sábado, 22 de julho de 2017

DEPRESSÃO

Segundo a Organização Mundial da Saúde, os últimos 25 anos do século passado caracterizaram-se por elevados índices de depressão e, em 2020, esta será a segunda moléstia que mais roubará tempo de vida útil da população, perdendo apenas para as doenças do coração. 
Especialistas afirmam que existem mais pessoas sofrendo de depressão do que de qualquer outra enfermidade, porque ela está ocorrendo em todos os lugares: tanto nas áreas urbanas como nas rurais, tanto entre os executivos bem-sucedidos como entre os trabalhadores desempregados. 
Mas, para agravar a situação, muitas delas estão desconsiderando a importância dos tratamentos médico, psicológico e psiquiátrico.
O QUE É DEPRESSÃO ??
Todos nós nos sentimos tristes, vez ou outra. 
Mesmo a pessoa mais alegre tem dias em que nada parece dar certo. 
E essa tristeza é perfeitamente natural; afinal, é uma reação normal aos problemas da vida cotidiana. 
A depressão clínica – doença clássica na Psiquiatria, pois compromete tanto a mente como o físico do indivíduo – é um termo utilizado por profissionais para indicar uma condição muito mais severa que as reações normais de tristeza. 
Ela não é um “baixo astral” simples e passageiro, mas uma enfermidade caracterizada por marcantes alterações de humor, por uma longa e profunda tristeza e por um estado de desencorajamento, que afeta, negativamente, a maneira pela qual a pessoa vê e sente a própria realidade. 
Tudo lhe parece difícil, problemático e cansativo. 
Quem nunca sofreu de depressão, quase sempre é incapaz de avaliar, corretamente, o sofrimento que acompanha essa doença. 
Ao contrário da crença popular, muitos deprimidos empenham-se, desesperadamente, para terem uma vida normal e “darem a volta por cima”, mas constatam que seus esforços nem sempre encontram o resultado desejado. 
Isso porque a depressão é uma doença que não se resolve apenas pela força de vontade. 
Ninguém é depressivo por desejo próprio. 
Assim, ela não é resultado da má vontade da pessoa, nem sinal de fraqueza de caráter, como muitos ainda acreditam, tampouco consequência de comportamentos inconvenientes. 
Em diversos casos, a depressão pode ser considerada o último estágio da dor humana, porque sua angústia é verdadeiramente intensa e dramática.

DEPRESSÃO - ORIGEM
Mas a principal razão para a sua origem ainda reside na alma das pessoas, que traz uma bagagem pretérita de equívocos em existências passadas, que emergem sob o efeito de “culpa” existente no subconsciente, ocasionando todo um quadro sintomático depressivo. 
De acordo com Manoel P. Miranda e Divaldo Franco (Nos Bastidores da Obsessão), os sexólatras, os viciados, invejosos, ciumentos, pessimistas, amargurados, são os que mais facilmente transpões os limites da saúde mental. 
No livro Pensamento e Vida (Emmanuel e Chico Xavier), citam que a falta cometida, opera em nossa mente um estado de perturbação instaurando desarmonias de vastas proporções. 
Joanna e Angelis e Divaldo Franco (Vitória sobre a Depressão), dizem: “podemos asseverar que na maioria dos transtornos depressivos, as causas apresentam-se como de natureza espiritual”. 
Emmanuel e Chico Xavier comentam que existem enfermidades na alma tão persistentes, que exigem várias reencarnações para a sua regeneração (O Consolador)
Ermance Dufaux e Wanderley de Oliveira (Prazer de Viver) resumem bem, quando dizem “reencarnar é com Deus, renascer é conosco”.

A DEPRESSÃO E A SUA MANIFESTAÇÃO
Porque essa doença se manifesta, principalmente, por meio de pensamentos de derrota, de fraqueza e de vergonha, existem depressivos que, num mecanismo de defesa, atribuem seus problemas a causas externas: “eu seria mais feliz se fosse casado, ou separado, ou…”, “a vida poderia ser bem melhor se tivesse mais dinheiro, menos problemas, mais…” etc. 
Com ou sem razão, muitos deles também não reconhecem que estão doentes porque receiam, por exemplo, que a constatação de sua condição coloque em risco a sua carreira profissional, ou os force a uma internação, ou, para tantos outros, o pior de tudo: “ o que as pessoas vão pensar de mim? ”
As criaturas do sexo masculino são as mais propensas à depressão mascarada. 
Isso porque, desde a infância, a muitos homens somente foi permitido sentir alegria e raiva, sem que pudessem demonstrar seus medos, sua tristeza e a própria afetividade. 
Tais comportamentos poderiam prejudicar sua virilidade e, consequentemente, denegrir sua imagem masculina. 
Sendo assim, considerável é o número de homens que mascaram seus medos e sua insegurança por meio da agressividade e do alcoolismo. 
Mas, por conta de uma educação repressiva, em muitos outros casos a depressão pode estar igualmente mascarada. 
Nas crianças, sob a forma de irritação e agressividade. 
Nos adolescentes, através das drogas, do alcoolismo e da delinquência, porque tais jovens não conseguem expressar suas necessidades e características sem se tornarem alvos de ofensas e agressividade por parte da própria família. 
Nos adultos masculinos e femininos, são os vários excessos – álcool, droga, comida, sexo, jogo, trabalho – ou os problemas físicos que não respondem a tratamentos: dores de cabeça constantes, dores lombares, náuseas, vômitos, úlcera, alergias diversas etc.

