terça-feira, 19 de maio de 2015

LIBERDADE

As mãos que destroem, por maldade, estão comprometendo seu próprio destino e criando embaraços para os seus movimentos. 
São mãos sujas, que a água do mundo não consegue limpar.

As mãos diligentes são força de Deus, na lavoura do Cristo. 
São livres, pela sua própria natureza. Brilham como as estrelas, no Universo a que pertencem, e são portadoras daquela paz que o mundo não pode dar.

As mãos incendiárias perdem as suas formas, pelo vírus do ódio, e passam a ser garras, de natureza inferior, fazendo queimar os outros, queimando a si mesmas, em dimensão idêntica. 

As consciências que as comandam ainda dormem por lhes faltar as bênçãos do amor.

As mãos que ajudam são livres, pela alegria que dão, e são muito mais livres pela extensão, sem limites, da sua fraternidade.

Elas são como que canais de energias da vida, para as vidas, porque garantem a paz.

As mãos imprudentes estão sujeitas aos trabalhos forçados. Prendem-se pela ignorância que as move.

As mãos que abençoam vivem na luz que ofertam.

Liberdade é um ambiente que nasce de todas as diferenciações do bem.

Tornar-se livre é ser consciente do bem, jamais se esquecendo da vivência do amor.

Liberdade é alegria, liberdade é tolerância, é fidelidade aos deveres.

Se tens liberdade no movimento das mãos, não deves te esquecer do que podes fazer com elas.

A árvore está presa, porque ainda não sabe mover-se. 
O mesmo já não acontece com o animal e com o homem, que já ampliaram os seus limites.

Aprende o mover-te no bem, que alarga fronteiras. 
Ninguém pode acomodar-se no cativeiro.

Move as tuas mãos em direção do bem da sociedade em que vives, sem pensar em troca de qualquer natureza, para que a tua mente não fique presa nas sombras da indiferença. 
E, amando os semelhantes, estarás dando o grito de liberdade para todo o teu corpo, e para ti mesmo, senão para o mundo inteiro.

Liberdade, com responsabilidade, é aliança dos sentimentos com a razão.


Pelo Espírito: CARLOS
Psicografia: JOÃO NUNES MAIA
Do livro: TUAS MÃOS

Fonte:

segunda-feira, 18 de maio de 2015

A novidade maior

Inegavelmente o mundo progride, embora com lentidão.
À vista disso, em cada dia, é natural que a Terra surja, de algum modo, renovada em si mesma.
Entretanto, forçoso convir que no lado externo das situações e das cousas, com leves modificações, aquilo que vemos agora é o que já vimos.
O sol cuja marcha Josué supôs haver paralisado no combate contra o rei de Jerusalém, (Js) é o mesmo que clareia a estrada do deserto para o beduíno de hoje.
A lua que afagava a cabeça de Sócrates não sofreu diferenças.
O mar que Tibério fitava das alturas de Capri oferece atualmente o mesmo espetáculo de imponência e beleza.
As grandes cidades da hora moderna são herdeiras das grandes cidades que o tempo sepultou em valas de cinza.
As tricas políticas que criam a guerra, nos dias que passam, não obstante mais espaçadas, são idênticas às que faziam a guerra no tempo dos faraós.
Os escritores de inspiração infeliz que há milênios envenenavam a cabeça do povo são substituídos na época presente pelos escritores inconsequentes que articulam palavras nobres e corretas fomentando os vícios do pensamento.
Inegavelmente o progresso é a lei, contudo só o conhecimento de nós próprios conseguirá realmente fundamentá-lo e apressá-lo em sadios alicerces na experiência.
Por essa razão, a maior novidade para nós, acima de tudo, ainda e sempre é a nossa possibilidade imediata de manejar a própria vontade e melhorar a vida, melhorando a nós mesmos.


.Emmanuel
(Psicografia de F. C. Xavier)


Fonte:




Solidão não é.....

Solidão não é a falta de gente para, conversar, passear, namorar ou fazer sexo……

isto é carência. 

Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar… 

isto é saudades

Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe às vezes para realinhar os pensamentos……

isto é equilíbrio. 

Tampouco é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente, para que revejamos a nossa vida… 

isto é um princípio da natureza. 

Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado … 

isto é circunstância. 

Solidão é muito mais que isto… 

Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma. 


