querem mais do que tudo aprender a equilibrar sua energia, assumir sua missão e dons, aprender a como se desenvolver e evoluir, ajudando os que seguem nascendo, as crianças e jovens.

A frequência índigo está disponível a todos os seres humanos e pode ser acedida na medida em que nossa consciência vai se expandindo mais e mais. 

Quanto mais conscientes, mais aptos nós nos tornamos a perceber e aceder outros diferentes tipos de realidades, que antes nem imaginávamos existir.

Na medida em que mais e mais seres humanos índigos existam e convivam entre si, mais rápido se dará nossa evolução, nosso processo de ampliação da consciência. 

Com esta convivência estaremos nos aproximando cada vez mais da quarta e quinta dimensões, já que a Terra é originalmente um planeta da terceira dimensão, devido às consciências predominantes.

Abaixo, cito algumas características de adultos índigos para uma melhor compreensão da temática:

São muito inteligentes, apesar de não terem tido as melhores notas na escola.

Tinham aversão ou detestavam grande parte dos trabalhos repetitivos e obrigatórios da escola.

Muitos experimentaram depressão existencial bem cedo e sentimentos de impotência ao decorrer de sua infância e adolescência.

Tem dificuldade com empregos supervisionados, os adultos índigos resistem à autoridade e ao sistema hierárquico de trabalho.

Tem problemas com sistemas que consideram falidos ou ineficazes, exemplo: sistema financeiro, político, médico, educacional.

Frustração ou rejeição do tradicional “sonho” de carreira, casamento, filhos.
Um ardente desejo de fazer algo para mudar ou melhorar o mundo, porém podem demorar até reconhecer qual é a sua vocação para realizar este desejo.

Desde muito novos tem interesses por assuntos espirituais e esotéricos.

Possuem forte intuição.

Tiveram experiências psíquicas, tais como premonições, ouvir e ver pessoas desencarnadas, experiências fora do corpo, etc.

Os índigos que hoje são adultos, especialmente aqueles que têm idade acima dos trinta anos, chegaram ao planeta em uma época em que ainda havia poucos índigos por aqui e, portanto, a energia era mais densa; os paradigmas eram outros e a consciência era ainda mais limitada. 

Os padrões eram mais rígidos e as mentes dos pais, professores e governantes era muito mais limitadas que hoje em dia.

Estes adultos índigo encarnaram na Terra em uma época em que a vida e a realidade eram totalmente enquadradas em alguns padrões socialmente aceites e tudo o que não fosse enquadrado nestes padrões era tido como inexistente.

Quando as crianças eram extremamente sensíveis, esta sensibilidade causou-lhes enormes dificuldades para adaptação. 

Eram crianças cuja essência apontava na direção de uma vida espiritual, uma vida guiada por valores mais elevados. 

Imagine o quão difícil é encarnar numa época e num contexto tão contrário à manifestação dos seus dons.

A missão destes seres na Terra está voltada para a produção de mudança, para a revisão de valores e paradigmas por onde passarem. 

Para sua missão se concretizar é preciso deixar velhos hábitos e pensamentos para que novos paradigmas possam ser estabelecidos, assim a unidade e o amor encontrarão espaço para se manifestar.

No processo de desenvolvimento os adultos índigo presenciaram um choque significativo entre as energias mais subtis e as mais densas, oriundas principalmente de seu universo familiar e do seu entorno. 

Poucas famílias estavam espiritualizadas suficientemente para recebê-los e compreendê-los. 

Estas atitudes causaram-lhes grandes dificuldades de adaptação por onde quer que fossem. 

Seus dons não eram aceites em suas famílias e muitos se desviaram do caminho espiritual por não ter tido a devida aceitação por seus pais e amigos à sua volta.

Eles foram chamados de hiperativos, loucos, bipolares, esquizofrênicos e muitos foram excessivamente medicados esquecendo-se de sua verdadeira essência.

Os índigos que compreendem sua missão sabem da importância de sua vinda a Terra, eles mantém a possibilidade de que a Terra continuará a evoluir. 