SINTOMAS DA DEPRESSÃO
Muitos são os seus sintomas. 
Obviamente, ninguém os apresenta todos ao mesmo tempo, porque o quadro sintomático varia de acordo com a personalidade do indivíduo. 
Mas, qualquer um que se sinta atingido por mais de cinco deles e por um período de tempo superior a duas semanas pode suspeitar da doença. 
A gravidade desses sinais também pode variar, porque existem as depressões leves, as moderadas e as graves. 
Todavia, para que ela possa ser detectada, é imprescindível a presença de pelo menos um dos dois principais sintomas, que são:
- Tristeza ou humor deprimido – os intensos conflitos íntimos e/ou a sensação de vazio existencial fazem com que o depressivo se isole e se descuide afetivamente, evitando, assim, quem mais ama ou quem possa ajudá-lo. 
Porém, esse estado de afastamento o induz a repetidas crises de choro e de lamentações;
- Perda de interesse ou prazer nas atividades habituais – mesmo possuindo problemas a resolver e apesar da grande tristeza que possa estar sentindo, uma pessoa, em seu estado normal, consegue sustentar um relativo interesse pela sua rotina diária, pelo cuidado com sua higiene e aparência, pela sua vida afetiva e sexual etc. 
Entretanto, o deprimido abandona tudo isso, entregando-se, ainda mais, ao desânimo e ao abatimento, porque toda essa dinâmica diária lhe parece bastante entediante e sem sentido.

AINDA SOBRE OS SINTOMAS DA DEPRESSÃO
Enfatizando, mais uma vez, um desses dois sintomas necessita estar presente num quadro de depressão. 
E quais seriam os outros? Vamos citar alguns :
- Falta de concentração – para um depressivo, é extremamente exaustivo sustentar sua atenção. Ademais, suas tarefas rotineiras levam muito mais tempo para serem realizadas;
- Dificuldade na tomada de decisões – não consegue optar mesmo entre alternativas triviais: “Sorvete de chocolate ou de creme?”. 
Decisões complexas e importantes representam para ele um desafio ainda mais complicado;
- Insônia – falta de sono superior a um período de quatro semanas;
- Sonolência – apesar de ser um sintoma menos frequente e, em oposto à insônia, o indivíduo pode passar o dia todo na cama, como forma de fuga de seus problemas;
- Perda do apetite – a comida perde todo o atrativo, pois ela tende a ficar com um gosto e/ou um cheiro “esquisitos”;
- Apetite incontrolável – também um sintoma menos frequente que a perda de apetite, existem depressivos que se tornam insaciáveis e, compulsivamente, consomem grandes quantidades de doces, de alimentos gordurosos e de guloseimas de toda espécie;
- Fadiga – um dos sintomas mais aparentes da depressão, é o popular esgotamento. 
O depressivo sente-se sem disposição para enfrentar a monotonia e a constância de sua realidade diária. 
Assim, não tem ânimo para fazer sempre as mesmas coisas, para suportar as mesmas pessoas, para resolver os problemas que se repetem etc. 
Na realidade, ele está cansado da vida, e não de uma tarefa específica;
- Alterações do humor – normalmente, são os familiares e as pessoas mais próximas que, primeiro, percebem este sintoma, pois o deprimido, em um determinado momento, pode estar disposto e animado, para, logo em seguida, se apresentar extremamente irritado, com explosões temperamentais inesperadas, o que chega a causar estranheza, sobretudo se ele for de temperamento calmo e tranquilo;
- Pensamentos suicidas – a criatura chega a um desespero tão palpável, a uma dor tão insuportável, que o suicídio se configura como a única saída;
- Autoestima comprometida – o deprimido se considera inferior aos outros, e se julga bem pior do que gostaria de ser. Sua baixa autoestima o induz à autopiedade e também à autodepreciação, à autoacusação, aos sentimentos de feiúra, de fracasso e inutilidade, de incompetência e impotência, de rejeição, bem como a um sem-número de adjetivos degradantes;
- Sentimentos de desespero e desesperança – na depressão, tais sensações psíquicas são consideravelmente marcantes, porque o depressivo alimenta uma descrença absoluta em relação a tudo e a todos, não conseguindo confiar ou acreditar em quase nada.