Francisco Cândido Xavier

Fonte:

quinta-feira, 7 de maio de 2015

10 conselhos que recebemos antes de vir para este planeta

10 CONSELHOS QUE RECEBEMOS ANTES DE VIR PARA ESTE PLANETA
*
1 Você receberá um corpo. Poderá amá-lo ou odiá-lo, mas ele será seu todo o tempo.
2 Você aprenderá lições. Você está matriculado numa escola informal de tempo integral chamada Vida. A cada dia, terá oportunidade de aprender lições. Você poderá amá-las ou considerá-las idiotas e irrelevantes.
3 Não há erros, apenas lições. O crescimento é um processo de ensaio e erro, de experimentação. Os experimentos 'mal sucedidos' são parte do processo, assim como experimentos que, em última análise, funcionam.
4 Cada lição é repetida até ser aprendida. Ela será apresentada à você sob várias formas. Quando você a tiver aprendido, passará para a próxima.
5 Aprender lições é uma tarefa sem fim. Não há nenhuma parte da vida que não contenha lições. Se você está vivo, há lições a serem aprendidas e ensinadas.
6 'Lá' só será melhor que 'aqui'. Quando o seu 'lá' se tornar um 'aqui', você simplesmente terá um outro 'lá' que novamente parecerá melhor que 'aqui'.
7 Os outros são apenas espelhos de você. Você não pode amar ou odiar alguma coisa em outra pessoa, a menos que ela reflita algo que você ame ou deteste em você mesmo.
8 O que você faz da sua vida é problema seu. Você tem todas as ferramentas e recursos de que precisa. O que você faz com eles não é da conta de ninguém. A escolha é sua.
9 As respostas para as questões da vida estão dentro de você. Você só precisa olhar, ouvir e confiar.
10 Você se esquecerá de tudo isso... e ainda assim, você se lembrará.
Fonte: MENSAGEIROS DA LUZ

sábado, 25 de abril de 2015

SEXO E CONSCIÊNCIA - DIVALDO FRANCO

Entre os dias 17 e 19 próximos passados, participamos do VII Encontro de Saúde à Luz do Espiritismo, na cidade de Salou (província de Tottagona), na Espanha. 
Os temas de que fui encarregado referiam-se ao “Sexo e consciência”, título de uma obra nossa, organizada pelo confrade Luiz Fernando, de S. Paulo. 
Foram quatro participações de 1h30min cada, analisando a função sexual saudável dos pontos de vista histórico, sociológico, psicológico e espiritual.

Num momento quando o ser humano se encontra com tormentos de vária espécie, derivados da má utilização da função genésica e dos medos ancestrais que deram lugar a mitos e desinformações, merece seja examinada a nobreza da ação sexual responsável pela perpetuação das espécies vegetais, animais e humanas.

A ignorância medieval e os tormentos não revelados de muitos teólogos assinalaram que se tratava de uma função pecaminosa, suja e reprochável, como se Deus houvesse elegido um meio insano para a reprodução da vida na face da Terra. 
Do ponto de vista biológico, trata-se de uma nobre organização para manter a vida em padrões de equilíbrio e de prazer, proporcionando, quando o seu uso é ético e moral, alegria e completude nos relacionamentos. 
A distorção da sua prática, que somente objetiva o prazer ligeiro e variado, deu lugar a patologias graves como a pedofilia, o incesto, o masoquismo, o sadismo, a necrofilia, a prostituição, a pederastia e a outros distúrbios psicológicos e psiquiátricos que envilecem o ser humano.

Vive-se, em consequência, o período do erotismo, no qual se busca, com tormentos, o desfrutar das sensações sem nenhuma vinculação com o amor, o recurso afetivo responsável pela permuta de hormônios físicos e emocionais entre os parceiros. 
Tem faltado consciência na prática do sexo, conforme programado para Vida. 
O sexo deixou o departamento genésico para subir à cabeça e tornar-se o condutor de incontáveis existências. Está na hora de voltarmos a praticá-lo saudavelmente.

Divaldo Franco

Artigo de Divaldo Franco publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 23-04-2015.
Divaldo Franco escreve quinta-feira, quinzenalmente.

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Central Telefônica: (71) 3340 - 8500
Redação: (71) 3340 - 8800
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Revisão de texto: Lívia Mª Costa Sousa

Fonte:

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Um obsessor no centro espírita

Num centro espírita famoso e muito frequentado, senhor Raimundo estava
iniciando os trabalhos de desobsessão. 

Seu Raimundo, como bom doutrinador espírita há mais de 30 anos, fez uma prece de abertura e pediu a Jesus que ajudasse a libertar todos os irmãos que viessem a sala de desobsessão do sofrimento que atravessavam.

Raimundo viu o médium incorporar um espírito que dizia estar no umbral, sofrendo muito por conta da raiva e mágoa que sentia de um desafeto. 

Senhor Raimundo iniciou então os procedimentos da desobsessão clássica e disse que o espírito deveria perdoar o desafeto, pois a lei do amor é a nossa salvação.
O espírito incorporado, com olhar penetrante, disse:
– E porque devo confiar em você?
– Ora meu irmãozinho – disse Seu Raimundo – Estamos aqui num centro espírita, onde os ensinamentos de Jesus são praticados.

Nós aqui ajudamos todos os espíritos sofredores e necessitados.
– E você também ajuda a si mesmo, ou só pensa em ajudar os outros?
Perguntou o espírito. 

Seu Raimundo ficou surpreso com pergunta, mas como doutrinador experiente sabia que não podia cair nas artimanhas dos obsessores, e disse:
– Irmão… não estamos aqui para falar de mim. Você está no umbral e precisa de ajuda. Você não quer sair do umbral?
– Sim, eu quero. – disse o obsessor – Eu só fico me perguntando como existem tantas pessoas vivendo no nível ou no estado umbralino e não percebem, mesmo estando encarnados.