Tudo o que não serve à humanidade se desvanecerá com sua presença. 

Eles encarnaram para ajudar na transformação social, educacional, familiar e espiritual de todo o planeta, independente das fronteiras e de classes sociais. 

São como catalisadores para desencadear as reações necessárias para as transformações.

Os índigos não começaram a chegar a Terra somente nas últimas gerações; o que acontece é que o seu número está a aumentar cada vez mais para auxiliar o aumento vibracional da Terra, eles já são tantos que, finalmente, não podemos ignorá-los.

Por Carlos Torres


Fonte: 
https://www.facebook.com/geconsciencia/photos/a.250251318349726.57912.246689058705952/1139391822769000/?type=3&theater

"VINHAS DE LUZ"

domingo, 22 de outubro de 2017

“OBSESSÕES E POSSESSÕES”

Os maus Espíritos pululam ao redor da Terra, como consequência da inferioridade moral de seus habitantes. 

Sua ação malfazeja faz parte dos flagelos com os quais a humanidade se vê a braços aqui embaixo. 

A obsessão, que é um dos efeitos dessa ação, como as moléstias e todas as tribulações da vida, devem, pois, ser consideradas como uma prova ou uma expiação, e aceitas como tais.

A obsessão é a ação persistente que um mau Espírito exerce sobre um indivíduo. 

A obsessão é sempre o resultado da ação de um Espírito malfeitor.

Apresenta caracteres muito diferentes, desde a simples influência moral sem sinais exteriores sensíveis, até à perturbação completa do organismo e das faculdades mentais. 

Oblitera todas as faculdades mediúnicas; na mediunidade auditiva e psicográfica, ela se traduz pela obstinação de um Espírito a se manifestar com exclusão de todos os outros.

Assim como as moléstias são o resultado das imperfeições físicas que tornam o corpo acessível às influências perniciosas exteriores, a obsessão é sempre a decorrência de uma imperfeição moral, que dá entrada a um mau Espírito. 

A uma causa física, opõe-se uma causa física; a uma causa moral, será preciso contrapor uma causa moral. 
Para se preservar das moléstias, fortifica-se o corpo; para garantir-se contra a obsessão, será preciso fortificar a alma; daí resulta, para o obsedado, a necessidade de trabalhar para sua própria melhoria, o que geralmente basta, na maior parte dos casos, para o desembaraçar do obsessor, sem o auxílio de pessoas estranhas. 

Tal socorro torna-se necessário quando a obsessão degenera em subjugação e em possessão, pois então o paciente perde por vezes a sua vontade e o seu livre-arbítrio.

A obsessão é quase sempre o fato de uma vingança exercida por um Espírito, e que mais frequentemente tem sua origem nas relações que o obsedado teve com ele, em uma existência precedente.

No caso de obsessão grave, o obsedado está como que envolvido e impregnado de um fluido pernicioso que neutraliza a ação dos fluidos salutares, e os repele. 

É do fluido que será preciso desembaraçar-se; ora, um mau fluido não pode ser repelido por um mau. 

Por uma ação idêntica à do médium curador no caso de moléstia, será preciso expulsar o fluido mau com o auxílio de um fluido melhor.

Esta é a ação mecânica, porém que nem sempre basta; será preciso, também, e acima de tudo, agir sobre o ser inteligente ao qual é preciso ter o direito de falar com autoridade, e esta autoridade não é dada senão à superioridade moral; quanto maior é esta, maior a autoridade.

Mas nem tudo se resume nisso: para assegurar o livramento, será necessário levar o Espírito perverso a renunciar a seus maus desígnios; 

é preciso fazer nascer nele o arrependimento e o desejo do bem, com o auxílio de instruções habilmente dirigidas, em evocações particulares feitas com a finalidade de sua educação moral; 

então pode-se ter a doce satisfação de livrar um encarnado e de converter um Espírito imperfeito.