No entanto, nem sempre a depressão se manifesta na forma desses sintomas. 

Há pessoas que reprimem tão fortemente sua tristeza, que a mascaram. 

É o que se chama de depressão mascarada. 

Assim, sem demonstrar os indícios mais graves da doença, algumas delas podem parecer absolutamente saudáveis, mas não são. 

Muitos suicídios inesperados e aparentemente inexplicáveis são devidos às depressões mascaradas.

A MELHORA DA DEPRESSÃO
Gradativamente o depressivo vai compreendendo que esta apenas vivenciando uma experiência dolorosa, e que a situação do momento é apenas uma colheita temporária dos equívocos perpetrados nesta e nas existências passadas, e que o seu caso tem solução, com uma eventual cura de seus males. 
Passa a entender que o amor “lava uma multidão de pecados”, passando a proceder com mais educação e fraternidade perante os seus semelhantes, combatendo o egoísmo e mudando a sua disposição mental, que será a verdadeira cura para o seu mal. 
Evidente que em grande parte dos casos, não será apenas em uma existência que esta cura será alcançada. 
Mas, a melhora de sua situação será sempre evidente. 
Nos casos onde existe também a interferência de um agente externo do mundo invisível, o obsessor espiritual, a cura poderá ser ainda mais rápida, quando este após as manifestações através dos médiuns nas seções de desobssesão, consegue perdoar o antigo algoz do passado (que agora se encontra na roupagem de enfermo depressivo), afastando-se e permitindo a recuperação daquele que estava sendo vítima desta obsessão. 
Segundo Inácio Ferreira (Novos Rumos à Medicina, FEESP, Vol.1, pag. 47), 70% dessas tragédias que se desenvolvem na humanidade, produzindo estes transtornos mentais, são consequências psíquicas partindo do mundo invisível aos nossos olhos materializados. 
Evidente que sem a transformação moral do enfermo, pouco ou nenhum beneficio existirá neste tratamento espiritual, pois o afastamento de um Espírito endurecido no mal não é nenhuma garantia que outro ainda pior não venha a tomar o seu lugar. 
Apenas as defesas morais, adquiridas pelo comportamento ético, honesto e fraterno, poderão garantir as barreiras necessárias para mantê-los a distância de qualquer efeito malévolo. 
Da nossa parte, tenhamos certeza que ninguém esta livre de uma enfermidade depressiva ao longo de nossa existência terrena.

Fonte
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quinta-feira, 20 de julho de 2017

“O BEM E O MAL. PORQUE TODOS NÓS FAZEMOS MAIS O MAL DO QUE O BEM? ”

Esta sentença de Sócrates, mais tarde ratificada pelo apóstolo Paulo em carta dirigida aos romanos (Rm., 7:19) ao afirmar: Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse faço, fere a grave questão da predominância (ainda) do mal em nosso Orbe.

Em absoluta sintonia com esses dois Espíritos iluminados, está outra criatura, também de escol, Joanna de Ângelis, ao enunciar em palestra de Divaldo Pereira Franco: Enquanto o bem e a virtude andam na semiobscuridade com sandálias de veludo, o mal e o vício ganham título de cidadania nas praças públicas sob os “spotlights” da promoção.

Afirma Allan Kardec, na Introdução do livro O Evangelho segundo o Espiritismo, que a predominância do mal na Terra seria uma questão insolúvel sem o conhecimento da pluralidade dos mundos habitados e da destinação do planeta terreno, que comporta apenas uma fração mínima da Humanidade.

Somente o Espiritismo tem condição de lançar luzes nos panoramas descortinados por tal assunto, conforme comprovamos nas explanações contidas no livro citado, capítulos III a V. 

Ali passamos a compreender porque os meios de comunicação enfatizam tão prodigamente os escândalos, os crimes, toda sorte de coisas más, tristes e quejandos: é porque esse tipo de abordagem torna-se repasto de ampla ressonância nos Espíritos vinculados ao planeta, elevando o nível do ibope que as emissoras perseguem.

A Humanidade encarnada e desencarnada da Terra ainda se compraz no mal. 

É o estágio evolutivo atual, que leva os Espíritos do Senhor à seguinte assertiva: Os maus são intrigantes e audaciosos, os bons são tímidos. Quando estes o quiserem, preponderarão.[1]

Quando o homem moral substituir o homem carnal, a vida na Terra alcançará patamares morais elevadíssimos nunca dantes logrados. 

