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segunda-feira, 2 de março de 2015

“Bons sentimentos reduzem os riscos de doenças cardíacas”.

Tomar um comprimido a cada seis horas, perdoar desavenças e ser otimista. 

Em breve, pacientes poderão sair de consultas médicas com recomendações parecidas com esta.

Estudos norte-americanos apontam que pessoas espiritualizadas têm saúde melhor. 
No Brasil, 500 cardiologistas começaram a pesquisar o comportamento dos brasileiros.

De acordo com o médico Álvaro Avezum, da Sociedade Brasileira de Cardiologia, nos 
Estados Unidos o nível de espiritualidade foi medido por meio de um questionário. 

Em seguida, foi associado a questões biológicas, como ocorrência de problemas 
cardiovasculares (derrame e infarto) e índice de mortalidade.

Aqueles que cultivavam sentimentos positivos, como perdão, tolerância e paciência, 
tiveram pressão arterial controlada, melhor nível de colesterol e menos risco de 
desenvolver doenças cardíacas. 

Álvaro explica que, na pesquisa, a espiritualidade é definida como uma forma de 
enxergar e encarar a realidade e não se relaciona diretamente a religiões.

ATEUS TAMBÉM CONSIDERADOS

“Trata-se dos sentimentos que a pessoa nutre no cotidiano e como ela enfrenta os 
problemas. Isso se aplica a crentes e ateus ”, afirma, acrescentando que americanos 
também avaliaram a interferência da religiosidade na saúde. 

“Os religiosos também tiveram melhores índices”, disse. 

Segundo o médico, já está comprovado que estresse e depressão estão ligados 
a problemas cardíacos, mas há muitos mistérios ainda não desvendados. 

“Não conseguimos explicar casos que fogem do padrão clínico, como pacientes 
que melhoram ou pioram subitamente, contrariando projeções”.

Há dois meses, a sociedade criou o Grupo de Estudos em Espiritualidade (Gemca). 
Com cerca de 500 cardiologistas, o Gemca vai analisar o nível de espiritualidade 
entre os 14 mil médicos da sociedade. 

A pesquisa será estendida à população brasileira e o resultado deve sair em um ano. 

Para Álvaro, há casos clínicos que não podem ser explicados apenas pela ótica biológica. 

“Há lacunas na cardiologia e é possível encontrar a resposta para elas na espiritualidade”, acredita.

Fonte – O Dia