A tarefa se torna mais fácil quando o obsedado, compreendendo a situação, traz seu auxílio de vontade e de oração; 

não é assim quando o doente, subjugado pelo Espírito enganador, se ilude a respeito das qualidades de seu dominador, e se compraz no erro em que este o mergulhou; pois, então, longe de auxiliar, ele repele toda assistência. 

É o caso da fascinação, sempre infinitamente mais rebelde que a subjugação mais violenta. (O Livro dos Médiuns, cap. XXIII).

Em todos os casos de obsessão, a oração é o mais poderoso auxiliar para agir contra o Espírito obsessor.

Na obsessão, o Espírito atua exteriormente por meio de seu perispírito, que ele identifica com o do encarnado; 

este último se encontra então enlaçado como numa teia e constrangido a agir contra sua vontade.

Na possessão, em lugar de agir exteriormente, o Espírito livre se substitui, por assim dizer, ao Espírito encarnado; 

faz domicílio em seu corpo, sem que todavia este o deixe definitivamente, o que só pode ter lugar na morte. 

A possessão é assim sempre temporária e intermitente, pois um Espírito desencarnado não pode tomar definitivamente o lugar de um encarnado, dado que a união molecular do perispírito e do corpo não pode se operar senão no momento da concepção (Cap. XI, nº 18).

O Espírito, em possessão momentânea do corpo, dele se serve como o faria com o seu próprio; fala por sua boca, enxerga pelos seus olhos, age com seus braços, como o teria feito se fosse vivo. 

Já não é mais como na mediunidade falante, na qual o Espírito encarnado fala transmitindo o pensamento de um Espírito desencarnado; é este último, mesmo, que fala e que se agita, e se o conhecemos quando vivo, reconheceríamos sua linguagem, sua voz, seus gestos e até a expressão de sua fisionomia.

A possessão pode ser o feito de um bom Espírito que quer falar e, para fazer mais impressão sobre seus ouvintes, toma emprestado o corpo de um encarnado, que este lhe cede voluntariamente tal como se empresta uma roupa. 

Isso se faz sem nenhuma perturbação ou incômodo, e durante esse tempo o Espírito se encontra em liberdade como no estado de emancipação, e com mais frequência se conserva ao lado de seu substituto para o ouvir.

Quando o Espírito possessor é mau, as coisas se passam por outro modo; 
ele não toma emprestado o corpo; 
ele se apodera dele, se o titular não tem força moral para resisti-lo. 

Ele o faz por maldade dirigida contra o possesso, a quem tortura e martiriza por todas as maneiras até pretender fazê-lo perecer, seja por estrangulamento, seja empurrando-o ao fogo ou outros lugares perigosos. 

Servindo-se dos membros e dos órgãos do infeliz paciente, ele blasfema, injuria e maltrata os que o rodeiam; entrega-se a excentricidades e atos que têm todos os caracteres da loucura furiosa.

Os fatos desse gênero, em diversos graus de intensidade, são muito numerosos, e muitos casos de loucura não têm outra causa senão essa. 

Muitas vezes, dão-se ao mesmo tempo desordens patológicas, as quais não são senão consequências, e contra as quais os tratamentos médicos são impotentes, enquanto subsistir a causa inicial. 

O Espiritismo, fazendo conhecer esta fonte de uma parte das misérias humanas, indica o meio de as remediar: este meio é agir sobre o autor do mal, que, sendo um ser inteligente, deve ser tratado pela inteligência. (1)

A obsessão e a possessão são mais frequentemente individuais, mas por vezes são epidêmicas. 

Quando uma nuvem de maus Espíritos se abate sobre uma localidade, é como quando uma tropa de inimigos vem invadi-la. Neste caso, o número de indivíduos atingidos pode ser considerável.

A GÊNESE de ALLAN KARDEC

"VINHAS DE LUZ"

sábado, 21 de outubro de 2017

"ESQUECIMENTO DAS VIDAS PASSADAS E A MARAVILHOSA LEI DA REENCARNAÇÃO."