A preponderância até hoje do homem-matéria é que tem ensejado o advento de dores acerbas e lastimáveis desastres de ordem moral e material no mundo.

Explica ainda o mestre lionês[2]: O homem carnal, mais preso à vida corpórea do que à vida espiritual, tem, na Terra, penas e gozos materiais. 

Sua felicidade consiste na satisfação fugaz de todos os seus desejos. 

Sua alma, constantemente preocupada e angustiada pelas vicissitudes da vida, se conserva numa ansiedade e numa tortura perpétuas. (…)

O homem moral, que se colocou acima das necessidades factícias criadas pelas paixões, já neste mundo experimenta gozos que o homem material desconhece. 

A moderação de seus desejos lhe dá ao Espírito calma e serenidade. 

Ditoso pelo bem que faz, não há para ele decepções e as contrariedades lhe deslizam por sobre a alma, sem nenhuma impressão dolorosa deixarem.

Quando abandonar os padrões grosseiros da matéria, o homem experimentará, então, a felicidade reservada aos bons Espíritos, isto é, aqueles que conhecem todas as coisas e não sentem mais nem (…) ódio nem ciúme, nem inveja, nem ambição, nem qualquer das paixões que ocasionam a desgraça dos homens. 

O amor que os une lhes é fonte de suprema felicidade. 

Não experimentam as necessidades, nem os sofrimentos, nem as angústias da vida material. 

São felizes pelo bem que fazem.

Contudo, a felicidade dos Espíritos é proporcional à elevação de cada um. 

Somente os puros Espíritos gozam, é exato, da felicidade suprema, mas nem todos os outros são infelizes. 

Entre os maus e os perfeitos há uma infinidade de graus em que os gozos são relativos ao estado moral. 

Os que já estão bastante adiantados compreendem a ventura dos que os precederam e aspiram a alcançá-la. 

Mas, esta aspiração lhes constitui uma causa de emulação, não de ciúme. 

Sabem que deles depende consegui-la e para a conseguirem, trabalham, porém, com a calma da consciência tranquila e ditosos se consideram por não terem de sofrer o que sofrem os maus. [3]

Quando pensamos nas modificações que ainda precisam ser operadas para que a frase de Sócrates em epígrafe perca o seu conteúdo e sentido, nos perguntamos: 
Quando isso se dará? 
Quando a Humanidade viverá sob o pálio dos ensinamentos de Jesus?!

Para que chegue esse tempo de sublimes alvíssaras, é necessário começar já, hoje, agora, o difícil trabalho de lapidação das arestas do arraigado orgulho e da ancestral ignorância de tão triste memória, geradora de descalabros de vária ordem na História da Humanidade.

Os Benfeitores da Terra estão sempre conclamando-nos a perseverar no Bem, ainda que sob o acicate das mais duras adversidades…

É áspero, estreito e árduo o caminho evolutivo e Jesus alertou-nos sobre isso quando falou das aflições (Jo. 16:33) a que estaríamos sujeitos em nosso périplo terrestre. 
Mas, por outro lado, Ele afirmou que socorreria as ovelhas em apuros e salvas estariam as que até o fim perseverassem.

Bibliografia: 1 – KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 88. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2006. q. 932.

Por Rogério Coelho


Autor: Rogério Coelho

Fonte:
Vivência e Espiritualidade

quinta-feira, 13 de julho de 2017

“BILHÕES DE ESPÍRITOS DISPUTAM UMA VAGA POR UM CORPO FÍSICO”

Neste período de transição planetária em que vivemos, a Fila da Reencarnação está enorme. 

Bilhões de Espíritos disputam vaga por um corpo físico… Algumas seitas sempre falam no fim do mundo, no final dos tempos. 

O Espiritismo explica que estamos vivendo um período de transição. 

Deixaremos de ser um mundo de Prova e Expiação para sermos um mundo de Regeneração.

Temos até casos ocorridos no nosso Grupo: “Um Irmão desencarnado, depois de bater em muitas portas, não conseguindo êxito, manifestou-se pedindo desesperadamente ajuda, fato que tocou o coração de uma Irmã, presente nos Trabalhos, que se prontificou recebê-lo como Filho. 

O fato tornou-se realidade, Ele Reencarnou na Casa dela e hoje está com mais ou menos 12 anos.

A fila para reencarnar está enorme. Bilhões de espíritos esperam pela oportunidade de um corpo físico. 

A estimativa é de que haja em torno de 30 bilhões de espíritos na Terra, entre encarnados e desencarnados. 

Há espíritos que não reencarnam há séculos, e precisam apressar-se se quiserem permanecer no planeta. 