Pois afinal, como o senhor mesmo ensina em suas palestras aqui no centro, o umbral é um estado de consciência e não um lugar ou espaço físico.

Alguns espíritos vivem no umbral porque não conseguem se desprender da raiva e mágoa que sentem de um desafeto.

Mas o senhor, seu Raimundo, perdoa todas as pessoas?

Não sente também raiva e mágoa de alguém?
Senhor Raimundo estava ficando irritado com o obsessor.
Estava pensando numa resposta, mas o espírito completou:
– Não é verdade que o senhor também sente raiva e mágoa da sua ex-esposa, que te traiu com um dos seus amigos há aproximadamente 10 anos?

Não é verdade que até hoje você não consegue perdoa-los?
Senhor Raimundo ficou assustado com aquelas colocações. “Como o espírito poderia saber disso?” pensou.

Começou a sentir raiva do obsessor, e não muito confiante, disse:
– Não vou entrar na sua cilada.

Você como obsessor experiente deve atacar as pessoas em seus pontos fracos. Portanto, saiba que…
– Eu sou um obsessor, senhor Raimundo? – perguntou o espírito interrompendo seu Raimundo.

Eu me pergunto se todos nós não somos um pouco obsessores das pessoas que dizemos amar, mas que no fundo as tentamos controlar e ganhar seu afeto a força.

Não é verdade que você tem sido quase um obsessor da sua filha adolescente?

Quantas vezes por dia você liga pra ela perguntando onde ela está?

Quantas vezes você proibiu os namoros dela?

Quantas vezes você tolheu a liberdade da sua menina por conta dos próprios medos e incertezas que guarda em seu íntimo?

Você pode estar sendo um grande obsessor encarnado dela e nem perceber…
Seu Raimundo ficou atônito com aquelas revelações.

Aquele espírito parecia saber tudo a seu respeito, e estava ali desnudando seus defeitos um a um.

Seu Raimundo ainda não queria dar o braço a torcer e ficou com mais raiva.

Resolveu fazer uma oração, dizendo:
– Senhor Jesus, peço que sua equipe conduza esse irmãozinho perturbado a um local de tratamento no plano espiritual.

O espírito disse:
– Por que me chamas de irmãozinho, se nesse momento você quer, na verdade, pular no meu pescoço?

De que adianta fazer uma oração a Jesus com toda essa raiva que quase transborda de você?

Não, Jesus não vai te atender nesse momento…

Você precisa, Seu Raimundo, parar de fugir dos seus problemas e emoções, olhar para as impurezas do seu ser, e parar de achar que é o outro sempre o sofredor e você é o “salvador”.

Na verdade, todos nós precisamos de ajuda, todos somos sofredores em maior ou menor grau.

E orientar o outro a praticar aquilo que nós mesmos não realizamos em nossa vida é, nada mais nada menos, do que hipocrisia.

É da hipocrisia que o ser humano precisa se libertar…

Ensinar aquilo que pratica, ou apenas praticar, sem precisar orientar os outros a fazer aquilo que nós mesmos não fazemos.

Quando se vive a vida espiritual, nem precisamos ficar ensinando-a a outros, nossos atos já demonstram os princípios que desejamos transmitir…
Seu Raimundo sentiu uma imensa vontade de chorar e desabou em prantos…

O espírito incorporado veio falar com ele. Colocou as mãos em seu ombro e disse:
– Calma meu irmão.

Você precisava dessa terapia de choque para poder enxergar a si mesmo e parar de ver os defeitos apenas nos outros.

Precisava também parar de se ver como o “salvador” e os outros como “sofredores”, pois isso nada mais é do que uma forma de orgulho e soberba;
é uma forma de se sentir superior e de ver os outros como inferiores.

Chore, coloque tudo isso que você sente para fora, faça uma revisão desses pontos que eu te apresentei, e a partir de agora você poderá se tornar um verdadeiro ser humano, renovado, e pronto para ajudar ao próximo, realizando a verdadeira caridade… E dessa vez, sem hipocrisia.
Seu Raimundo, após alguns minutos de choro intenso, olhou para o espírito e perguntou:
– Quem é você?
O espírito olhou para seu Raimundo com todo o amor e carinho e disse:
– Meu filho, você não pediu a Jesus, em sua prece de abertura dos trabalhos, que libertasse os espíritos dessa sala do sofrimento?

Então meu filho, Jesus me pediu que viesse aqui e mostrasse tudo isso a você, para que você pudesse ver a si mesmo, saísse do “umbral” de sua mente, e se libertasse de tudo aquilo que te causa sofrimento.

Sou um enviado de Jesus, e a partir de agora, você será um novo homem…
Seu Raimundo chorou ainda mais.

Agradeceu imensamente a Deus e a Jesus aquela sagrada lição de autoconhecimento…

Depois desse episódio, tornou-se uma pessoa muito melhor…
Autor: Hugo Lapa