Examinando o esquecimento temporário do pretérito, no campo físico, importa considerar cada existência por estágio de serviço em que a alma readquire, no mundo, o aprendizado que lhe compete. 

Surgindo semelhante período, entre o berço que lhe configura o início e o túmulo que lhe demarca a cessação, é justo aceitar-lhe o caráter acidental, não obstante se lhe reconheça a vinculação à vida eterna. 

É forçoso, então, ponderar o impositivo de recurso e aproveitamento, tanto quanto, nas aplicações da força elétrica, é preciso atender ao problema de carga e condução.

Encetando uma nova existência corpórea, para determinado efeito, a criatura recebe, desse modo, implementos cerebrais completamente novos, no domínio das energias físicas, e, para que se lhe adormeça a memória, funciona a hipnose natural como recurso básico, de vez que, em muitas ocasiões, dorme em pesada letargia, muito tempo antes de acolher-se ao abrigo materno.

Na melhor das hipóteses, quando desfruta grande atividade mental nas esferas superiores, só é compelida ao sono, relativamente profundo, enquanto perdure a vida fetal. 

Em ambos os casos, há prostração psíquica nos primeiros sete anos de tenra instrumentação fisiológica dos encarnados, tempo em que se lhes reaviva a experiência terrestre.

Temos, assim, mais ou menos três mil dias de sono induzido ou hipnose terapêutica, a estabelecerem enormes alterações nos veículos de exteriorização do Espírito, as quais, acrescidas às conseqüências dos fenômenos naturais de restringimento do corpo espiritual, no refúgio uterino, motivam o entorpecimento das recordações do passado, para que se alivie a mente na direção de novas conquistas.

Como todo esse tempo é ocupado em prover-se a criança de novos conceitos e pensamentos acerca de si própria, é compreensível que toda criatura sobrenade na adolescência, como alguém que fosse longamente hipnotizado para fins edificantes, acordando, gradativamente, na situação transformada em que a vida lhe propõe a continuidade do serviço devido à regeneração ou à evolução clara e simples.

E isso, na essência, é o que verdadeiramente acontece, porque, pouco a pouco, o Espírito reencarnado retoma a herança de si mesmo, na estrutura psicológica do destino, reavendo o patrimônio das realizações e das dívidas que acumulou, a se lhe regravarem no ser, em forma de tendências inatas, e reencontrando as pessoas e as circunstâncias, as simpatias e as aversões, as vantagens e as dificuldades, com as quais se ache afinado ou comprometido.

Transfigurou-se, então, a ribalta, mas a peça continua.

A moldura social ou doméstica, muitas vezes, é diferente, mas, no quadro do trabalho e da luta, a consciência é a mesma, com a obrigação de aprimorar-se, ante a Bênção de Deus, para a luz da imortalidade.

Fonte: Espiritbook


"VINHAS DE LUZ"

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

A ORIGEM DO INSTINTO SEXUAL

Autor:  André Luiz (Espírito) e Francisco C. Xavier

Todas as nossas referências a semelhantes peças do trabalho biológico, nos reinos da Natureza, objetivam simplesmente demonstrar que, além da trama de recursos somáticos, a alma guarda a sua individualidade sexual intrínseca, a definir-se na feminilidade ou na masculinidade, conforme os característicos acentuadamente passivos ou claramente ativos que lhe sejam próprios. 

E o instinto sexual, por isso mesmo, traduzindo amor em expansão no tempo, vem das profundezas, para nós ainda inabordáveis, da vida, quando agrupamentos de mônadas celestes se reuniram magneticamente umas às outras para a obra multimilenária da evolução, ao modo de núcleos e eletrões na tessitura dos átomos, ou dos sóis e dos mundos nos sistemas macrocósmicos da Imensidade.

Por ele, as criaturas transitam de caminho a caminho, nos domínios da experimentação multifária, adquirindo as qualidades de que necessitam; 

com ele, vestem-se da forma física, em condições anômalas, atendendo a sentenças regeneradoras na lei de causa e efeito ou cumprindo instruções especiais com fins de trabalho justo.