Os que não se adequarem às novas diretrizes serão deportados…

Os avós paternos e maternos do seu pai e os avós paternos e maternos da sua mãe, mais os pais do seu pai e os pais da sua mãe, mais seu pai e sua mãe.

Se os avós de seus pais (os seus bisavós) dependerem de você para nascer, são 8 espíritos disputando uma vaga e meia. Viu como isso vai longe?

Um outro tipo de vida nos espera, com mais responsabilidades, com participação direta sobre os destinos daqueles que nos são caros e que ficaram para trás.

Ao longo de séculos e milênios, vamos formando afeições e vínculos de toda espécie com muitos espíritos. Formamos grandes grupos, sobre os quais exercemos influência e pelos quais somos influenciados. Uns progrediram mais, outros menos, alguns estacionaram há tempo.

Não conseguiremos usufruir de uma condição melhor sabendo que seres de quem gostamos estão afastados de nós por tempo indeterminado.

Também não deve ser agradável constatar que espíritos com quem não simpatizamos estão numa situação muito difícil graças, em parte, aos erros que cometemos em relação a eles no passado.

Que vamos demorar para reencarnar é praticamente certo. 

Por mais que isso pareça apocalíptico, é hora de abandonarmos questões vãs, mágoas, recalques, ódio, sentimento de vingança, ambição desmedida, desejo exacerbado. 

Tudo o que nos ligue à animalidade é sempre prejudicial, mas num período como o que vivemos não é só prejudicial, é decisivo.
    
Nosso maior esforço será em relação ao nosso próximo. 

Todos nós conhecemos pessoas que não são exatamente elevadas mas pelas quais temos algum sentimento que fará com que nos responsabilizemos por elas.

Não temos mais tempo para brincadeiras. 

Não podemos mais nos dar ao luxo de nutrir magoazinhas ridículas. 

Se realmente levarmos alguns séculos para reencarnar novamente, encontraremos este planeta mudado.

Serão outros valores, outros padrões de pensamento e comportamento para com o próximo.

FONTE: https://www.facebook.com/GRUPOSOCORRISTA/posts/1234319756625361

"VINHAS DE LUZ"

segunda-feira, 10 de julho de 2017

“AUTISMO E ESPIRITISMO”

O autismo se caracteriza por um grave transtorno do desenvolvimento da personalidade, revelando uma perturbação característica das interações sociais, comunicação e comportamento. 

De uma maneira geral, a pessoa tem tendência ao isolamento, olhando de forma dispersa, sem responder satisfatoriamente aos chamados e demonstrando desinteresse pelas pessoas. 

O indivíduo, sem apresentar nenhum sinal físico especial, ostenta prejuízo severo de várias áreas da performance humana, acometendo principalmente as interações interpessoais, da comunicação e do comportamento global.

O paciente apresenta um sistema nervoso alterado, sem condições psico-neurológicas apropriadas para um adequado recebimento dos estímulos necessários, afetando seriamente seu desenvolvimento, exibindo incapacidade inata para o relacionamento comum com outras pessoas, como também desordens intensas no desenvolvimento da linguagem.

O comportamento do portador do transtorno autista é caracterizado por atos repetitivos (rotinas e rituais não funcionais, repertório restrito de atividades e interesses) e movimentos estereotipados, bem elaborados e intensos (saltos, balanceio da cabeça ou dos dedos, rodopios e outros). Podem, igualmente, ser observados alguns sintomas comportamentais como a hiperatividade, agressividade, inclusive contra si próprio, impulsividade e agitação psicomotora.

Até hoje esse distúrbio, permanente e severamente incapacitante, associado a algum grau de deficiência mental e acometendo mais o sexo masculino, é enigmático para a ciência, sem explicação convincente de sua causa e ausência de tratamento específico. 

Enquanto os pensadores se debatem em mil argumentos e justificativas, completamente envolvidos nas teias compactas da problemática síndrome, qual a contribuição que pode ser concedida pela ciência do espírito?

Einstein, certa feita, disse que "a ciência sem religião é manca, a religião sem a ciência é cega". 

O espiritismo se apresenta como uma religião natural, desprovida da presença do absolutismo sacerdotal, sem submissão a rituais e dogmas, apta a dar apoio e controle à ciência, completamente presa às leis da matéria e impossibilitada sozinha de explicar os mais misteriosos fenômenos.

Em verdade, a doutrina dos espíritos e a ciência humana se complementam uma pela outra. 

O excelso codificador do espiritismo, Allan Kardec, enfatizou que as descobertas da ciência glorificam Deus em lugar de diminuí-Lo e elas não destroem senão o que os homens estabeleceram sobre ideias falsas que fizeram Dele ("A Gênese'', pág. 40, FEB). (...)

A doutrina espírita ensina que somos artífices do nosso próprio destino (o acaso não existe). 

Quando nascemos com alguma deformidade, em verdade a mesma já existia antes em espírito, porque a criamos dentro de nós, em determinada vivência física. 

Então, o espírito é responsável por tudo que pensa e faz, subordinado à Lei de Causa e Efeito, divina por excelência. 

Se tivermos algo a expiar, a distonia arquivada, em nosso envoltório espiritual, propiciará a escolha da fita compatível e sua posterior gravação. 

Então, plasmamos em nosso ADN a informação codificada que trazemos em espírito; sendo, portanto, nossas deficiências originadas de nós mesmos, nunca obra do acaso e muito menos predeterminadas por uma divindade vingativa. 

Somos hoje o que construímos ontem: "A cada um segundo as suas obras''.

Ninguém nasce autista por acaso. 

A Justiça Divina é misericordiosa por excelência, propiciando ao infrator as benesses da retificação espiritual. 

Algumas teses espiritualistas relatam que o comportamento autista é decorrente do fato de o espírito não ter aceitado sua reencarnação. 

O Livro dos Espíritos, na questão 355, ensina que a aliança do espírito ao corpo não é definitiva, porquanto os laços que ao corpo o prendem são muito fracos, podendo romper-se por vontade do espírito, se este recua diante da prova que escolheu. 

Portanto, o espiritismo instrui que, nos casos de não aceitação da reencarnação, mediante o seu livre-arbítrio, a entidade se retira e acontece um aborto, denominado, pela ciência, de espontâneo.

Os déficits cognitivos severos, associados às profundas alterações no inter-relacionamento social, caracterizam o autista, apresentando uma forma de identificação profundamente diferente, resultante do mau uso das faculdades intelectivas, em existências anteriores, errando o ser, exatamente na dissimulação das emoções, estabelecendo relações afetivas baseadas no engodo, no fingimento, para manter suas posições sociais abastadas, no campo do poder social, igualmente na sedução sexual, utilizando o disfarce, a aparência enganadora, cobrindo com uma máscara psicológica a sua verdadeira personalidade, representando uma personagem falsa, enganando os circunstantes para auferir vantagens. 

Quantos indivíduos, exercendo cargos religiosos, políticos, militares e policiais, sem a preocupação de ajudar o próximo, assoberbados de vantagens pessoais, preocupados apenas com o seu próprio bem-estar, apresentam-se como falsos líderes, ludibriando a muitos, mas não conseguindo enganar a si próprios.

Na Parábola dos Talentos, Jesus alude aos que usaram seus dons, atributos, sem benefício para os semelhantes e, atormentados, posteriormente, pelo remorso, refletem um sofrimento que parece não ter fim (imagem simbólica do "fogo eterno"), recebendo a sentença que ressoa nos refolhos mais íntimos da consciência: "até o pouco que tem lhes será tirado".

O indivíduo autista representa alguém necessitado de muita atenção, carinho e amor, vindo ao mundo físico, em uma reencarnação essencialmente expiatória, totalmente desprovido do controle de suas emoções, com prejuízo acentuado na interação social, não desenvolvendo relacionamento eficaz com seus pares, fracasso marcante no contato visual direto, na expressão facial, na postura corporal, na tentativa espontânea de compartilhar prazer, interesses ou realizações com outras pessoas. 

Está agora sujeito às consequências de seus atos impensados do pretérito. 

De tanto não conceder o devido respeito às pessoas e de não conceber que os seres pensam e tem sentimentos, retorna com déficit e prejuízo da empatia, com intensa dificuldade de construir vínculos, sem se sentir atraído pelas pessoas e sem interesse em tentar falar, considerando o rosto humano muito complexo e confuso, difícil de se olhar. 

No pretérito, a todo o custo, buscava a fama, a glória, o entusiasmo dos aplausos, o ardor dos cumprimentos e abraços; hoje, com aparência desorientada devido a uma expressão sem emoção, vivencia experiências caóticas, com dificuldade imensa de estar fora do seu casulo particular, principalmente quando ouve o ruído de um grupo de pessoas, causando acentuada confusão nos seus sentidos, sem saber distinguir os estímulos e, muitas vezes, aguçada dificuldade em relação à sensibilidade tátil, sentindo-se sufocado com um simples aperto. Contudo, "Deus é Amor", proporcionando ao espírito imortal, diante da eternidade, a oportunidade da redenção espiritual.

Quando retornar à dimensão extrafísica, apresentar-se-á curado, sem mais o remorso lhe assenhoreando o íntimo, vivenciando a paz e agradecendo a valiosa oportunidade, dispensada a si próprio, de agora poder valorizar a utilização dos dons da comunicação e o talento do carisma, visando o bem estar do próximo e o seu próprio crescimento espiritual. 