O sexo é, portanto, mental em seus impulsos e manifestações, transcendendo quaisquer impositivos da forma em que se exprime, não obstante reconhecermos que a maioria das consciências encarnadas permanecem seguramente ajustadas à sinergia mente-corpo, em marcha para mais vasta complexidade de conhecimento e emoção.

Evolução do Amor:

Entretanto, importa reconhecer que à medida que se nos dilata o afastamento da animalidade quase absoluta, para a integração com a Humanidade, o amor assume dimensões mais elevadas, tanto para os que se verticalizam na virtude como para os que se horizontalizam na inteligência.

Nos primeiros, cujos sentimentos se alteiam para as Esferas Superiores, o amor se ilumina e purifica, mas ainda é instinto sexual nos mais nobres aspectos, imanizando-se às forças com que se afina em radiante ascensão para Deus.

Nos segundos, cujas emoções se complicam, o amor se requinta, transubstanciando-se o instinto sexual em constante exigência de satisfação imoderada do “eu”.

De conformidade com a Psicanálise, que vê na atividade sexual a procura incessante de prazer, concordamos em que uns, na própria sublimação, demandam o prazer da Criação, identificando-se com a Origem Divina do Universo, enquanto que outros se fixam no encalço do prazer desenfreado e egoístico da auto adoração. 

Os primeiros aprendem a amar com Deus. 

Os segundos aspiram a ser amados a qualquer preço.

A energia natural do sexo, inerente à própria vida em si, gera cargas magnéticas em todos os seres, pela função criadora de que se reveste, cargas que se caracterizam com potenciais nítidos de atração no sistema psíquico de cada um e que, em se acumulando, invadem todos os campos sensíveis da alma, como que a lhe obliterar os mecanismos outros de ação, qual se estivéssemos diante de usina reclamando controle adequado.

Ao nível dos brutos ou daqueles que lhes renteiam a condição, a descarga de semelhante energia se efetua, indiscriminadamente, através de contatos, quase sempre desregrados e infelizes, que lhes carreiam, em consequência, a exaustão e o sofrimento como processos educativos.

Poligamia e Monogamia:

O instinto sexual, então, a desvairar-se na poligamia, traça para si mesmo largo roteiro de aprendizagem a que não escapará pela matemática do destino que nós mesmos criamos.

Entretanto, quanto mais se integra a alma no plano da responsabilidade moral para com a vida, mais apreende o impositivo da disciplina própria, a fim de estabelecer, com o dom de amar que lhe é intrínseco, novos programas de trabalho que lhe facultem acesso aos planos superiores.

O instinto sexual nessa fase da evolução não encontra alegria completa senão em contato com outro ser que demonstre plena afinidade, porquanto a liberação da energia, que lhe é peculiar, do ponto de vista do governo emotivo, solicita compensação de força igual, na escala das vibrações magnéticas.

Em semelhante eminência, a monogamia é o clima espontâneo do ser humano, de vez que dentro dela realiza, naturalmente, com a alma eleita de suas aspirações a união ideal do raciocínio e do sentimento, com a perfeita associação dos recursos ativos e passivos, na constituição do binário de forças, capaz de criar não apenas formas físicas, para a encarnação de outras almas na Terra, mas também as grandes obras do coração e da inteligência, suscitando a extensão da beleza e do amor, da sabedoria e da glória espiritual que vertem, constantes, da Criação Divina.

Alimento Espiritual:

Há, por isso, consórcios de infinita gradação no Plano Terrestre e no Plano Espiritual, nos quais os elementos sutis de comunhão prevalecem acima das linhas morfológicas do vaso físico, por se ajustarem ao sistema psíquico, antes que às engrenagens da carne, em circuitos substanciais de energia.