A chance de ter tido uma existência difícil, quando se entretinha, enfileirando brinquedos e objetos, particularmente, pauzinhos, caixinhas, peças coloridas para encaixe, despertou dentro de si o potencial da humildade. 

Captando paulatinamente as vibrações amorosas de seus pais, familiares, amigos e abnegados terapeutas, assimilando-as intensamente, a carapaça da empáfia desabou e descobriu em plenitude o amor. 

Afinal, somos herdeiros do infinito e estamos ainda iniciando nossa jornada evolutiva no rumo das estrelas grandiosas e incomensuráveis do universo.

Fonte: Américo Domingos Nunes Filho/ Correio Espírita

"VINHAS DE LUZ"

quarta-feira, 5 de julho de 2017

IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NA EVOLUÇÃO ESPIRITUAL

Karma e família        

Karma é uma expressão que vem do sânscrito e significa ação. 

Nesse contexto, é uma ação que deve ser tomada para remover ou modificar erros do passado. 
Na prática, tudo que fazemos gera consequência ou karma. 
O que importa é se o karma será bom ou ruim. 
Evitar o karma é impossível, mas é possível agir para que ele seja positivo.

A família é um dos maiores karmas que temos, já que nela foram reunidas em um único grupo espiritual, almas afins, principalmente no que tange as necessidades de evolução espiritual. 

Cada família, ou melhor, cada grupo espiritual que se reúne em uma experiência aqui na Terra, tem um propósito comum entre seus integrantes, no entanto genericamente, para todos os casos, as famílias se formam para aflorar suas afinidades e qualidades, bem como para transmutar seus karmas, e é aí que os conflitos começam, principalmente porque não estamos acostumados a enxergar a família como o celeiro da reforma íntima na Terra.

Há uma percepção por parte do ser humano espiritualizado que diz que a Terra é uma escola, porque aqui nos são oferecidas todas as condições necessárias para que possamos evoluir. 

Experiências e situações transformadoras que tem o papel de educar e domar nossos instintos inferiores e estimular a angelitude de nossas almas, através do desenvolvimento do amor. 

Para compreendermos bem a importância da família no cenário da missão evolutiva que cada alma encarnada tem nesse planeta, entenda que se a Terra é uma escola então a família é a sala de aula.

A família é a união de espíritos reunidos por laços kármicos e de afinidade

A família é o cenário perfeito no qual somos inseridos, porque proporciona inúmeras possibilidades de resgates (transmutação do karma ruim) de uma só vez. 

Na família se reencontram desafetos de outras vidas, vilões e suas vítimas, assassinos e assassinados, assaltantes e assaltados e tantas outros relações mal resolvidas do passado que são rearranjadas na estrutura da família.

Quanto mais próximos estamos de uma ou mais pessoas, quanto mais perto é esse convívio, podemos notar duas situações mais específicas:

1-Grande afinidade; quando a relação é harmônica, feliz, suave, tranquila e principalmente sem cobranças de comportamento entre as pessoas.

2-Grande karma ou necessidade de resgate; quando a relação é conflitante, conturbada, as emoções positivas oscilam muito com as negativas, o clima é intenso, há grande cobrança de comportamento entre os integrantes do grupo.

Grau de parentesco    

Porque nascemos filho, irmão, pai, neto, esposo, esposa, sobrinho, cunhado, primo, sogro, sogra, genro, nora, tio ou tia daquela pessoa específica?

O que determina o grau de parentesco na vida atual?

O que faz com que certa pessoa tenha esse ou aquele grau de parentesco em relação a você?

Pense, reflita um pouco…  

São as necessidades de resgates que determinam o grau de parentesco. 

Como citado anteriormente, a família é a união de espíritos reunidos com o propósito de aflorar as afinidades, bem como eliminar desarmonia e curar os desafetos nas relações. 

Vale a pena evidenciar que a sabedoria divina é tão bondosa, que não só reúne espíritos conflitantes em um grupo espiritual chamado aqui na Terra de família, há também a aproximação de espíritos afinados por sentimentos positivos.

Acreditamos, que se só houvesse almas conflitantes em uma família, a reforma íntima e a harmonização entre os espíritos conflitantes seria muito dificultada. 

Assim sendo, Deus, em sua infinita demonstração de amor, proporciona que tenhamos estreito contato com as almas de maior sintonia também, favorecendo ao afloramento do sentimento de amor, respeito, entre tantos outros.

Olhe para sua família, faça uma análise criteriosa…

Perceba que você não demorará muito para perceber que alguns integrantes são pessoas que recebem seu maior afeto, já outras seu desafeto ou no mínimo a sua indiferença.

Não caia nessa armadilha, já que nessas pessoas identificamos nossas maiores necessidades de resgate ou transmutação do karma. 

Contudo, o que determina o grau de parentesco, de forma que você possa identificar na prática, é o que esse grau de parentesco pode proporcionar como ferramenta pedagógica para a evolução da alma humana.

É comum haver como proposta de evolução na relação de uma mãe para um filho, a necessidade de amar incondicionalmente, a necessidade do desenvolvimento da paciência, da dedicação de tempo, auto renúncia, entre tantos sentimentos envolvidos que só quem é mãe para saber.

A relação de sogra e genro, por exemplo, tem como característica típica o afloramento do ciúmes, da posse, do apego, por isso é tão comum haver conflitos entre sogra e genro.

Em todos os casos, inúmeras situações mostram no mundo todo, que famílias podem se harmonizar, com grande naturalidade, desde que, em primeiro lugar estejam dispostas a aprender a amar, e principalmente a dizimar as cobranças baseadas nos sentimentos negativos. 

Essas cobranças de comportamento são as grandes causadoras de conflitos entre as famílias e as principais responsáveis pelo aprisionamento que as almas tem umas com as outras, mostradas por sucessivas encarnações que não conseguem produzir a transmutação do karma das relações, o que criam na maioria das vezes é o aumento desses conflitos, gerando um emaranhado de karmas nas relações ao longo das encarnações.

Quando o grau de parentesco fica mais distante, em que não há necessidade de convívio diário ou constante, manifesta menor atração kármica entre as almas, ou seja, menor necessidade de resgate.

Por que não lembramos dos nossos desafetos de outras vidas? 

Graças à lei do esquecimento. A ação do plano espiritual faz com que tenhamos condições de retornar para uma nova chance, uma nova reencarnação, para reparar erros e aumentar acertos, contudo precisamos ter um sentimento de neutralidade que ainda não estamos prontos para ter.

Dessa forma, nos é apagado do consciente, as memórias das experiências de vidas passadas, para que possamos aceitar a vida vigente na Terra, ao lado dos desafetos do passado sem que haja recusa. 

Na condição consciencial atual da humanidade, ainda não estamos prontos para reencarnar com total consciência dos acontecimentos do passado, sem deixar que essa memória nos atrapalhe o livre arbítrio.

As mudanças em nossas vidas que indicam transformação no karma familiar

Muitas vezes durante uma vida, nota-se certas mudanças que hora aproximam, hora distanciam as relações. Essas situações podem lhe mostrar o afloramento das necessidades de harmonização das relações, bem como podem lhe dar indícios de que essa harmonização já está ocorrendo.

São notadas através das mais diversas mudanças, por exemplo:

Alguma situação acontece e lhe força a ir morar com o seu genro, ou com a sua sogra, o que fará com que as relações sejam mais próximas. Isso provavelmente indica a necessidade de curar conflitos de relação para a transmutação do karma ruim.

Outros exemplos:

Você tem mais de trinta anos, é solteiro ou solteira, por isso mora com os pais, o que faz que viva uma vida de acordo com as vontades deles. 

Não que isso seja bom ou ruim, no entanto, na maioria dos casos, as forças que mantém as pessoas magneticamente próximas, na maioria dos casos, indica necessidade de resgate kármico.

Mas se uma novidade aconteceu, você recebeu uma proposta de trabalhar em outra cidade, longe da sua e decidiu ir morar sozinha(o), tudo indica as relações estão se harmonizando.

É importante salientar, que sempre que essas mudanças acontecem de forma forçada, sem harmonia, com grande carga de tensão emocional, indica em casos gerais, aumento do karma, por isso não se iluda, quando as mudanças acontecem baseadas na necessidade de fugir de uma relação, o karma ruim está aumentando.

A importância  da família_na_evolucao_espiritual  

Não se entristeça, não se vitimize, nada, absolutamente nada está errado. 

A vida não nos dá muitas vezes o que achamos melhor ou o que desejamos, mas sempre nos oferece o que necessitamos para evoluir. 

Reclamar, lamentar, se vitimizar por conta da sua estrutura familiar é um grande erro que mostra que você ainda não sabe absolutamente nada sobre a importância da família na evolução espiritual.

Não estamos aqui cobrando que seu comportamento seja ou paciente, ou sério, ou sorridente, ou mais severo ou qualquer que seja… 

Estamos apenas recomendando que desperte para o entendimento da importância da família na sua evolução espiritual, pois se você falhar nessa compreensão, as consequências negativas poderão adentrar aos futuros séculos da nossa existência.

Por Bruno J. Gimenes-Professor e Escritor-Redação Luz da Serra

Fonte:
"VINHAS DE LUZ"