Contudo, até que o Espírito consiga purificar as próprias impressões, além da ganga sensorial, em que habitualmente se desregra no narcisismo obcecante, valendo-se de outros seres para satisfazer a volúpia de hipertrofiar-se psiquicamente no prazer de si mesmo, numerosas reencarnações instrutivas e reparadoras se lhe debitam no livro da vida, porque não cogita exclusivamente do próprio prazer sem lesar os outros, e toda vez que lesa alguém abre nova conta resgatável em tempo certo.

Isso ocorre porque o instinto sexual não é apenas agente de reprodução entre as formas superiores, mas, acima de tudo, é o reconstituinte das forças espirituais, pelo qual as criaturas encarnadas ou desencarnadas se alimentam mutuamente, na permuta de raios psíquico-magnéticos que lhes são necessários ao progresso.

Os espíritos santificados, em cuja natureza supere volvida o instinto sexual se diviniza, estão relativamente unidos aos Espíritos Glorificados, em que descobrem as representações de Deus que procuram, recolhendo de semelhantes entidades as cargas magnéticas sublimadas, por eles próprios, liberadas no êxtase espiritual. 

De outro lado, as almas primitivas comumente lhe gastam a força em excessos que lhes impõem duras lições.

Entre os espíritos santificados e as almas primitivas, milhões de criaturas conscientes, viajando da rude animalidade para a Humanidade enobrecida, em muitas ocasiões se arrojam a experiências menos dignas, privando a companheira ou o companheiro do alimento psíquico a que nos reportamos, interrompendo a comunhão sexual que lhes alentava a euforia, e, se as forças sexuais não se encontram suficientemente controladas por valores morais nas vítimas, surgem, frequentemente, longos processos de desespero ou de delinquência.

Enfermidades do Instinto Sexual:

As cargas magnéticas do instinto, acumuladas e desbordantes na personalidade, à falta de sólido socorro íntimo para que se canalizem na direção do bem, obliteram as faculdades, ainda vacilantes, do discernimento e, à maneira do esfaimado, alheio ao bom senso, a criatura lesada em seu equilíbrio sexual costuma entregar-se à rebelião e à loucura em síndromes espirituais de ciúme ou despeito.

À face das torturas genésicas a que se vê relegada, gera aflitivas contas cármicas a lhe vergastarem a alma no espaço e a lhe retardarem o progresso no tempo.

Daí nascem as psiconeuroses, os colapsos nervosos decorrentes do trauma nas sinergias do corpo espiritual, as fobias numerosas, a “histeria de conversão”, a “histeria de angústia”, os “desvios da libido”, a neurose obsessiva, as psicoses e as fixações mentais diversas que originam na ciência de hoje as indagações e os conceitos da psicologia de profundidade, na esfera da Psicanálise, que identifica as enfermidades ou desajustes do instinto sexual sem oferecer-lhes medicação adequada, porque apenas o conhecimento superior, gravado na própria alma, pode opor barreiras à extensão do conflito existente, traçando caminhos novos à energia criadora do sexo, quando em perigoso desequilíbrio.

Desse modo, por semelhantes rupturas dos sistemas psicossomáticos, harmonizados em permutas de cargas magnéticas afins, no terreno da sexualidade física ou exclusivamente psíquica, é que múltiplos sofrimentos são contraídos por nós todos, no decurso dos séculos, porquanto, se forjamos inquietações e problemas nos outros, com o instinto sexual, é justo venhamos a solucioná-los em ocasião adequada, recebendo por filhos e associados de destino, entre as fronteiras domésticas, todos aqueles que constituímos credores do nosso amor e da nossa renúncia, atravessando, muitas vezes, padecimentos inomináveis para assegurar-lhes o refazimento preciso.

Compreendamos, pois, que o sexo reside na mente, a expressar-se no corpo espiritual, e consequentemente no corpo físico, por santuário criativo de nosso amor perante a vida, e, em razão disso, ninguém escarnecerá dele, desarmonizando-lhe as forças, sem escarnecer e desarmonizar a si mesmo.


Compilado por Vinhas de Luz-Livro: Evolução em Dois Mundos

Autor:  André Luiz (Espírito) e Francisco C. Xavier


"VINHAS DE LUZ"